sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Crítica Cinema: Nasce Uma Estrela

(Boa música e muito lobby)


Sinopse: Jackson (Bradley Cooper, Snaper Americano) é um músico country de sucesso, mas o alcoolismo está prejudicando sua carreira. Ele acaba conhecendo Ally (Lady Gaga) em um pequeno bar de estrada, ao ouvir ela cantar, Jack se encanta pela voz da moça e daí nasce um relacionamento amoroso. Ally vai tendo sua carreira alavancada pelo cantor e no meio do caminho ela vai ter que lidar com o vício de bebida dele... que vai prejudicando a vida pessoal e profissional de ambos. Elenco ainda tem Sam Elliot, Rafi Gavron, entre outros. Direção do próprio Bradley Cooper e distribuição nacional pela Warner Bros.

Nasce Uma Estrela (A Star is Born)


A forma de narrativa do título dá o entender que seria a jornada de Ally (Gaga), mas o que temos é a história de Jackson (Cooper) entrelaçada a carreira da protagonista, tudo que envolve seu "nascimento" profissional é preso nas atitudes de Jack. A história passa uma trama de companheirismo e dor, pois a cada crise do músico, tem um impacto naquela ascensão de carreira de Ally, intenção justificada para que ela tenha um crescimento no filme, só que é evidente que tudo se justifica por apenas o personagem de Cooper, sendo ele que tem as grandes cenas e o ápice do longa, suas decisões impactam tanto dentro do roteiro como para quem assiste, ele é quem verdadeiramente brilha.


Tudo muito musical... As paradas em bares, shows, bastidores, gravadoras e os sacrifícios da profissão são até tratados de forma correta, só faltou enfatizar mais, pois a cada situação você já esperava uma crise de Jackson. O filme não deixa muito claro seus atos e até aonde ás coisas vão ser levadas, pois o problema central que abala o casal protagonista já tem logo na primeira cena e isso se repete a todo instante... Com diálogos de amor e superação que dão certa empatia ao publico, seja na atuação de Cooper e também na de Lady Gaga, essa por ser uma estrela da música mundial (Como atriz falarei mais abaixo). A linha narrativa é muito simples, não temos grandes impactos visuais que não sejam os belos duetos entre os apaixonados ou de uma ou outra cena de discussão forte, quando temos essas situações, o roteiro não se aprofunda para não ficar no ar um drama muito forte. tudo deixado o mais ameno possível para ouvirmos 'Shallow' a todo o momento, por isso a música estourou fora das telonas... Letra e melodia são bem feitas. Ao final de tudo ele entrega o esperado, já que praticamente o tempo todo bate na tecla do alcoolismo de Jack e que levam a conclusão do longa. Fora isso, fica uma lição (ou crítica) que tem muitos talentos escondidos por aí que não são descobertos, isso vale para outras áreas também.


Parte sonora é incomparável, sem dublagem, tudo cantado na hora, exigência da Lady Gaga (O que fez Bradley Cooper caprichar mais nas aulas de canto), a trilha sonora 'Shallow' apesar de tocar tanto durante o filme, é uma bela música. Fica fácil quando você tem uma estrela musical protagonizando a história. A parte técnica musical é tão influente e impactante na obra, que nem dá espaço para outras coisas. Como temos muitas cenas de bares, casa no campo e palco de show, a direção de arte é funcional. Para finalizar a parte técnica... A edição é boa, mesmo o roteiro dando muitas voltas batendo na mesma tecla do alcoolismo do Jackson, consegue fazer a transição tranquilamente. As atuações... Bradley Cooper está ótimo, ele dita o ritmo do filme, ele entendeu a ideia e consegue dar a emoção que a história precisava e consegue ser a ponte perfeita para Lady Gaga... Essa por sua vez está com um lobby enorme para ganhar de melhor atriz no Oscar 2019, mas pela estrela da música que ela é, pois sua atuação é engessada, quando está cantando você vê ela a vontade, mas atuando ela peca demais, esbugalha os olhos, não pisca e falta a emoção necessária de uma atriz, fora que sempre ficam batendo na tecla da personagem dela se achar feia. O restante do elenco é funcional, mas Sam Elliot consegue se sobressair entre eles. Nasce uma Estrela com perdão do trocadilho, já nasceu com grife... Conta uma história básica de alguém que tinha talento de garagem que teve a sorte de ser descoberta e a capacidade de ascensão a partir disso. Capricha nas músicas, nos shows, solos e duetos do filme, mas na verdade o que sustenta a trama fora as músicas é o Bradley Cooper, que atuando e até mesmo dirigindo o filme, consegue extrair emoção a trama e encorpar o romance dos protagonistas, coisa que Lady Gaga peca. Filme é bom.
 
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