(Muitos eventos diferentes que fazem um filme surreal)
By Jeff Farias
A Substância é um filme de horror corporal (Body Horror) que venceu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2024, dirigido por Coralie Fargeat, a mesma de "Vingança" (2017). Estrelado por Demi Moore, de "Ghost" (1991), e Margaret Qualley, de "Era uma Vez em... Hollywood" (2019), esse filme é nojento, audacioso, hilário, cruel, brutal, visceral... É o tipo de filme que te mantém grudado na cadeira, delirando com cada frame.
Sinopse oficial:
Não vou falar muito sobre a história do filme porque o trailer não entrega muito e acho que isso é o melhor. Eu, por exemplo, achei que era uma coisa, mas acabou sendo outra – e que boa surpresa!
Até onde você iria pela perfeição e pela busca do padrão de beleza? "A Substância" nos faz refletir sobre o tempo, o corpo perfeito, a obsessão pela juventude. O filme retrata a importância da imagem para quem vive da arte. Se você está “velho”, já é descartado e substituído por algo mais novo, bonito e atraente. Essa é a realidade.
Há quem aceite o envelhecimento, e há quem busque por procedimentos para reverter o tempo e se encaixar nos padrões da sociedade, seja você mulher ou homem.
Coralie esfrega na nossa cara todas essas frustrações por não aceitarmos que o tempo e o envelhecimento chegam para todos. A escolha de Demi Moore para o papel principal é perfeita. Vimos Moore linda e icônica em "Striptease" (1996), um símbolo sexual dos anos 90, e acompanhamos sua jornada para manter o padrão de beleza exigido pela sociedade e, principalmente, por Hollywood. Moore está maravilhosa e entrega cenas chocantes e complexas, incluindo até um nu frontal – aos 60 anos, ela oferece um dos melhores papéis de sua vida.
Até onde você iria pela perfeição e pela busca do padrão de beleza? "A Substância" nos faz refletir sobre o tempo, o corpo perfeito, a obsessão pela juventude. O filme retrata a importância da imagem para quem vive da arte. Se você está “velho”, já é descartado e substituído por algo mais novo, bonito e atraente. Essa é a realidade.
Há quem aceite o envelhecimento, e há quem busque por procedimentos para reverter o tempo e se encaixar nos padrões da sociedade, seja você mulher ou homem.
Coralie esfrega na nossa cara todas essas frustrações por não aceitarmos que o tempo e o envelhecimento chegam para todos. A escolha de Demi Moore para o papel principal é perfeita. Vimos Moore linda e icônica em "Striptease" (1996), um símbolo sexual dos anos 90, e acompanhamos sua jornada para manter o padrão de beleza exigido pela sociedade e, principalmente, por Hollywood. Moore está maravilhosa e entrega cenas chocantes e complexas, incluindo até um nu frontal – aos 60 anos, ela oferece um dos melhores papéis de sua vida.
"A Substância" é mais do que um simples terror corporal. A fotografia é impressionante, com uso de lentes angulares e closes que chegam a incomodar, sempre focando nas ações dos personagens. As cores vibrantes e os ambientes simétricos criam uma escala de ação e consequência que nos envolve do começo ao fim. O filme tem poucos diálogos, mas o som nos envolve o tempo todo, e a trilha sonora é tão impecável quanto a de "Vingança". Mais uma vez, Coralie não poupa o uso de sangue em suas produções – e nós amamos isso!
O roteiro não merece só Cannes, merece o mundo e todos os prêmios. E, claro, sabemos que provavelmente vai ser ignorado pelo Oscar, como muitos filmes que ousam e provocam.
Um detalhe interessante é a referência ao piso do corredor da TV, que lembra o do Hotel Overlook de "O Iluminado" (1980) – o corredor longo com o tapete nas mesmas cores. E, mais adiante, tem a clássica cena do corredor com sangue.
Ele te envolve de uma forma que chega a ser incômoda. Confesso que o final me aborreceu um pouco, assim como a duração, mas isso não tira o brilho do conjunto. A Substância é uma grande crítica a Hollywood, dominada por homens, e à sociedade que impõe um padrão de beleza inatingível para todos, mesmo tendo defeitos e sendo exagerado no ato final.
O roteiro não merece só Cannes, merece o mundo e todos os prêmios. E, claro, sabemos que provavelmente vai ser ignorado pelo Oscar, como muitos filmes que ousam e provocam.
Um detalhe interessante é a referência ao piso do corredor da TV, que lembra o do Hotel Overlook de "O Iluminado" (1980) – o corredor longo com o tapete nas mesmas cores. E, mais adiante, tem a clássica cena do corredor com sangue.
Ele te envolve de uma forma que chega a ser incômoda. Confesso que o final me aborreceu um pouco, assim como a duração, mas isso não tira o brilho do conjunto. A Substância é uma grande crítica a Hollywood, dominada por homens, e à sociedade que impõe um padrão de beleza inatingível para todos, mesmo tendo defeitos e sendo exagerado no ato final.
Após ser demitida da TV por ser considerada “velha demais” para ser atriz, Elisabeth Sparkle (Demi Moore) recorre a um sinistro programa de aprimoramento corporal. A substância milagrosa promete rejuvenescê-la, mas resulta em uma transformação ainda mais radical. Ela agora precisa dividir seu corpo com Sue (Margaret Qualley), sua versão jovem e melhorada, e, aos poucos, começa a perder completamente o controle da própria vida. Em um pesadelo surreal sobre a busca incessante pela juventude, A Substância revela o preço oculto da perfeição. Direção: Coralie Fargeat . Estreia nos cinemas brasileiros, 19 de setembro pela Imagem Filmes.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
____________________________________________________________________
Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com
0 Comments:
Postar um comentário