sábado, 5 de abril de 2025

Crítica Cinema | Código Alarum

(Ação que tenta modular seu próprio gênero)


Código Alarum é a mais recente adição no gênero de ação, surge como um filme que promete uma narrativa repleta de suspense e reviravoltas, enquanto abraça clichês do gênero de forma magistral agradando os fãs do gênero sendo um amalgama entre os filmes antigos e os novos em uma execução que graças a direção de Michael Polish eleva a história além do trivial.

Com uma direção que se preocupa em coreografar as lutas da melhor forma possível as sequências de luta, além de aprofundar os personagens e explorar as complexidades do enredo, estabelecendo o longa como um produto palatável para os amantes de adrenalina. “Código Alarum" é uma obra que busca revigorar o gênero de ação, oferecendo não apenas sequências eletrizantes e coreografias impecáveis, mas uma narrativa intricada e personagens cativantes. Sob uma direção perspicaz e contando com um elenco talentoso de peso contando com Sylvester Stallone e Scott Eastwood, o longa se estabelece como uma experiência cinematográfica imersiva, capaz de manter o espectador na ponta da cadeira do início ao fim, graças a sua habilidade de integrar elementos de suspense psicológico e uma atmosfera de perigo constante que permeia cada cena.

Desde os primeiros minutos, exibe maestria na construção de todo um ambiente repleto de tensão, apresentando seus personagens e o intricado cenário da trama com uma precisão que prende a atenção do público. Com uma narrativa que se desdobra de maneira inteligente, revelando informações gradualmente e mantendo um mistério intrigante sobre as motivações e segredos que envolvem a história. Essa abordagem cuidadosa permite que o espectador se conecte com os protagonistas e se envolva emocionalmente com seus dilemas e desafios, tornando cada obstáculo superado e cada reviravolta ainda mais impactante.

As sequências de ação são o prato principal aqui, um verdadeiro deleite visual coreografadas com precisão e dinamismo que elevam o projeto a um novo patamar, com lutas corpo a corpo que são filmadas com uma clareza e impacto tão grandes que realmente parecem verdade; permitindo que se aprecie a habilidade e intensidade dos confrontos. Os tiroteios são encenados de maneira visceral, transmitindo a sensação de um perigo iminente e a urgência das situações, que é feita com uma montagem habilidosa e a cinematografia inventiva contribuem para a imersão do espectador na ação.

Outro ponto assertivo desta obra está na profundidade de seus personagens, que estão longe de serem arquétipos unidimensionais, aqui temos indivíduos multifacetados com motivações claras e passados que moldam suas ações e decisões. Um roteiro se dedica a explorar suas vulnerabilidades, conflitos internos e lealdades, permitindo que o público compreenda suas jornadas e torça por seus destinos. E toda essa atenção ao desenvolvimento dos personagens confere uma camada adicional de significado à trama, elevando-a além da simples sucessão de sequências de ação. E tudo isso somado as atuações, com cada ator apresentando performances convincentes e memoráveis, a química entre os personagens é palpável, enriquecendo as interações o que acaba envolvendo o público ainda mais com os personagens.

Com uma direção que apresenta uma visão clara em toda a condução da narrativa, Polish equilibra quase q perfeitamente as sequências de frenesi com as cenas que constroem todo o suspense, mantendo um ritmo dinâmico e cativante ao longo de toda a projeção até o seu clímax. A escolha dos ângulos de câmera, a iluminação e o design de produção, criam uma atmosfera familiar e imersiva, elevando a experiência cinematográfica colocando principalmente aqueles q são fãs de filmes do gênero em um ambiente confortável.


A trilha sonora ganha toda uma atenção especial, se integrando perfeitamente à narrativa, intensificando as emoções. Com algumas composições originais, criam uma identidade sonora distinta para o filme. Todo o cuidado e a sensibilidade com que a música é utilizada para complementar as imagens e amplificar o impacto das cenas são notáveis, demonstrando a habilidade dos realizadores.

Além de sua ação eletrizante e dos personagens cativantes... os personagens se destacam por abordar temas relevantes e complexos de forma inteligente e instigante, exceção a brasileira Ísis Valverde, apesar do marketing... a participação dela é pífia e sem peso a história, mas vale pelo espaço em um filme com o Stallone. Questões como lealdade diante da adversidade, a natureza da justiça e da vingança, e as consequências das escolhas individuais são exploradas de maneira sutil, mas eficaz, enriquecendo a experiência do espectador e convidando à reflexão após o término do filme. Essa profundidade temática eleva o longa além do mero entretenimento, conferindo-lhe uma ressonância duradoura. Código Alarum é uma obra que celebra o melhor do gênero de ação, combinando sequências de tirar o fôlego com uma narrativa inteligente e personagens bem construídos. A direção segura e a trilha sonora envolvente criam uma experiência imersiva e emocionante.


Sinopse oficial: 
Joe (Scott Eastwood) e Lara (Willa Fitzgerald) são agentes secretos que vivem fora do radar, mas quando saem de férias com amigos (Isis Valverde), eles se tornam alvos de uma caçada brutal. Suspeitos de estarem ligados à ALARUM, uma rede secreta de espiões, o casal é forçado a fugir, sem saber em quem confiar. Perseguidos por inimigos implacáveis e em um mundo de mentiras e traições, eles são obrigados a duvidar até mesmo de seus próprios aliados. Direção: Michael Polish. Estreia nos cinemas brasileiros, 03 de abril de 2025 pela Imagem Filmes.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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