quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Crítica Cinema | Link Perdido

(Um sorriso leve e um viva à diferença)


Sinopse: Sir Lionel Frost (Hugh Jackman) é um explorador incansável à procura de provar a existência de criaturas lendárias para ser reconhecido e se tornar membro da sociedade de aventureiros britânica. Após ler uma carta promissora, Sir Frost parte em busca de sua próxima possível descoberta: o “Pé Grande”. No elenco da dublagem original temos ainda Zach Galafianakis, Zoe Saldana, Emma Thompson, entre outros. A animação é dirigida e roteirizada do Chris Butler e distribuída pela Buena Vista Brasil/ Walt Disney Studios. Estreia 07 de novembro de 2019.

Link Perdido (Missing Link)


Link Perdido (Missing Link) é a mais nova animação em stop-motion produzida pelo Estúdio Laika - conhecido por longas-metragens como “Coraline e Mundo Secreto” (2009), “Kubo e as Cordas Mágicas” (2016) e “Paranorman” (2012), o qual também foi dirigido e roteirizado por Chris Butler, além de ter recebido indicações de Melhor Longa Animado para grandes prêmios como o Oscar e o BAFTA. A animação se situa na Inglaterra, aproximadamente no final do século XIX e começo do século XX. O inglês Sir Lionel Frost (Hugh Jackman) nos é apresentado como um grande aventureiro (um tanto egocêntrico) e, logo no princípio da narrativa, o vemos encontrar e fotografar um grande monstro do lago. No entanto, sem muita sorte, infelizmente perde o registro em seguida, quando a câmera quebra após um acidente. Com isso, Frost perde também mais uma oportunidade de ser reconhecido e aceito como membro de um tipo de sociedade de intelectuais e “aventureiros” pela falta de “provas irrefutáveis” de sua descoberta. Apesar do insucesso de sua missão, o personagem demonstra otimismo e ergue-se novamente em busca de seus objetivos. Ele encontra no meio de suas correspondências uma carta bastante promissora com indicações de onde encontrar o elo perdido da humanidade - vulgo Pé Grande. No entanto, sua jornada em busca de descobrir a criatura se torna algo completamente diferente e muito maior do que imaginava. A criatura, denominada por ele como Senhor Link (Zach Galifianakis), na verdade não era selvagem como ele esperava. Senhor Link (que mais tarde escolhe Suzan; como seu nome) sabia falar, ler e escrever, possuía grande inteligência e, além de tudo, o próprio escreveu a tal carta para Frost, na esperança de conseguir ajuda para chegar ao Vale de Shangri- La, onde possivelmente encontraria outros de sua espécie. A questão do selvagem versus civilizado é posta em jogo o tempo todo. É interessante observar isso em personagens como Lord Piggot-Dunceby (líder do grupo de intelectuais do qual Frost gostaria de ser membro), o senhor fazia questão de manter sempre um ar de superioridade em relação aos outros e declamar discursos sobre civilidade; quando todas suas atitudes se mostravam simplesmente desprezíveis.


No caso de Frost e Senhor Link, apesar de tudo o que os torna diferentes, os dois se encontram em suas semelhanças entre si, tais como o espírito aventureiro e até o aperto da solidão e sentimento de não pertencimento eminentes - isso acaba tornando o desfecho da narrativa um pouco previsível. Ainda assim, o longa traz de forma delicada esse tipo de questão, além de retratar a questão da empatia, das diferenças entre povos e culturas, preconceitos e deixar de fora o final feliz entre mocinho e mocinha - que nesse caso vai viver sua própria aventura. Link Perdido é uma animação com cara de fim de tarde e sutis ensinamentos sobre persistência, amizade, diferenças e valores importantes.

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 Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: blogparsageeks@gmail.com

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