domingo, 20 de outubro de 2019

Crítica Cinema | Malévola: Dona do Mal

(Expansão ainda maior de A Bela Adormecida)


Sinopse: Aurora (Elle Fanning) foi pedida em casamento pelo Príncipe Phillip (Harris Dickinson) e isso causou a fúria de Malévola (Angelina Jolie) que se tornou a protetora da jovem. Para melhorar as coisas, a Rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer) mãe do príncipe, convida Malévola e Aurora para um jantar de oficialização do noivado, mas tudo dá errado e o plano de Ingrith vai além da união seu filho. No meio dessa trama, Malévola irá encontrar suas origens; na liderança de Conall (Chiwetel Ejiofor). Elenco ainda conta com Sam Riley, Ed Skrein, Imelda Staunton, entre outros. Direção de Joachim Rønning. Produção e distribuição nacional da Disney.

Malévola: Dona do Mal (Maleficent: Mistress of Evil)


O primeiro longa de 2014 me surpreendeu pela releitura na história da 'Bela Adormecida' e nos proporcionando uma nova visão do conto de fadas, a visão da vilã. Nisso, temos um desenvolvimento que foi bem conciso e dentro da proposta de recontar de modo diferente uma história clássica. Agora em Malévola: Dona do Mal, a ideia é dar mais camadas a "vilã" e abrir o leque da sua origem, do outro, inserir uma nova ameaça (Rainha Ingrith) que seja o suficientemente maligna para bater de frente com a protagonista e a colocá-la contra Aurora. Entre os vai e vem do roteiro, tudo leva aos questionamentos do que é certo ou errado da protagonista e potencializar ruma a uma guerra final, coisa que realmente surpreende pela beleza visual e até para a violência que mesmo de forma contida por seu um filme da Disney, entrega bem, falarei sobre isso mais abaixo...


O inicio é muito bom, pois consegue estabelecer bem como cada personagem (Malévola, Aurora e Ingrith) vão se desenvolver na trama. As três estão em cena juntas apenas duas vezes e ambas são bem trabalhadas, com diálogos tensos e ásperos que ditam o ritmo do que vem a seguir. A partir disso, a narrativa da Aurora fica pouco produtiva em virtude das artimanhas ala “vilã de novela” da Rainha Ingrith, coisa que melhora na reta final... Falando da verdadeira vilã do filme, Ingrith consegue ser o que precisa apesar das motivações serem básicas, consegue transpor um ódio à protagonista e nos seres da floresta que foge até do padrão leve de produções do tipo na Disney. Já a Malévola, seu arco com suas origens, sem dúvida é a coisa mais fraca do roteiro, não trabalhou bem, ficou confuso e com o personagem do Chiwetel Ejiofor totalmente perdido, mesmo percebendo que ele seria importante para a narrativa. Quando o roteiro leva todas as subtramas para o terceiro ato, temos uma batalha grandiosa e que surpreende na sua execução, apesar de ser previsível como terminaria, mas fica empolgante, mesmo durando mais do que o normal para um confronto final. Ao fim disso, a gordura no arco da Malévola não prejudica tanto assim ao entregar sua execução final. Só um adentro, para quem sempre questionou a vilã Malévola ter ficado boazinha, o roteiro tenta em uma linha de diálogo resolver isso, só que dentro das explosões da batalha final, então precisa ficar atento as cenas da personagem de Michelle Pfeiffer para entender.



Visual é lindíssimo, a melhoria de renderização, cores e ambientação ficaram muito boas; se assistir em tela gigante fica melhor ainda. A direção de arte consegue fluir bem, assim como todo o visual dos personagens. A edição é um pouco atrapalhada quando precisa focar em três tramas no segundo ato, nada que atrapalhe muito. Sobre o elenco... Angelina Jolie entende bem sua personagem e passa as expressões necessárias para que as coisas ande; assim como Elle Fanning que precisa da doçura em sua fisionomia para que Aurora funcione. Michelle Pfeiffer ficou muito novelona, mas suas cenas com Jolie ficaram boas e entrega como vilã. Já o elenco por parte do núcleo de origem da Malévola... Chiwetel Ejiofor e Ed Skrein, ambos perdidos, porque o próprio roteiro não sabe direito o que fazer com os dois, um anula o outro, não precisava dos dois, um personagem com ambas as características dariam um impacto e qualidade maior. Por fim, Sam Riley que foi destaque no anterior, agora ficou de segundo plano, assim como Harris Dickinson, esse é mais por ser fraco atuando mesmo. Malévola - Dona do Mal amplia mais o universo da Bela Adormecida, expandindo até de forma exagerada, mas que ao final consegue conclui bem a jornada dos personagens principais. Com efeitos visuais bonitos, entrega uma aventura com mais ação que no longa anterior.

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