sábado, 15 de janeiro de 2022

Crítica Cinema | Pânico

(Fugindo do assassino, sem fugir da fórmula da franquia)


Vinte e cinco anos após uma série de assassinatos brutais chocar a tranquila cidade de Woodsboro, um novo assassino se apropria da máscara de Ghostface e começa a perseguir um grupo de adolescentes para trazer à tona segredos do passado mortal da cidade. Neve Campbell (“Sidney Prescott”), Courteney Cox (“Gale Weathers”) e David Arquette (“Dewey Riley”) retornam aos seus papéis icônicos na franquia. Elenco ainda conta com Melissa Barrera, Kyle Gallner, Mason Gooding, Mikey Madison, Dylan Minnette, Jenna Ortega, Jack Quaid, Marley Shelton, Jasmin Savoy Brown, Sonia Ammar, entre outros. Direção de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett. Distribuição nacional da Paramount Pictures do Brasil. Estreia nos cinemas brasileiros em 13 de janeiro de 2022. Para o trailer, clique aqui.

Pânico (Scream)


Em 1996 chegou aos cinemas o filme Pânico (Scream), sem nenhuma expectativa e produzido com um orçamento baixo. A trama contava a história de um assassino de jovens, usando uma máscara de fantasma e roupa preta, o Ghostface. Parecia ser um simples terror, mas o modo narrativo apresentado de zombar das próprias histórias do gênero e com um vai e vem de pistas sem muita gordura... foram um conjunto de coisas bem aceitas pelo público e crítica. No ano seguinte, já lançaram Pânico 2, para surpresa de todos, a qualidade não caiu, mesmo sendo uma continuação e bebendo da mesma fonte... tudo foi elaborado de um jeito que prendeu novamente a atenção com propriedade... onde até hoje dividem os fãs da franquia que ficam na dúvida se esse, ou seu antecessor são os melhores, tanto que fizeram a mesma bilheteria praticamente e nota em crítica mundial. Em 2000 chegava Pânico 3, claro que seria um milagre se mantivesse a qualidade, e não manteve, muito por forçar situações envolvendo a protagonista mór (Sidney Prescott, interpretada pela Neve Campbell). A coisa não melhora onze anos depois em Pânico 4, esse considerado o pior de todos, disparado, pois novamente inventa personagens que surgem do nada na vida da Sidney para justificar a fórmula que Pânico usa e abusa, por isso esse hiato de novos onze anos... agora chamado novamente de "Pânico" e que vem com a missão de relembrar dos bons momentos que a franquia já viveu, fugindo do que o mercado cinematográfico oferece nos dias atuais... onde o gênero terror que mais faz sucesso são envolvendo monstros, demônios e possessões. A principio, o roteiro puxa muito do filme de 1996, mas não esquece os outros, pelo menos na sátira com eles...


A história é a mesma, Ghostface está de volta, começa uma série de assassinatos, onde os que estão vivos precisam entender o padrão nas mortes, para enfim  desmascara-lo e derrota-lo. Aqui tem todo um lance envolvendo certos personagens do primeiro filme, mas que não são totalmente ligados a Sidney, onde aliás, além dela, o retorno dos personagens de Courteney Cox e David Arquette são até menos importantes do que imaginava, o roteiro dá muito espaço para alguns novos personagens e suas ligações com o passado, deixando os astros clássicos da franquia como um bom complemento. Daí para frente é o de sempre... Jogo de câmeras, pistas soltas ou óbvias, além de outros artifícios para que você possa toda hora mudar de ideia sobre a identidade do Ghostface. As mortes são bem apresentadas, o vilão continua sanguinário, ao mesmo tempo em que apanha bastante, com certeza, ele é o ícone do gênero terror que mais apanha, pode ser um assassino frio... mas que leva muito soco, pancada, facada e o que tiverem perto para acertar nele, isso leva... esse é um diferencial em Pânico. A narrativa toda é isso... mortes, investiga, acusa, mais mortes e um final sanguinolento, tudo para uma conclusão dentro do que foi em outras vezes... nunca esquecendo que a trama pode sofisticar na identidade do assassino algumas vezes, e em outras ser bem óbvia. O entretenimento é bom, filme tem quase duas horas, mas você nem vê o tempo passar. Sobre o elenco... O trio veterano complementou bem, e dos novos... nenhum grande destaque, até porque nós sabemos como funciona novos personagens em Pânico, sobram poucos. Bem dirigido e com efeitos práticos e visuais legais. Pânico se não rejuvenesce a franquia, trás um suspiro de esperança de que podemos ter um terror expandido fora do nicho do gênero que possa diverti e passar o tempo, sem precisarmos de um exorcismo ou possessão.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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