domingo, 1 de junho de 2025

Crítica Cinema | A Lenda de Ochi

(Um longa com gostinho de nostalgia)


A Lenda de Ochi se passa na ilha norte de Carpátia, onde vivem seres mágicos chamados Ochi. Uma jovem aprende que nunca deve sair depois do anoitecer por causa dessas criaturas. Ela embarca em uma aventura depois que um bebê Ochi é deixado para trás. O longa é uma produção da A24 com distribuição da Paris Filmes que, antes mesmo de sua estreia e lançamento, causou estranhamento por parecer, para muitos, que havia sido feito 100% com inteligência artificial. Isso se deu por conta das cores, personagens, paisagens belíssimas e outros elementos visuais. No entanto, Isaiah Saxon confirmou que o filme levou anos de estudo para ser executado e que foram usados, sim, marionetes e antiatômicos.

A fotografia do filme é linda e impecável (agora entendo por que disseram que parecia feito com IA). As cores vivas, os cenários e o visual como um todo estão perfeitos. O filtro usado no filme tem até um leve gostinho de filme antigo de Sessão da Tarde. O nível de detalhe e sensibilidade é impressionante. O som também é excelente: os sons que os Ochi fazem são marcantes, principalmente o do baby Ochi, que, mesmo sem compreendermos o que está dizendo, transmite emoções claras por meio de ruídos e gritos. A trilha sonora é sinistra, às vezes baixa, às vezes muito alta, assustadora e, ao mesmo tempo, reconfortante, bem típica de um filme que mistura ação, suspense e drama, tornando a trama angustiante.

O roteiro é um pouco fraco. O enredo parece superficial e os personagens não têm muito desenvolvimento — sabemos quem são e qual a função de cada um, e só. O filme até evoca memórias de clássicos dos anos 80/90 como Gremlins, A História Sem Fim e Os Goonies, entre outros.


O elenco conta com Helena Zengel, Emily Watson, Finn Wolfhard e o talentoso Willem Dafoe, que, neste filme, parece até tímido para mostrar suas loucuras habituais com personagens exagerados e marcantes. Acho que ele roubaria a cena se tivesse se soltado um pouco mais. Talvez um vilão ou um pai louco e inconsequente fosse o papel ideal para ele aqui. A Lenda de Ochi é bonito, familiar e pode agradar (ou não) o público... com um pouco mais de desenvolvimento na narrativa, ele tivesse mais força.


Sinopse oficial: 
Em uma vila remota na ilha de Carpathia, uma tímida garota de fazenda chamada Yuri foi criada para temer uma espécie animal conhecida como Ochi. Mas, quando ela descobre que um bebê Ochi ferido foi abandonado, ela parte em uma aventura para levá-lo para casa. Direção: Isaiah Saxon. Estreia nos cinemas brasileiros, 26 de maio de 2025 pela Paris Filmes.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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 Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com

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