quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Crítica Cinema | Cadê Você, Bernadette?

(Mais drama do que comédia)


Sinopse: Quem nunca sentiu vontade ligar o modo avião e sumir do mapa? Quando a vida de Bernadette (Cate Blanchett) começou a parecer sem rumo, ela resolveu fugir da sua zona de conforto e desaparecer misteriosamente, deixando tudo para trás. Agora Bee (Emma Nelson), sua filha, precisará juntar todas as pistas para descobrir onde foi parar essa mulher que imaginava conhecer tão bem, mas que se transformou em um verdadeiro ponto de interrogação. Elenco ainda conta com Judy Greer, Kristen Wiig, Billy Crudup, Laurence Fishburne, entre outros. Direção de Richard Linklater. Distribuição nacional da Imagem Filmes. Estreia 07 de novembro de 2019.

Cadê Você, Bernadette? (Where'd You Go, Bernadette?)


O filme pretende abranger diversas características. Desde o gênero em que deveria ser enquadrado (comédia – drama; comédia-dramática) até os assuntos que aborda (pitadas de psicologia – introversão – lidar com os outros, etc.). Resulta ser mais um drama que uma comédia, quesito este último onde pouco consegue. Nos assuntos de psicologia faz algumas observações mais ou menos interessantes, porém em modo mais verbal que nas imagens. Em boa parte, Cadê Você, Bernadette? é bastante insípido, embora tenha atuações esforçadas de Cate Blanchett (54 longas-metragens, 1 Oscar), Laurence Fishburne (65 longas), Judy Greer (65) e Kristen Wiig (42), a adolescente estreante Emma Nelson e alguns outros, não muito destacados.


Podemos citar alguns desses insertos psicológicos, biológicos e sociológicos: - Existem mecanismos de compensação. E o corpo os tem para assim sobreviver. Mas às vezes, tem falhas. - Quando vemos perigo em todas as partes esquecemos o bom. - Os grupos animais e humanos se organizam em estruturas sociais complicadas. - Nunca dá para uma pessoa saber todo sobre outra. Também a personagem de Blanchett se caracteriza por ter ansiedade extrema, ser solitária e complicadamente introvertida, com personalidade evitativa, padecendo insônia e forte cansaço da vida. Lhe é dito que certas disfunções psicológicas – como ela tem – podem levar a ter discinesia (perturbação dos movimentos dos órgãos). É que seus papeis de mulher, esposa, mãe, esposa e até vizinha, a esgotaram. Embora anos atrás tenha sido uma arquiteta brilhante, agora não tem nenhuma produção e isso resulta ser muito ruim. O personagem de Fishburne lhe adverte que pessoas como ela precisam criar e se não o fazem passam a constituir um perigo para si mesmas e para os outros. Há uma montagem paralela onde ela conta seus problemas a seu amigo (Fishburne) e seu esposo, simultaneamente, o faz à terapeuta (Judy Greer).



Como é de imaginar, a protagonista procura fugir dessa vida. E os parentes próximos (marido e filha) procurarão acha-la. É isso; não muito mais. Porém, as sequências finais trazem o melhor do filme: belas paisagens da Antártida e um desfecho aceitável. Cadê Você, Bernadette? é mais drama que comédia, com muita fala psicológica. O final resulta interessante. Bom elenco, porém, não muito bem aproveitado.

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