sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Crítica Cinema | Esquema de Risco - Operação Fortune

(Satisfatório para os fãs do gênero) 


na trama, Orson Fortune (Jason Statham) vai unir uma das melhores equipes de operações especiais do mundo (Sarah Fidel (Aubrey Plaza), Nathan Jasmine (Cary Elwes) e JJ Davies (Bugzy Malone)) para rastrear e conter a venda de uma nova tecnologia de armas mortais que está sendo realizada por Greg Simmonds (Hugh Grant). Eles vão precisar da ajuda do astro de Hollywood Danny Francesco (Josh Hartnett) para passar despercebidos nessa missão. Elenco ainda conta com Eddie Marsan, Eugenia Kuzmina, Bestemsu Özdemir, Kaan Urgancioglu, Lourdes Faberes, entre outros. Direção de Guy Ritchie. Distribuição nacional da Diamond Films do Brasil. Estreia nos cinemas brasileiros em 12 de janeiro de 2023. Para o trailer, clique aqui.

Esquema de Risco - Operação Fortune (Operation Fortune: Ruse de Guerre)


Para quem gosta de filmes de espionagem, gênero no qual os agentes trabalham em uma missão importante e tentam desvendar algum segredo ou resgatar algum objeto das mãos dos terroristas, Esquema de Risco – Operação Fortune (Guy Ritchie) é um entretenimento agradável e recheado de reviravoltas que irá prender o espectador frente à sua trama. Longa empolga ao trazer bons momentos de humor mesclando cenas de ação com aquele conhecido estilo que os fãs de Jason Statham já estão acostumados a presenciar nas produções em que o astro protagoniza. Esquema de Risco traz a assinatura de Guy Ritchie, mas falta brilhantismo do diretor britânico. Algo no filme faz com que o espectador praticamente nem reconheça que seja uma obra de Ritchie. Em Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes havia toda uma história bem estabelecida e boas reviravoltas, assim como em Snatch: Porcos e Diamantes e no ótimo Sherlock Holmes, em que o cineasta deu uma outra visão para um dos maiores detetives da literatura inglesa.


Essa falta de identidade em que Ritchie não conseguiu transportar para as telas em Operation Fortune (nome original) chama a atenção, até porque é algo que vem acontecendo há algum tempo na carreira do cineasta que vem de altos e baixos já há algum tempo, intercalando um bom filme com uma produção mediana em sequência. A maioria dos longas de Guy Ritchie tem um traço seu que é fácil de identificar, tendo um humor ácido e geralmente abordando o mundo do crime, porém em Esquema de Risco não se encontra muito disso, até mesmo o humor ácido não é bem inserido na narrativa. Na trama, é descoberto pelos britânicos um roubo de um misterioso item que está prestes a ser vendido no mercado ilegal pelo valor de US$ 10 bilhões, e para isso o agente Orson Fortune é chamado para impedir que o pior aconteça com a humanidade. Terá em sua companhia a ajuda de uma equipe talentosa, somando ao time Sarah Fidel (Aubrey Plaza), Nathan Jasmine (Cary Elwes), Danny Francesco (Josh Hartnett) e j j davies (Bugzy Malone).


O roteiro assinado pelo trio Ivan Atkinson, Marn Davies, em conjunto com Guy Ritchie, trabalharam em uma trama padrão que o público já acompanhou a exaustão em diversas produções, mas que nunca perde a graça: do grupo de espiões que aparece para salvar o dia. Tendo Jason Statham como protagonista, com o astro interpretando Orson Fortune, um agente que apresenta algumas questões existenciais complexas, tendo algumas manias, como a de tirar longas férias sempre que realiza um serviço, de reclamar devido ao seu baixo salário e de tirar licenças médicas com frequência. Porém, algo que atrapalha a trajetória e desenvolvimento de Fortune ao longo da narrativa são essas questões pessoais, sendo que em um primeiro olhar elas parecem bastante interessantes, mas que depois, com o decorrer da história, são completamente abandonas pelo roteiro, algo que se mostra um erro enorme, pois acaba perdendo um pouco da essência do personagem, pois esses complexos davam um ímpeto e carisma enorme para o personagem. O lado dramático de Fortune se perdeu e podia ter sido mais bem aproveitado.


Há por parte do roteiro a infeliz escolha de – e bota infeliz nisso – colocar como vilões da história os ucranianos, em um momento em que a Ucrânia é devastada pela Rússia. O pior é que não havia praticamente nada que definisse ou caracterizasse esses antagonistas como se fossem de origem ucraniana, a não ser a linguagem. A conclusão disso, é a de que Ritchie poderia facilmente ter feito uma alteração de roteiro e colocado que os vilões eram mafiosos originários de algum outro ponto da Europa ou da Ásia, isso do ponto de vista que o filme sofreu atraso de meses para ficar ser filmado e daria tempo para realizar uma mudança no roteiro. Esquema de Risco – Operação Fortune é um bom filme de ação, tendo um humor que cativa devido aos personagens e boas atuações, principalmente a da dupla Hugh Grant e Josh Hartnett que estão ótimos. Ritchie não tem muito o que fazer de diferente com Jason Statham, até porque se colocasse mais humor nas falas do personagem iria ficar parecendo com Shaw, um dos protagonistas de velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw. Esquema de Risco - Operação Fortune na soma serve como um bom entretenimento e quem é fã do gênero irá curtir, mas não adianta querer algo a mais da narrativa.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação. Biografias usadas são do IMDB.
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