domingo, 1 de dezembro de 2019

Crítica Cinema | Uma Segunda Chance para Amar

(Olhando para cima)


Sinopse: A história de Kate (Emilia Clarke), funcionária de uma loja natalina que funciona durante todo o ano. Ela está cansada de sua rotina e das más decisões que já tomou na vida, mas tudo muda quando conhece o misterioso Tom (Henry Golding). O elenco ainda conta com Michelle Yeoh, Emma Thompson (Roteirista do longa ao lado de Greg Wise), entre outros. Direção de Paul Feig (Um Pequeno Favor). Produção e distribuição da Universal Pictures. Estreia 28 de novembro de 2019. Para o trailer, clique aqui.

Uma Segunda Chance Para Amar (Last Christmas)


Longa baseado na música de 'George Michael' chamada 'Last Christmas (nome original do filme)' que nada mais é que um conto de Natal bem otimista e para cima, onde temos a personagem Kate (Emilia Clarke) que deixou muitas coisas pendentes na vida pessoal e que vai tentando consertar nessa época de festas, muito em função de conhecer o personagem Tom (Golding) que desperta na garota boas vibrações e mantendo o alto astral que a narrativa tem como proposta. Mesmo totalmente diferente do nome original, o título "uma segunda chance para amar" também cai bem, pois aqui não envolve apenas o sentimento romântico... E sim familiar e como ser uma pessoa melhor, tudo partindo da personagem Kate. Sabe aqueles filmes de Natal básico que passam mensagens positivas que beira ao brega, mas são funcionais? aqui é isso, tudo roda no básico, e ciente da sua proposta; olhando para cima (coisa muito mencionada durante a história).


Dito isso, o roteiro se desenvolve de forma normal, tem um grande plot que nem é tão grande assim, com duas, três cenas no máximo você já mata o que realmente está acontecendo, resta a história ir conduzindo de forma coerente a jornada de "redenção" da Kate, nisso a narrativa tenta pincelar como ela ficou desse jeito; com a vida cheia de pontas soltas, para assim então justificar a mudança da personagem para uma pessoa melhor. O problema que mesmo mantendo o alto astral e muito dentro do carisma da Emilia Clarke, você não sente o peso do passado dela, então tudo vai dando voltas sem desagradar, mas sem chamar muita atenção. Para não ser totalmente alheio as atitudes dela, o roteiro consegue na relação dela com Tom, mostrar o quanto ela tem uma necessidade de carência interior, onde revela uma característica forte de pessoas que procuram alguém que a faça sentir-se segura e poder expressar suas emoções, o famoso se estou feliz... o mundo é mais colorido. No geral, a coisa funciona assim, chegando ao seu final sem grandes novidades, entregando algumas situações engraçadas e dentro do esperado em longas de Natal. 


Muitas cenas se passam durante a noite ou na loja de produtos de Natal, as mudanças de situações e todo o design em cena são bem elaborados sem muitos defeitos. A trilha sonora tem a função de manter a emoção e o alto astral que o longa se propõe e isso é bem característico, ainda mais sendo originalmente baseado em uma música, precisa funcionar... e funciona. Devido a tentar montar um grande plot, fazer uma micro subtrama fora da protagonista e o fato de não explorar tanto os problemas passados de Kate, temos alguns furinhos na edição e um andamento narrativo nem tão redondo, nada que o faça se perder da história, mas faltou uma melhor elaboração. O roteiro foi escrito para ser simples e assim foi. A direção por Paul Feig é conduzida de forma bem branda, não conseguiu tirar um algo a mais do seus atores. Dito isso, sobre o elenco... Emilia Clarke não se discute sua simpatia, carisma e uma empatia em tela, aqui ela podia ter sido menos ela, precisa tirar uns tiques que a atriz tem de parecer feliz demais e indo mais para o caminho do deboche. Henry Golding, meio travadão em cena. Michelle Yeoh tem aquela micro subtrama que mecionei acima que serve apenas para ser escada de alivio cômico da protagonista. Emma Thompson tem uma personagem interessante que poderia ter um contraponto melhor com Kate na construção mãe e filha, poderia ter mais camadas em seu desenvolvimento, o que é curioso... pois Emma é também roteirista do filme. Uma Segunda Chance Para Amar não se prende apenas em dá prioridade para um básico e simples romance. Ele expande em vários sentimentos de redenção, dentro de um alto astral e que dita o ritmo desses longas natalinos. Poderia ter mais impacto nessa "mudança" comportamental, mas dentro dessa proposta simples, consegue ser bom.

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