quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Crítica Cinema | Ameaça Profunda

(Se era para fazer assim, não fizesse!
By Alan David


Sinopse: Seis membros de uma tripulação estão presos em uma instalação submarina que está sendo inundada em alta velocidade como resultado de um terremoto devastador. Sua única chance de sobreviver é atravessar o leito oceânico até uma distante plataforma de petróleo abandonada. Além dos desafios físicos envolvidos na viagem, eles rapidamente descobrem que estão sendo caçados por predadores marinhos míticos e monstruosos, dispostos a matá-los. Longa protagonizado por Kristen Stewart, com Vicent Cassel, T.J. Miller, John Gallagher Jr, entre outros. Direção de William Eubank. Produção 20th Century Fox e Chernin Entertainment. Distribuição nacional da Fox Film do Brasil. Estreia 08 de janeiro de 2020. Para assistir ao trailer, clique aqui.

Ameaça Profunda (Underwater)


A ideia desse longa seria uma ambientação totalmente claustrofóbica. Nisso entra algo misterioso no fundo do mar, usufruindo de conceitos de filmes como Alien, Cloverfield, entre outros. Mas na verdade, tudo é muito superficial, pois na prática nada funciona direito. A começar pela história, o inicio tem uma introdução de minutos no maior estilo Power Point explicando a lenda das criaturas e o que os homens estão fazendo de errado ao explorar o fundo dos mares, entre outras coisas que se você não prestar atenção ou entrar atrasado na sala de cinema... não vai entender  direito o que vai acontecer em seguida, mas nada que faça muita falta também... porque tudo segue narrativamente confuso. Isso tudo somado a muitos erros primários de construção dos personagens e erros técnicos básicos.


Do nada começa o desastre no submarino, você fica perdido, pois os personagens conversam como se já estivem uma história, sendo que eles mal sabiam o nome um do outro, mencionam situações com pessoas que não fazemos ideia de quem sejam... além da interação entre eles que não faz o menor sentido conforme vão se encontrando dentro daquele caos. Tudo isso na visão da Norah Price (Kristen Stewart) que vai se apegando a cada integrante antes de acontecer o pior. Ainda mais na sua relação com o capitão (Vincent Cassel), do qual, nada foi construído para aquelas motivações, ficando a impressão que o longa começou meia hora adiantado, você fica perdidão naqueles diálogos e situações. As coisas não param por aí... O visual escuro que você não enxerga nada; personagens morrendo de forma que não tem explicação; erros de continuidade e roteiro perdido que deixa tudo pior. A sensação clara que tudo foi feito de qualquer jeito vai ficando cada vez mais gritante... uma pena, já que o conceito da trama não é de todo ruim.


Como o plot já começa no primeiro minuto com a explosão da base submarina... Inicia-se um corre corre e interações totalmente desconexas... então nada consegue êxito nessa empreitada narrativa. Os efeitos visuais e práticos tudo muito difícil de destingir uma situação mais clara daquela salada que tem o roteiro. Para não ser de todo ruim, as internas quando bem aproveitadas até que são funcionais. Exemplo disso é uma cena que eles estão se arrastando por um espaço mínimo, trazendo certa agonia... mas ai o que a edição faz? Corta para eles fora desse lugar. Falando da edição... um desastre total devido a um festival de cortes, beira o absurdo. Diretor William Eubank, responsável por Sinais (2014) não consegue conduzir qualidade na condução desse filme, que não deve ter sido barato. Sobre o elenco... Kristen Stewart péssima, toda hora fazendo caras e bocas, nenhum momento convence como protagonista, fora as motivações da sua personagem serem superficiais demais. Vicent Cassel um capitão totalmente improdutivo e com isso, sua atuação segue igual. Chega um certo momento que o roteiro quer incluir a força um drama em sua jornada de um jeito amador, fora que sua conclusão na trama... até agora não entendi. T.J. Miller um personagem chatíssimo, como a maioria dos seus papéis na carreira. A todo o momento fazendo piadinhas fora de hora e com uns apetrechos ridículos, assim como todos os outros que aparecem no susto e fala de coisas que não acrescentam nada a trama ou não são desenvolvidas de uma forma satisfatória. Ameaça Profunda comete erros primários para uma obra cinematográfica. A sequencia de erros é grande, desde o roteiro às atuações. Pior de tudo, aquela ambientação até desperta certo interesse, mas ao executar de formar tão relaxada... deixa uma experiência confusa e intragável.

Obs.: Biografias de atores e filmes IMDB. As imagens foram disponibilizadas pela assessoria da distribuidora do filme.
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