terça-feira, 9 de abril de 2019

Crítica Cinema: Em Trânsito

(Um triângulo amoroso em meio ao caos)


Sinopse: Quando Georg (Franz Rogowski) tenta fugir da França após a invasão nazista, ele assume a identidade de um autor falecido cujos documentos dele ficam em sua posse e com isso conseguir manter essa mentira. Impedido de sair de Marselha, Georg conhece Marie (Paula Beer), uma jovem que apesar de manter uma relação com o médico Drº Richard (Godehard Giese), ela está desesperada para encontrar seu verdadeiro marido desaparecido. Nessas idas e vindas, uma relação amorosa surge entre Georg e Marie. Produção da Alemanha com a França, o longa tem direção de Christian Petzold (Phoenix). Distribuição nacional pela Supo Mungam Films.

Em Trânsito (Transit)


Um homem que além de tentar fugir do regime nazista e do qual precisa se dividir em várias situações que estão mexendo com sua cabeça... Primeiro esse amor pela Marie, segundo tem a sua amizade com seu namorado (Richard), fora um garoto que se apega a ele como pai, tudo isso enquanto tenta manter a mentira de está se passando por outra pessoa. Durante toda a história, a narrativa consegue passar por todas, apesar de que deixou um ponto no meio do caminho que parecia está focado em uma parte, mas vira a chave e foca nesse romance inusitado.


O inicio muito tenso e toda aquela atmosfera de refugiados em uma época muito triste da humanidade, o roteiro consegue transparecer bem essas dificuldades de pessoas que não se enquadravam nessa situação de guerra. A medida que a coisa avança e vai parar em Marselha, temos uma relação de Georg com uma família de um colega falecido na fuga para Marselha, onde o filho do falecido cria um laço paternal, essa dobradinha é muito interessante, mas quando entra no foco do casal Marie e Richard, logo surgindo o interesse pela moça e virando um triângulo amoroso, começa a focar muito ali, mas de uma forma quase desesperada, um vai e vem de situações que chegam a irritar, apesar de que dentro da própria incoerência narrativa, vai se moldando e mantendo você preso naquela situação, pois sempre que vai saindo da linha, ele volta para todo aquele incômodo de alguém que pode ser descoberto a qualquer momento, já que ao se passar por outra pessoa, o roteiro vai entregando esse suspense que casa até bem com boa parte da proposta feita, inclusive sendo o ponto ápice do plot e que nos remeta a um final bem interessante que conserta um pouco as mudanças de rumo da história.


Filme é bem produzido, fotografia e a direção de arte são bem elaboradas, todo o figurino e ambientação da França dos anos 40 são bem entregues. Uma trilha sonora que acompanha os acontecimentos sem prejudicar as cenas. A montagem deixa um pouco a desejar, devido alguns pontos de roteiro que vão mudando e prejudicando no quesito da subtrama com o menino. As atuações do Rogowski é muito boa, conseguindo passar as dúvidas e incertezas do personagem. Paula Beer interpreta a Marie de forma boa, mas a personagem em si é bem irritante, não colou muito suas decisões... E outro que tem um pouco mais de destaque é o Richard de Godehard, esse não consegue transparecer emoção necessária que precisava dele. Em Trânsito é uma história que consegue envolver até certo ponto e que dentro de uma boa parte técnica... Somando-se  na atuação do protagonista e tento seus altos e baixo dentro do seu triângulo amoroso. No geral ficou bom de assistir mesmo assim.

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