ParsaGeeks - Desbravando Filmes e Séries: Crítica Cinema

(Tudo junto e misturado)

Em Trem-Bala, Brad Pitt é o Joaninha, um assassino de aluguel azarado que está decidido a fazer apenas mais um trabalho de forma tranquila depois de ter passado por tantos outros que saíram do seu controle. O destino, entretanto, tem outros planos; e a última missão de Joaninha o coloca em rota direta de colisão com adversários letais vindos de todas as partes do globo; todos com objetivos conflitantes porém conectados; no trem mais rápido do mundo – e ele precisa encontrar uma maneira de desembarcar. Elenco ainda conta com Joey King, Aaron Taylor-Johnson, Brian Tyree Henry, Andrew Koji, Hiroyuki Sanada, Michael Shannon, Sandra Bullock, Bad Bunny, Logan Lerman, Zazie Beetz, Masi Oka, Karen Fukuhara, Channing Tatum, entre outros. Direção de David Leitch. Distribuição da Sony Pictures. Estreia nos cinemas brasileiros em 04 de agosto de 2022. Para o trailer, clique aqui.

Trem-Bala (Bullet Train)

Este filme tem uma proposta simples de entreter com humor e ação na direção de David Leitch, esse que é responsável por outra história desse gênero (Deadpool 2) onde lá a função era fazer besteirol, e já aqui em Trem-Bala, existe toda uma ligação entre os personagens... que não são poucos, pois tem tanta gente nessa trama que o Joaninha (Brad Pitt) nem aparece nas cenas iniciais e ele vai flutuando com humor e porradaria entre os vários núcleos. A narrativa parece simples, mas não é tanto assim... tem que prestar atenção em cada fala de todos os personagem, nada que é dito ali é jogado ao vento como ele tenta parecer... tudo é conectado, uma conversa simples vai ter uma explicação e importância lá do meio para o final. O estilo humorado reveza-se com o desenvolvimento de cada um deles, existem flashbacks dentro do próprio trem de como eles chegaram naquela situação. A coisa se desenvolve com Joninha (Brad Pitt) batendo de frente com vários pontos da trama, mas a confusão é tão grande que em vários momentos é só relaxar e ver a ação comer solta. Todos naquele trem estão bem, exceção da garota interpretada pela Joey King que deu a impressão de estar no personagem errado... todos os outros são carismáticos ao extremo, você simpatiza com aquele pessoal e tudo segue normal. A sequência narrativa é uma avalanche de situações e mal entendidos que vai crescendo e ficando mais grave, principalmente para o protagonista, e muitas delas dentro do vacilo de cada um ali naquele trem... o que deixa um diferencial para quem assiste.

Sobre os efeitos, claro que por se tratar de um Trem-Bala... as internas são o maior foco da história, com cenas curtas, câmeras que abrem e fecham em cada personagem dentro de uma piada, porrada ou tiro... tudo feito de forma agradável, e quando precisou daquela computadorizada, foi bem. Parte sonora, nada a reclamar... e o jeito que conduziu os atos não fica tão bem separados por ter a proposta de ser uma salada de situações, mas não o(a) tira do filme, com isso, bem dirigido. Sobre o elenco... Brad Pitt caiu perfeito no papel, nada muito chamativo, fica claro que ele é o protagonista, mas o tempo de tela dos outros é até maior do que se espera de um filme que tem um astro como ele no papel principal. Joey King é a única que destoa para ruim, ela não consegue criar uma conexão que você se importe com ela como é com todos os outros, preferia a Zazie Beetz no papel dela, e não como a pequena participação que Zazie tem, mesmo sendo importante na trama. Aaron Taylor-Johnson e Brian Tyree Henry fizeram uma carismática parceria de irmãos, com boa química entre eles e principalmente para a história. Andrew Koji, Hiroyuki Sanada e Michael Shannon tem toda uma trama entre eles que esbarra no caminho do Joaninha lá perto do final, mas é bem funcional e dá fôlego novo para a narrativa. Trem-Bala não tem grandes ambições do que só entreter... e consegue isso com uma boa dose extra de ação e humor que prende sua atenção, muito pelo carisma e competência da maioria do elenco de caras bem conhecidas do público de filmes de cultura pop... e por entregar uma história bem divertida.