sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Crítica Cinema | Halloween Ends

(Terminando como dava...)


É o fim da jornada de Michael Myers e Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), neste último capítulo da saga Halloween, onde um rastro de sangue irá ditar os rumos do derradeiro embate entre os dois. Elenco conta com Kyle Richards, Rohan Campbell, Will Patton, Andi Matichak, Stephanie McIntyre, Nick Castle, James Jude Courtney, entre outros. Direção de David Gordon Green. Distribuição nacional da Universal Pictures do Brasil. Estreia nos cinemas brasileiros em 13 de outubro de 2022. Para trailer, clique aqui.

Halloween Ends


É o final dessa quadrilogia, e não trilogia, já que a jornada de um dos maiores ícones do terror (Michael Myers) começou em 1978, tendo a sequência oficial em 2018, depois Halloween Kills (2021), e finalizando só agora em Ends... lembrando, o que saiu depois do primeiro até sua continuação oficial... não faz parte da trama original (Foram nove longas no período de 1981 até 2009) . A ideia de terminar, e claro para surgir uma nova saga da franquia mais à frente, pois não vão desperdiçar uma marca como essas, neh... parte mais de encerrar a história da Laurie (Lee Curtis), sinceramente esticou-se demais, existia um disparate não só de força, e sim, conjectura na obsessão dela pelo Myers, isso foi abrindo portas limitadas de confrontos, focando apenas em sua família, e mesmo tendo consequências que são bem exploradas em Ends, fica a clara impressão que não tinha narrativa para tanto, por isso, espero que Halloween volte a uma abordagem mais sanguinária e sem laços tão fortes com um personagem só, aprofunda-se mais na mística do Michael Myers... claro que precisa ter situações e personagens que validem ainda mais as atrocidades do vilão, mas para dar um melhor dinamismo mesmo, nada de ser a visão Laurie da vez...


As consequências de Kills (2021) são notórias e presentes o tempo todo, Laurie, Myers e todos os outros que continuam neste capítulo final sofrem com as perdas e consequências dos seus atos do longa anterior, um fantasma para cada um deles, isso foi legal de assistir, você entende o que cada um sofre, isso dentro das limitações narrativas que o roteiro propõe. Dentro dessas construções até o derradeiro e confronto final Myers vs Laurie, muitas decisões são questionáveis... A começar pela enrolação, o fato de focar mais no Corey e Allyson, transformam os quarenta minutos iniciais, senão mais, em Garotos Rebeldes, você queria ver o retorno de Myers, mas acaba conferindo a ascensão de um novo monstro que substituiria o atual, mas o próprio roteiro se embanana dando dualidade às situações e quando chega a hora de decidir quem assume o que, opta pelo fácil, só que as coisas chegam lá se arrastando e acaba invalidando uma nova perspectiva do vilão. As coisas com Laurie não são diferentes, a personagem toma decisões que depois se arrepende, coisa que ela sempre fez com relação ao Myers... que é trazer o perigo para sua família e quem estiver em volta, aqui faz de novo, depois se arrepende, depois faz de novo... se arrepende, ficando uma sequência de situações que se contradizem. E tudo fechando com o Myers... totalmente desmoralizado, parecia apenas uma passagem de bastão para uma nova figura, então o retorna de forma forçada no ato final para ele ser o que sempre foi (assassino brutal),  ficou pouco natural, e fora que teve quatro filmes para ter um impacto maior no cerne de alguém como ele, mas o deixou de escanteio só para ser o “bicho-papão” que sempre foi... e sem a construção para seu fechamento devido em Ends. Ao ápice desse “embate” final, nesse caso, achei bem feito, apesar de se enrolar todo até ali... a forma de encerrar de uma vez, colocar uma pedra nessa ameaça, apesar de exagerar no clichê, foi dentro do esperado e justo para Myers e Laurie, sempre lembrando, apenas o final, conclusão, e não chegando até aquele ponto.


Halloween é aquilo, muitas cenas no escuro, mortes gore, e uma trilha sonora no talo, nada diferente dos outros, apenas que algumas mortes não foram mostradas, apenas subjetivas, e claro que ao optar por ter metade do filme baseado em rebeldes sem causa, deixa de lado quem realmente importa (Myers) não para de entrar música atrás de música ao som alto para justificar o que Corey vai fazer mais à frente é o que verdadeiramente importa.... e dane-se o resto, fazer o que. A direção não conseguiu ser transparente na essência da franquia, saiu muito do que é a saga, por muito tempo, isso deixa boa parte da trama sonolenta. Sobre o elenco... Jamie Lee Curtis conseguiu trazer para si a franquia, acima do Myers, isso deixou muito podada várias situações nesses três últimos, mas ela foi bem ao que foi designado, valorizou seu passe de estrela maior de Halloween. Rohan Campbell é o que mais tem tempo de tela, atuação dele é bem engessada, mesmo seu Corey tendo que ser assim, faltou alguma coisa ali para você simpatizar com ele. Andy Matichak é mediana e assim foram em todos os novos filmes, talvez a decisão da perda do Kills devesse ter sido invertida, daria mais impacto e a Judy Greer é uma atriz bem melhor. Halloween Ends finaliza do jeito que dava essa nova leva da franquia, deixa uma sensação de construção final bem mais ou menos, mostrando que não tinha história para esses quatro filmes, mas por trazer de volta Michael Myers e a trilha sonora clássica para os tempos atuais, tem seus méritos, mesmo esperando um capítulo final mais impactante, coisa que não ocorreu.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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