sábado, 3 de setembro de 2022

Crítica Cinema | Era Uma Vez Um Gênio

(Quando pedir é mais difícil do que realizar)


Em Era Uma Vez Um Gênio, enquanto participava de uma conferência em Istambul, a Dra. Alithea Binnie (Tilda Swinton) encontra um "djinn" (Idris Elba), o que no ocidente, é comumente denominado como “Gênio". A criatura lhe oferece três desejos em troca de sua liberdade, e isso apresenta dois problemas: primeiro, ela duvida que ele seja real, e segundo, por ser uma estudiosa de histórias e mitologia, ela conhece todas as histórias de advertência sobre desejos que deram errado. O djinn defende seu caso contando histórias fantásticas de seu passado e, eventualmente, ela é seduzida e faz um desejo que surpreende os dois, o que leva a consequências que nenhum dos dois esperava. Elenco ainda conta com Pia Thunderbolt, Berk Ozturk, Anthony Moisset, entre outros. Direção de George Miller. Distribuição brasileira da Paris Filmes. Estreia nos cinemas brasileiros em 01 de setembro de 2022. Para o trailer, clique aqui.

Era Uma Vez Um Gênio (Three Thousand Years of Longing)


O diretor do longa é o George Miller, responsável pela franquia Mad Max que inclui um dos melhores filmes dos últimos tempos que é Mad Max: Estrada da Fúria (2015) pois antes de Top Gun: Maverick, foi o único filme que saí da sala de cinema com a adrenalina alta de tão bom e empolgante que foi a história. Em Estrada da Fúria, George atingiu limites de criatividade e loucura de uma forma magistral, então estava curioso para assistir Era Uma Vez Um Gênio, premissa é bem doida, uma mulher dos dias atuais (Tilda Swinton) encontra um tipo de lâmpada mágica e desperta um gênio (Idris Elba) que te concede três desejos, mas antes, começa a contar sua origem e existência pelas épocas do qual passou... até chegar ao ponto inicial desta história. Parece no minimo curioso, mas você percebe que terá um ritmo bem diferente quando o pôster já tem uma imagem que dá sono e a narrativa então, mais ainda, a duração da trama é uma hora e cinquenta, só que parece que foram três horas. Falando assim parece que é ruim, mas não é... ele tem apenas uma narrativa com uma forma escolhida de contar  muito cadenciada. Para começar uma história tão doida, o roteiro meio que força as coisas para chegarmos rapidamente ao segundo ato com vários diálogos entre os protagonistas que são reflexivos, tristes e pontuais dentro da vida de cada um... entre esses pontos de conversas é onde acontecem os flashbacks do gênio, desde antes mesmo de ser esse ser mágico, e que ao decorrer da história ele parece mais um conselheiro das pessoas que o liberta do que qualquer outra coisa, pois um ponto diferente da trama é mostrar como é difícil fazer um desejo, e isso torna a vida do gênio uma tortura real e retratada em cenas e falas conceituais, metafóricas, semânticas e tudo mais para enfeitar o pavão, e isso acaba dando sono ao decorrer de tudo.


Outro ponto importante é a Alithea (Tilda) ela fica de ouvinte do gênio e aos poucos a sua própria personalidade vai se abrindo dentro dos anseios que ela acredita não ter, mas tem, isso fica provado no terceiro ato. O filme foca maior parte do tempo no passado do gênio que é desenvolvido de ponto a ponto, o estranho que quando parece que ia terminar... acontece algo no presente e tome outra parte do passado, essa que é demorada, e como o verdadeiro intuito do roteiro era os desejos reprimidos da protagonista, o longa dá uma esticada na duração para focar nessa situação e tome divagações, trilha sonora calmante e fala aqui ou ali com intuito de valorizar mais o final, esse quando acontece é um alivio, não pela ruindade, mas porque você não aguenta mais bocejar, pelo apresentado, não deveria durar mais que uma hora e meia. O roteiro deixa claro que são dois focos, mas não que necessariamente se comuniquem 100% no final, porque para entender a ligação entre os protagonistas... é necessário perceber nas entrelinhas de conversas que são muito sem ambições e jogadas rapidamente entre os flashbacks sobre o porque daquele dois estarem destinados a se encontrarem, senão fica a sensação de finalizar de qualquer jeito, assim como foi o inicio para ela chegar até o gênio. Ambientação boa, mas escura nas cenas do passado do gênio... entre os efeitos, claro que o gênio gigante proporcional chama atenção, ficou esquisito, sinceramente não gostei. Sobre o elenco... Tilda Swinton é boa nesses papéis mais estranhos, só lembrar dela em Suspiria, filmes do Almodovár e como a Anciã nos filmes da Marvel Studios, então mais do que indicada para o papel. Idris Elba entrou nessa pelo nome, porque o personagem não exige muito e poderia ser qualquer outro ator que entregaria a mesma coisa... apenas falar bonito e ter cara de sono, além disso, os dois atores mostraram pouca química juntos. Era Um Vez Um Gênio tem ideias loucas e criativas, só que oferecidas dentro de uma sopa com calmantes... tem pontos interessantes, mas bem devagar, você de inicio presta atenção, só que por tentar validar o real propósito da protagonista, acaba ficando mais extenso e entediante do que estava... não é um filme fácil, mesmo não sendo de todo ruim. Por ter o George Miller no projeto, esperava algo mais dinâmico

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
  ____________________________________________________________________
 Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com

Comentários via Facebook

0 Comments:

Postar um comentário

Publicidade

ParsaGeeks

© ParsaGeeks - Desbravando Filmes e Séries – Nossos Brindes de Cinema (NBC) Grupo ParsaGeeks