(Continua com qualidade, mas sem o brilho do anterior)
By Alan David
O primeiro Homem-Aranha no Aranhaverso (2018) trouxe um visual, desenvolvimento e personagens acima da média, dentro de uma forma de animar com humor e cores que nada mais nada menos... deu o Oscar de melhor animação para a Sony Animation pelo filme, desbancando Disney. A sequência era mais que esperada, aliás, foi adiada para esse mês, quando estava previsto para estrear em 2022. O detalhe de Homem-Aranha: Através do Aranhaverso é a divisão em duas partes, coisas que sabíamos quando foi anunciado a nova aventura de Miles Morales e os multi-aranhas, só que em toda a divulgação do longa isso foi deixado de lado, pegando muita gente de surpresa, talvez no mundo dos streamings, hoje anunciar um título incompleto pode diminuir o aceite nos cinemas, deixando alguns a esperar a parte dois, e perto dela... assistir a primeira em casa para já ir no embalo. A duração do filme é o que chama atenção (2h20), mas o mostrado em tela não é o suficiente para justificar tanto tempo pelo que foi apresentado e pela narrativa parada em alguns momentos.
Sinopse oficial:
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso (Spider-Man: Across the Spider-Verse)
O inicio é todo da Gwen, ela domina a introdução, até a entrada do Homem-Aranha 2099 (Miguel O´hara), só então partimos para o Miles, esse nos dilemas de sempre... esconder dos pais sua identidade, procurar seu lugar como cidadão e todo o conceito e dúvidas de um garoto da sua idade, e tendo que lidar com a defesa da cidade. Aqui de inicio não parecia ter um grande vilão, pois o Mancha não parece a melhor escolha, ele abre a possibilidade do multiverso, mas poderia ter alguém mais de peso, vamos ver se vai se manter assim na parte dois. Então cada um vai tendo sua jornada, até o reencontro já visto nos trailers e divulgações do Miles e Gwen, nisso o Aranhaverso é expandido de vez, sai aquele negócio contido em cinco, seis personagens e vira um leque infinito onde tem Homem-Aranha de tudo, o que tira um pouco do impacto e importância, inclusive sendo mais cômico do que surpreendente. A partir do plot do plano do Aranha 2099, começa uma sequência de correria e confrontos com mais situações engraçadinhas do que sérias, até a coisa começar a ficar mais tensa, então... acaba o filme. Nada resolvido, até ali teve pouca ação e muita, mas muita conversa, entende-se desenvolver melhor as características dos protagonistas, mas isso já foi feito anteriormente, então esticar tanto tempo deixa uma gordura sonolenta em alguns momentos, aonde chegamos a ter uns quarenta minutos que não acontece nada. Os objetivos do O´hara também são confusos, pois o que ele propôs para o Miles era claro que ninguém ia aceitar, fora que sempre que algum filme explica o multiverso mais a fundo... fica mais confuso do que nunca.
As cores e formas de animar deram uma mudada, como existem muitos aranhas, cada um tem seu perfil, questão de acostumar com o que é apresentado. A parte inicial e final tem um bom peso, onde toda trilha sonora acompanha bem, os diálogos são interessantes em muitos momentos, mas em outros... se prolongam demais. A direção e roteiro entregam 2h20 de trama que poderia ser mais contida, pois nada é resolvido, nada mesmo, ficando o receio da parte dois ter a mesma duração e na hora de você confirmar o que foi apresentado... a metade disso se aproveita. Miles e Gwen praticamente dividem o protagonismo, o Peter fica bem abaixo do filme anterior, e o O’hara tem as motivações muito perturbadas ou poucos esclarecedoras até aqui. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso continua com um estilo próprio e bonito de animação, com vários elementos que agradam, dá mais camadas aos dois protagonistas, mas peca em prolongar demais algo que fica nítido que poderiam encurtar, na ambição de fazer dois longas, perde em qualidade em relação ao primeiro da franquia, mesmo assim, tem um nível muito bom tecnicamente.
Miles Morales está de volta para o próximo capítulo da saga vencedora do Oscar®. Depois de se reunir com Gwen Stacy, o amigão da vizinhança e protetor em tempo integral do Brooklyn é catapultado através do Multiverso, onde ele encontra um time de Pessoas-Aranha que precisam proteger a própria existência. Quando os heróis não conseguem se unir para lidar com uma nova ameaça, Miles se vê dividido e precisa redefinir o que significa ser um herói para que ele consiga salvar as pessoas que mais ama. Estreia nos cinemas brasileiros em 01 de junho de 2023. Direção Joaquim Dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson . Distribuição nacional da Sony Pictures do Brasil.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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