(A versão “Nutella” do Drácula de Coppola)
By Jeff Rocha
Dirigido por Luc Besson (O Quinto Elemento, Lucy, Dogman), Drácula: Uma História de Amor Eterno tenta dar uma nova roupagem ao vampiro mais famoso da cultura pop... e falha. Sobre o filme, após perder sua esposa, o príncipe Vladimir renega Deus e é amaldiçoado com a vida eterna, tornando-se a criatura que o mundo aprenderá a temer: Drácula. Séculos depois, solitário e mergulhado em melancolia, ele cruza os caminhos da reencarnação de seu antigo amor — reacendendo a chama da esperança e da obsessão.
Sinopse oficial:
Apesar de adaptar livremente o livro de Bram Stoker, o filme se distancia tanto do original que parece não saber qual história quer contar. Passeia por vários gêneros — romance, fantasia, drama — e se perde em uma verdadeira farofa vampiresca. Esse talvez seja seu maior erro: a indecisão.
O elenco conta com Caleb Landry Jones (Dogman), Zoë Bleu (filha de Rosanna Arquette e sobrinha de David Arquette), Christoph Waltz (Django Livre) e Guillaume de Tonquédec — o único ator francês. Um time de peso, pena que mal aproveitado.
Caleb, que interpreta Drácula, é um bom ator, mas aqui entrega uma performance caricata e teatral demais. O personagem, que deveria ser imponente, sedutor e horripilante, aparece sem profundidade, fragilizado e exagerado. Todo o elenco parece seguir o mesmo tom: atuações vazias, teatrais, quase cômicas.
Besson tenta explorar o lado humano do conde, mostrando sua transformação após perder a mulher amada. Mas essa abordagem já foi feita — e melhor — em versões anteriores. O ótimo Nosferatu, por exemplo, já tratou da dor e da melancolia do vampiro de forma muito mais potente. Seria mais interessante ver o príncipe Vladimir antes do pacto pela vida eterna — o único ponto ainda pouco explorado.
Visualmente, o filme até encanta. A fotografia de cores marcantes, cheia de referências pop, aliada a figurinos exuberantes e cenários bem produzidos, compõe o ponto alto da obra. A cena de abertura na guerra na neve, por exemplo, teria sido perfeita se explorasse melhor o contraste entre o branco e o vermelho do sangue — uma imagem que teria dado mais força simbólica à jornada do personagem.
Besson tenta explorar o lado humano do conde, mostrando sua transformação após perder a mulher amada. Mas essa abordagem já foi feita — e melhor — em versões anteriores. O ótimo Nosferatu, por exemplo, já tratou da dor e da melancolia do vampiro de forma muito mais potente. Seria mais interessante ver o príncipe Vladimir antes do pacto pela vida eterna — o único ponto ainda pouco explorado.
Visualmente, o filme até encanta. A fotografia de cores marcantes, cheia de referências pop, aliada a figurinos exuberantes e cenários bem produzidos, compõe o ponto alto da obra. A cena de abertura na guerra na neve, por exemplo, teria sido perfeita se explorasse melhor o contraste entre o branco e o vermelho do sangue — uma imagem que teria dado mais força simbólica à jornada do personagem.
A direção, porém, tropeça. Diálogos longos e desnecessários, personagens secundários sem função real e atuações que lembram novelas das 18h comprometem a experiência. O CGI das criaturas — gárgulas de cimento — é simplesmente terrível. Difícil entender quem achou que isso seria uma boa ideia. Também é difícil aceitar que Drácula agora seduz mulheres com um perfume mágico, como se fosse o comercial de uma fragrância cara.
Além disso, toda a mitologia clássica dos vampiros é ignorada. Aqui, Drácula anda no sol, entra em igrejas e parece livre de qualquer limitação — o que enfraquece ainda mais a figura icônica que ele deveria representar. Drácula - Uma História de Amor Eterno, mesmo com uma proposta gótica e romântica, o roteiro falha.
Além disso, toda a mitologia clássica dos vampiros é ignorada. Aqui, Drácula anda no sol, entra em igrejas e parece livre de qualquer limitação — o que enfraquece ainda mais a figura icônica que ele deveria representar. Drácula - Uma História de Amor Eterno, mesmo com uma proposta gótica e romântica, o roteiro falha.
No século XV, o Príncipe Vladimir renega Deus após a perda repentina de sua esposa. Ele, então, herda uma maldição eterna: torna-se Drácula. Condenado a vagar pelos séculos, ele desafia o destino e a própria morte, guiado por uma única esperança: reencontrar seu amor perdido. Direção: Luc Besson. Estreia nos cinemas brasileiros, 07 de agosto de 2025 pela Paris Filmes.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com
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