sábado, 16 de novembro de 2024

Crítica Cinema | Sorria 2

(Sorrindo com uma boa continuação)


Em 2024, tivemos muitos filmes de terror e suas sequências, mas nem todos entregaram tanto quanto seus antecessores. Sorria 2 não faz parte dessa categoria. Dirigido e escrito por Parker Finn, a sequência de 2022 mantém seu sucesso. O longa entende seu papel como um filme de terror, mesmo sendo uma sequência, o filme funciona de maneira independente também, embora se apoie na trama estabelecida no primeiro longa. A direção e produção de Finn não teve medo de ousar, tudo é maior e mais ambicioso. A simplicidade do conceito é revisitada constantemente, garantindo tensão a todo momento. A partir desse momento, Skye começa a vivenciar eventos sobrenaturais que transformam sua vida em um verdadeiro pesadelo.

Naomi Scott está perfeita em sua interpretação como uma cantora pop, transmitindo ao público a tensão vivida pela personagem. Em alguns momentos lembramos até de algumas cantoras pop da vida real como Britney Spears e Amy Winehouse que já enfrentaram transtornos e surtos parecidos como o da personagem em ter que viver com a obrigação da fama. Naomi entrega uma atuação espetacular, com expressões de ansiedade, medo e desespero em um dos maiores papeis de sua carreira até o momento. Seu talento para cantar e dançar também enriquece a trama, com suas músicas contagiantes fazendo ligação e complementando o desenvolvimento da história.

A cena de abertura que tem ligação direta com o primeiro filme é absoluto cinema. Um plano sequência impecável e um design de som impactante são alguns dos trunfos de Sorria 2.

A direção de Parker Finn faz toda a diferença. Ele cria sua própria identidade visual, com uma excelente noção de enquadramento, mostrando o que o personagem vive e o que o espectador deseja ver. Os jumpscares, embora exagerados, não incomodam; pelo contrário, são eficazes em entreter e assustar.

O uso da câmera invertida reflete a instabilidade da protagonista, enfatizando como sua vida está de ponta cabeça em um cenário de desconforto constante. Além disso, os planos fechados destacam a perspectiva da personagem.


Embora o roteiro seja bom, ele poderia ser melhor. Talvez o público não perceba os erros iniciais ou acabe justificando algo que foi explicado no filme, mas não devidamente aplicado ou mostrado.

O Parker Finn se desafia ao querer mostrar para o espectador que ele quer fazer um filme maior e melhor a todo momento. No entanto, à medida que o final se aproxima, assim como no primeiro Sorria, ele começa a perder o controle.

Apesar de Finn saber usar o terror a seu favor, o roteiro não traz grandes novidades. O final se repete, ainda que com outra personagem, mas com os mesmos elementos do filme de 2022. Isso pode deixar espaço para futuras sequências, embora a temática corra o risco de se desgastar. Sorria 2 é tão bom quanto o original, mantendo o mesmo nível de qualidade. O diretor não economizou em cenas assustadoras e reviravoltas surpreendentes.


Sinopse oficial: 
Prestes a embarcar em uma turnê mundial, a cantora pop Skye Riley começa a viver experiências aterrorizantes e inexplicáveis. Tomada pelo horror e pela pressão da fama, Skye é forçada a confrontar seu passado para retomar o controle de sua vida antes que seja tarde demais. Direção: Parker Finn. Estreia nos cinemas brasileiros, 17 de outubro pela Paramount Pictures do Brasil.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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