sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Crítica Cinema | Othelo, O Grande

(O protagonismo de Othelo o tornou grande)


Othelo, O Grande (2023), longa-metragem documental nacional, distribuído pela Livres Distribuidora, estreia, oficialmente, nos cinemas brasileiros, a partir do dia 05 de setembro de 2024, com classificação indicativa 12 anos e 83 minutos de duração. Documentário que mergulha profundamente na vida e obra de Sebastião Bernardes de Souza Prata, conhecido artisticamente como Grande Otelo. Premiado no Festival do Rio 2023, é uma celebração da genialidade e do impacto cultural de um dos maiores artistas brasileiros.

Através de uma montagem exímia que combina imagens de arquivo e depoimentos, o documentário narra a trajetória de Otelo, desde suas origens humildes em Uberlândia até se tornar uma figura icônica nos palcos e telas do Brasil. O diretor Lucas H. Rossi apresenta uma narrativa que não apenas destaca os triunfos de Otelo, mas também não se esquiva das adversidades que enfrentou, incluindo o preconceito, racismo e tragédias pessoais, como a que culminou em sua primeira esposa envenenando o filho e se suicidando.


A obra é enriquecida por trechos de performances memoráveis de Otelo, como em "Macunaíma" e "Fitzcarraldo", e por momentos íntimos, como seu encontro com Orson Welles. A parceria com Oscarito e o início da produtora Atlântida são outros pontos altos do documentário, que utiliza a música para tecer a narrativa da vida de Otelo, ressaltando sua relevância na história do cinema brasileiro. A crítica social, especialmente em relação ao racismo, é um tema central, tratado com a potência das próprias palavras de Otelo. Othelo, O Grande é um documentário que não só documenta a vida de um artista extraordinário, mas também serve como um comentário sobre a sociedade brasileira e a indústria do entretenimento. É uma obra que, sem dúvida, deixará os espectadores querendo saber mais sobre este homem e sua arte inesquecível.


Sinopse oficial: 
Grande Othelo foi um dos mais brilhantes atores brasileiros do século XX. Negro, órfão e neto de escravizados, ele desafiou o racismo estrutural ao eternizar seus personagens no cinema e na TV, abrindo caminhos para as futuras gerações de artistas negros. O filme oferece uma visão íntima e pessoal do homem que se tornou um ícone, deixando um legado inestimável na cultura brasileira. Direção: Lucas H. Rossi dos Santos . Estreia nos cinemas brasileiros, 05 de setembro pela Livres Filmes.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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 Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com

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