sábado, 21 de dezembro de 2024

Crítica Cinema | O Conde de Monte Cristo

(Uma história longa e consistente)


O livro de 1846, com mais de 1.200 páginas, ganha um longa com três horas de duração, o que pode assustar alguns espectadores. No entanto, O Conde de Monte Cristo entrega em grande estilo um filme de época cativante e envolvente. Após salvar uma mulher que se afogava em um naufrágio, um navegador é promovido a capitão. Ele então pede sua amada em casamento, mas, no dia da cerimônia, o pior acontece: ele é acusado de trair a pátria e preso injustamente. Após anos vivendo em cárcere, Dantès faz amizade com um prisioneiro que lhe revela segredos sobre o tesouro oculto de Monte Cristo e o ajuda a escapar. Ele encontra a fortuna e, ao tentar voltar para casa, descobre que sua amada se casou com seu primo, o mesmo que o traiu por inveja. Com toda a riqueza adquirida, Dantès assume uma nova identidade: O Conde de Monte Cristo, buscando vingança.

Sendo um clássico da literatura que já foi contado de diversas formas no cinema, esta versão apresenta uma história envolvente que prende o espectador do início ao fim. Com figurinos e cenários impecáveis, além de um protagonista carismático, o filme traz uma essência de série ou até mesmo de novela, com grandes reviravoltas que exploram temas como queda, ascensão, vingança, heróis e vilões. As atuações são excelentes, especialmente a de Pierre Niney, que entrega um protagonista complexo e cativante.

A trama avança de forma linear, respeitando a história e o enredo literário. Embora não seja o tipo de filme para revisitar várias vezes, é uma grande produção que merece ser vista em uma tela de cinema.


Nicolas Bolduc, responsável pela direção de fotografia, apresenta um trabalho magnífico. Com cores vivas e enquadramentos perfeitos, muitas vezes em planos abertos para destacar a beleza da natureza, ele também brinca com luzes e sombras em várias cenas, complementadas por uma bela trilha sonora. Fica claro que Bolduc sabe como cativar o público com sua visão.

Sob a direção de Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte, o longa captura a essência do livro e a transforma em uma história envolvente sobre dor e injustiça, repleta de drama e suspense. O Conde de Monte Cristo é bem amarrado, e a produção técnica é responsável por tornar a obra rica em todos os ângulos cinematográficos. Embora não traga muitas novidades para quem já conhece a história, esta pode ser a adaptação mais consistente até agora.


Sinopse oficial: 
Baseado na obra de Alexandre Dumas, e um remake do filme de 2002, o filme acompanha Edmond Dantès (Pierre Niney) um jovem marinheiro que sofre uma injustiça no dia de seu casamento, e é preso devido a uma enorme conspiração contra ele organizada pelos seus supostos amigos. Ele fica 14 anos na prisão, até conhecer um outro prisioneiro e bolarem um plano para escaparem de Château d’If (a prisão) após o mesmo dizer a localização exata de um tesouro perdido. Edmond, então, consegue achar esse tesouro e começa a montar seu plano de vingança. Dantès reaparece na sociedade parisiense como o misterioso e magnífico Conde de Monte Cristo com um único objetivo: vingar-se daqueles que destruíram a sua vida. Direção: Matthieu Delaporte, Alexandre De La Patellière. Estreia nos cinemas brasileiros, 05 de dezembro de 2024 pela Paris Filmes.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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 Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com

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