(Filme triste, mas envolvente)
Sinopse: Lecionando como professor de literatura russa em uma Universidade de Havana em Cuba, Malin (Rodrigo Santoro, 300 - A Ascensão de um Império) é designado a trabalhar em um hospital que deu abrigo a pessoas afetadas pelo desastre nuclear de Chernobyl na Rússia. Ele é mandado para ala infantil e por entender o idioma, terá que se comunicar com os pais sobre o estado de seus filhos e que será uma tarefa doída, já que essa tragédia é praticamente letal aos afetados, para essa situação triste ele terá o apoio da enfermeira Gladys (Maricel Álvarez) e ainda lidar com a distância que essa situação o colocou da sua própria família. Baseado em uma história real... Dirigido e produzido pelos filhos do verdadeiro Malin (Rodrigo e Sebastián Barriuso). Produção de Cuba com Canadá, tem distribuição brasileira pela Galeria Distribuidora.
O Tradutor (El Traductor)
Devido a tratar de um assunto desses forte como a tragédia de Chernobyl, temos uma grande carga emocional no personagem de Santoro e não só por naquela situação difícil... Imagina dizer a um pai que seu filho está morrendo e ainda mais no caso dele que é professor e não médico, não tem o estudo e preparação psicológica para aquilo. Por isso além desses dilemas, vemos Malin se autodestruindo mentalmente dentro daquela redoma que ele entrou, fora o quanto sua família está ficando distante dele e ainda o roteiro separa um tempo para mais contrapontos... Em que um país que abriu as portas para ajudar pessoas de um país tão distante dela, ao mesmo tempo que sofre com a miséria e com seus próprios problemas sociais. Toda a trama é bem contada e trabalha todos os pontos mencionados de forma muita satisfatória, exceção à situação social de Cuba, tem doses menores e acabam entrando fora de hora e muitas vezes jogados sem acrescentar a história, fora isso tem muitas coisas boas nesse longa, vou explicar esses pontos mencionados mais detalhado no parágrafo abaixo...
Ao assistir, se prepare para algo pesado, uma atmosfera triste e carregada, filme tem uma carga emocional grande, também pudera... temos crianças com câncer por serem atingidos por um desastre nuclear. Apesar de muito tenso, a qualidade narrativa dentro daquela tristeza é grande, você sente os dilemas do Malin (Santoro) e ainda mais o pesar daquelas crianças e dos pais, não são poucas as vezes que temos em xeque como estão todos os lados naquela situação triste. Fora isso, a parte familiar do protagonista na medida em que se abre espaço para essa subtrama, apesar de lenta, consegue atender bem as expectativas do que pede o longa. Já no terceiro assunto que é a situação social de Cuba, tem os relances, mas nada que afete muito a história em andamento, poderia ter evitado mais ou fazer chocar-se melhor com as outras linhas narrativas do protagonista, ficou mais uma crítica social verdadeira do que cinematográfica.
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