sexta-feira, 12 de maio de 2023

Crítica Cinema | Dançando no Silêncio

(Tem boas intenções, mas pouca originalidade) 


Uma jovem apaixonada por balé passa por um trauma, conhece outras mulheres que passaram por situações semelhantes e encontram uma forma criativa de perseguir sua paixão. Elenco conta com Lyna Khoudri, Rachida Brakni, Nadia Kaci, Hilda Amira Douaouda, Meriem Medjkane, Zahra Manel Doumandji, Sarah Hamdi, Sarah Guendouz, Amina Benghernaout, Camila Halima-Filali, Marwan Fares, Hassen Ferhani, entre outros. Direção de Mounia Meddour. Produção da Argélia, com distribuição da Pandora Filmes. Estreia nos cinemas em 04 de maio de 2023. Para o trailer, clique aqui

Dançando no Silêncio (Papicha)


O tema da violência contra a mulher não é novo no cinema. Por exemplo, “Cama ardente”(1984) com Farrah Fawcett mostrava os limites da violência num filme que, na época, surpreendeu por sua ousadia na trama. Este filme franco-argelino entra em cartaz explorando a mesma temática. Estamos diante de uma história de luta, injustiças, agressões e violência cruel. Principalmente contra uma mulher, Houria (Lyna Khoudri), a protagonista. Ela é uma dançarina de balé que sonha com atingir níveis mais elevados nas suas performances e na vida em geral. Treina para isso, suportando sacrifícios diversos, dentre os quais uma diretora rígida (Rachida Brakni), mas com um propósito definido: que suas alunas sejam as melhores na dança.


A vida de Houria se completa com diversos vínculos de amizade com outras mulheres e com a convivência com uma amiga, cansada e desiludida totalmente da vida na remota cidade onde moram. Porém, essa mulher tem sonhos de liberdade e progresso. Para isso, planeja viajar/fugir para Espanha e reconstruir-se. Houria a escuta e reflete sobre tais possibilidades. A seguir acontece um fato decisivo, que transformará drástica e dramaticamente a vida de Houria. É frequentadora de um submundo de apostas clandestinas onde animais são utilizados para combates brutais e degradantes. E uma dessas noites recebe um dinheiro que poderia ser contestado por outro indivíduo. Este a perseguirá na saída do local e, finalmente, lhe quitará esse dinheiro e, sobretudo, a baterá sem piedade. Aí se inicia um percurso doloroso para tentar sair das lesões físicas sofridas e de uma mudez permanente.


Novos desafios e relações aparecerão para Houria, defrontada com esses novos rumos. Assim, esta produção foi concebida e realizada pela turma que fez “Papicha” (2019), de temática também vinculada aos direitos femininos em sociedades repressoras. Com a direção da russa Mounia Meddour e o protagonismo da já mencionada Lyna Khoudri, resulta uma alegação contra tais injustiças arcaicas - onde até a polícia fica deliberadamente comprometida. Mas o relato não vai sair desses trilhos nem procurar outros objetivos que tais descrições-denúncias-protestos. Legítimos, mas que, cinematograficamente, não atingem níveis elevados. Dançando no Silêncio é um filme típico daqueles que mostram terríveis e injustificadas agressões verbais, psicológicas e físicas contra as mulheres.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação. Biografias usadas são do IMDB.
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 Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com

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