segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Crítica Cinema | Um Lugar Bem Longe Daqui

(A garota do pântano)


Do romance best-seller vem um mistério cativante. Um Lugar Bem Longe Daqui conta a história de Kya (Daisy Edgar-Jones), uma garota abandonada que cresceu sozinha até a idade adulta nos perigosos pântanos da Carolina do Norte. Durante anos, os rumores da “Garota do Pântano” assombraram Barkley Cove, isolando a afiada e resiliente Kya de sua comunidade. Atraída por dois jovens da cidade, Kya se abre para um mundo novo e surpreendente; mas quando um deles é encontrado morto, ela é imediatamente apontada pela comunidade como a principal suspeita. À medida que o caso se desenrola, o veredicto sobre o que realmente aconteceu torna-se cada vez mais obscuro, ameaçando revelar os muitos segredos que estão dentro do pântano. Elenco ainda conta com Taylor John Smith, Harris Dickinson, David Strathairn, Michael Hyatt, Sterling Macer Jr, Logan Macrae, entre outros. Direção de Olvia Newman. Distribuição brasileira da Sony Pictures. Estreia nos cinemas brasileiros em 01 de setembro de 2022. Para trailer, clique aqui.

Um Lugar Bem Longe Daqui (Where the Crawdads Sing)


Esse filme é adaptação do livro homônimo de Delia Owens, não conhecia a obra, mas é um best-seller, então muita gente estava ansioso para saber como seria a versão cinematográfica da história de Kaya, chamada pelos moradores da pequena cidade de Barkley Cove de “garota do pântano”. Para um panorama geral do que é essa trama, pensa em uma pizza simples de queijo, onde o ingrediente principal é romance teen (Bem simples, ela se apaixona por um cara legal, não dá certo, ela acha que encontrou outra pessoa que a faz bem, mas com o tempo se mostra complicado, até voltar ao páreo o seu primeiro amor) e agora pensa que na borda dessa pizza, onde seria o quanto a garota sofreu quando criança com um pai violento e sua família à deixando aos poucos, tendo que crescer sozinha em uma casa no pântano, e depois de adulta procurar a felicidade profissional e pessoal... então você salpica por cima dessa pizza um tempero que seria o julgamento que acontece em paralelo aos flashbacks dela ainda criança até o momento que inicia a trama que é de um assassinato onde ela é a acusada de ser a responsável pelo crime... a história é essa de uma forma geral, sendo a maior parte do tempo romance teen mesmo. É um filme relativamente demorado, pois fica entre presente e passado, principalmente na origem da garota até parar no tribunal. Sendo que a mensagem passada durante todo esse tempo é de superação, amor e esperança, tudo de forma diluída, sem grandes impactos, exceção ao inicio mostrando toda a violência do pai em cenas bem pesadas, depois a coisa foca mais em romance teen, até chegar perto do final... onde volta a ficar tenso.


Como a maior parte do tempo é Kaya com seus amores, onde existem momentos clichês.. e outros nem tanto, o roteiro tenta te familiarizar com a garota e todas suas dores e anseios dentro do que ela consegue profissionalmente e amorosamente... O primeiro é o Tate (Taylor John), e depois o Chase (Harris Dickinson), esse que vai trazer sentimentos que ela havia esquecido... neste sentido a narrativa consegue ser bem equilibrada e finalizando de forma correta, novamente, bem clichê, mas com um plot final ali que mesmo não explorado, resume bem a personagem. A maioria das cenas são na floresta, exceção as do tribunal, não é uma super produção, mas pelo proposto não tinha muito de onde fugir, por isso,  tecnicamente não chama atenção, mas a história é boa. Sobre o elenco... Daisy-Edgar Jones foi bem, ela tinha que interpretar uma menina que vivia em uma casa no pântano, sem muito contato com pessoas, então precisavam de uma atriz mais tímida e com feições mais assustadas ou desconfiadas... nisso ela entrega ok, até porque a sua personagem tem muitas fissuras internas e complexas, então não era tarefa fácil ser a Kaya. Taylor John Smith, assim como Harris Dickinson foram os típicos galãs de romance teen, sem muita desenvoltura para uma atuação melhor. Restante do elenco só para compor, exceção aos personagens de Michael Hyatt e Sterling Macer Jr. que foram o conforto que a protagonista precisava dentro de tantos problemas familiares que ela tem no filme. Um Lugar Bem Longe Daqui é uma boa história, bem adaptada, consegue passar sua mensagem sem grandes momentos, mas dentro da coerência do seu roteiro... consegue transparecer bem o que foi a vida da protagonista de uma forma correta até o final.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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