segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Crítica Cinema | Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

(Quis ser grandioso com os personagens errados)


Colhendo os frutos de ser um vingador e ter lutado contra o Thanos... Scott Lang, o Homem-Formiga (Paul Rudd) vira uma celebridade, mas nem tudo são flores, ele está tendo problemas com sua filha rebelde, Cassie (Kathryn Newton). Mostrando uma inteligência diferenciada... a filha do Scott cria um mecanismo para se comunicar com o mundo quântico, nesse processo... Scott, Cassie, Hope a Vespa (Evangeline Lilly), Henry Pym (Michael Douglas) e Janet (Michelle Pfeiffer) são levados para esse lugar quase impossível de se chegar, lá muitos segredos serão revelados, além de serem alvos do Kang, o Conquistador (Jonathan Majors) e outro vilão bem curioso, o MODOK. O filme abre a fase cinco do MCU, a chamada Saga do Multiverso. Elenco ainda conta com Bill Murray, Katy M. O'Brian, William Jackson Harper, entre outros. Direção de Peyton Reed. Produção a Marvel Studios, com distribuição da Disney. Estreia nos cinemas brasileiros em 15 de fevereiro de 2023. Para trailer, clique aqui.

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (Ant-Man and the Wasp: Quantumania)


A Marvel Studios alcançou seu auge em Vingadores Ultimato (2019) e com um epilogo bom em Homem-Aranha: Longe de Casa (2019), depois disso, abriu a fase 4 que misturou e “interligou” filmes e séries, com isso, essa chamada Saga do Multiverso praticamente foi inexistente, tirando a série do Loki, nenhum outro título abordou este assunto, nem mesmo o evento que Homem-Aranha: Longe de Casa foi, ou até o Multiverso da Loucura, chamado carinhosamente de Multiverso da Lacração, isso sem contar os ruins Miss. Marvel, Eternos, Thor: Amor e Trovão, Gavião Arqueiro e Viúva Negra, sem falar na horrorosa série da She-Hulk. Dito isso, pouca coisa se aproveitou da fase anterior, cabendo a Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania abrir de vez o Multiverso e apresentar definitivamente o Kang de Jonathan Majors, além de dar um rumo para o MCU que parece ter se perdido e sentado na fama. Então podemos dizer sim que Quantumania realmente abriu a Saga do Multiverso, mas com uma história bem aquém do esperado...


Homem-Formiga (2015) e Homem-Formiga e a Vespa (2018) são filmes divertidos, contidos nas limitações e alcances dos seus personagens, com isso ficou bem funcional, mesmo atraindo o interesse maior pelas cenas pós-créditos, em 2015 para Capitão América: Guerra Civil, e 2018 para Ultimato, mas em ambos os casos o conteúdo apresentado ficou bom de se assistir, mesmo sendo uma passagem para algo maior. Aqui ficou um remendo de coisas... pensa em um clima grandioso de Ultimato, com personagens de Star Wars e visual de um Avatar sombrio, com isso, nada original e passando a clara impressão que era algo muito grande para personagens tão pequenos (sem trocadilhos). A história começa do nada com a Cassie abrindo o portal, vão para o mundo quântico onde os personagens se veem no meio de uma guerra entre rebeldes contra Kang, além de explicar o que a Janet fez todos os anos que passou por lá antes de ser resgatada no longa anterior. Uma narrativa morna, sem grandes impactos, roteiro preguiçoso e com opções narrativas muito fracas, onde a primeira é que... não é o filme do Homem-Formiga e a Vespa, apenas do herói, porque a personagem de Evangeline Lilly não faz diferença nenhuma se estivesse ou não na trama, outro problema e já esperado é a filha do Scott, além da atriz ser péssima... sua jornada não convence, aliás, nada no mundo quântico convence, nem o Kang que apesar do esforço do Majors, a forma que o MCU está querendo apresentar o vilão já deu a entender que não vai pegar e segue um caminho errado, pois nem tudo dá para deixar igual aos quadrinhos (She-Hulk está aí para comprovar), isso fica mais evidente nas duas cenas pós-créditos. Resumindo vão do nada para o mundo Quântico, se separam, tem uma guerra, Kang com um plano bem mediano para o Homem-Formiga, segredos da Janet revelados, uma grande batalha final com personagens que realmente não seguram algo desse tipo... um final previsível e meio que voltando ao inicio da história, perdendo toda a essência dos primeiros filmes, quis brincar de grandioso e não entregou algo no nível que realmente queria.


Como dito, filme vistoso... efeitos grandiosos, nem se compara aos longas anteriores, a Marvel gastou bastante para entregar algo bem genérico, mas que assistido em uma tela grande de cinema... dá uma imersão melhor. Os personagens do mundo Quântico, assim como o próprio lugar são esforçados no quesito criatividade, onde tem coisas legais e outras sem sentido. Os efeitos sonoros são bem acoplados ao que acontece em tela, isso é essencial para o tanto de cgi e captura de movimentos usados. A narrativa é bem normal, por ser algo meio sem graça, consegue passar pelos três atos sem muitos defeitos, já que entrega tão pouco. A direção do Peyton Reed foi mediana, era melhor não ter dado uma de Ícarus e brincado tão perto do sol, funcionou melhor no anterior que era mais contido. Sobre o elenco... Paul Rudd é o Homem-Formiga, o roteiro exige demais dele e tem uma mescla de comportamentos, mas entrega bem, só que visualmente não segura filme grande, ainda mais que não teve a ajuda da Evangeline Lilly, ela está apagadíssima na história, não sei porque diminuíram tanto o papel dela (talvez algumas declarações nada vida pessoal, será?), o filme deveria ser apenas Homem-Formiga: Quantumania, já que a Vespa não serve para absolutamente nada em importância narrativa. Michael Douglas é uma boa escada, desde o primeiro, continua funcional. Michelle Pfeiffer está muito bem, já que ela é realmente o ponto chave de ligação com o Kang, e tem todo um desenvolvimento do passado dela que desperta o mínimo interesse pelo que acontece em tela. Jonathan Majors convence como Kang, só que a forma que estão apresentando o vilão não está sendo boa, entende-se aonde eles querendo chegar, mas até lá... a cada aparição vai ficando sem peso. Bill Murray com participação pequena, inútil e ridícula. O MODOK tem um easter egg que não funcionou, assim como o personagem. E por fim, já que qualquer outro personagem fora os mencionados não importam, a Cassie da Kathryn Newton... o atriz ruim, não que a usada em Ultimato fosse melhor (atriz foi trocada para esse longa), porque o roteiro dá uma importância exagerada a personagem que diminui demais alguns outros como a Vespa, mas a garota atuando é péssima... ela não passa verdade nas atuações, cara de debochada, já me incomodava suas participações na série Supernatual, além de fraquíssimos desempenhos no Detetive Pikachu e Freaky, lamentável, ela estraga algo que já não estava com um andamento bom. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é um filme com atmosfera grandiosa com os personagens errados, entrega algo sem sal, mesmo visualmente querendo impressionar, realmente não sei o que acontece com o MCU... não está entregando nada de bom desde a fase três, esperava-se demais desse filme que não funcionou direito, muito por ter deixado a essência dos anteriores de fora, mas para não ser tão crítico, enfim temos algo realmente importante para a Saga do Multiverso, depois do Loki.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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