(Um documentário sem ritmo cativante)
Autor Tomás Allen
Documentário sobre três etnias da região amazônica brasileira: os Yanomami, os Arapaso e os Hupda. Em locais extremamente distantes das grandes cidades, nessa região que é definida como “a (que tem) a maior diversidade de culturas do mundo”, o filme traz diversos relatos do histórico dessas etnias e apresenta também momentos atuais (a produção finalizou em 2013). Para isso foram escolhidas pessoas que conheciam líderes anteriores ou seriam representativas atualmente.
Sinopse oficial:
Há cores, mas prevalece o preto e branco, incluindo algumas imagens antigas; os idiomas utilizados são o português e alguns próprios desses habitantes; a maneira de contar está centrada em fatos acontecidos (incluindo deslocamentos para novos locais) ou algumas reflexões (respeitando as origens remotas, os líderes fundacionais e sublinhando os problemas que trouxeram os brancos - doenças, destruições por causa de ambição, perda da língua original etc. -). Também aparecem crenças míticas, similares às de outras culturas (por exemplo o denominado “umbigo do mundo”, típico de outros agrupamentos de épocas remotas).
A trama promove a simpatia com aquelas pessoas e povos originários, e faz críticas aos invasores brancos: “Antes dos brancos, se vivia bem”; “os territórios agora estão ameaçados, antes foram escravizados por colonizadores e comerciantes e atualmente por garimpeiros e o crime organizado”; “enquanto se aprendia com a chegada dos missionários, se perdia aquela cultura”. E se rejeita o preconceito, existente ainda entre essas mesmas etnias, algumas das quais acham que outras são inferiores. Além disso, relatam-se quadros de depressão e suicídios entre os indígenas.
A trama promove a simpatia com aquelas pessoas e povos originários, e faz críticas aos invasores brancos: “Antes dos brancos, se vivia bem”; “os territórios agora estão ameaçados, antes foram escravizados por colonizadores e comerciantes e atualmente por garimpeiros e o crime organizado”; “enquanto se aprendia com a chegada dos missionários, se perdia aquela cultura”. E se rejeita o preconceito, existente ainda entre essas mesmas etnias, algumas das quais acham que outras são inferiores. Além disso, relatam-se quadros de depressão e suicídios entre os indígenas.
Contudo, O Contato não oferece novidades nem conceituais nem para o formato documentário, e não tem um ritmo cativante. Obviamente o objetivo da produção e de Vicente Ferraz, diretor e roteirista, é diferente do cinema comercial que habitualmente se exibe em salas. Assim, resulta ser um título que pode atrair um público bem específico (pesquisadores, docentes, interessados na história do Brasil). É um olhar que procura resgatar parte dessa história. Sem possuir uma fotografia e uma edição inovadoras, apoia-se no olhar, no testemunho dessa história autóctone. O esforço de produção em se dirigir a locais que estão muito longe das capitais, e procurando pessoas não acostumadas a falar diante de uma câmera, é elogiável.
Talvez entre outros assuntos positivos, uma advertência é para ser levada em conta: “Quando não exista mais floresta, não existirá mais nenhuma riqueza”. Contato é um documentário pouco comum em salas de cinema e na tevê, dirigido a um público específico, que procura conhecer locais e situações de um Brasil distante.
Talvez entre outros assuntos positivos, uma advertência é para ser levada em conta: “Quando não exista mais floresta, não existirá mais nenhuma riqueza”. Contato é um documentário pouco comum em salas de cinema e na tevê, dirigido a um público específico, que procura conhecer locais e situações de um Brasil distante.
Três grupos de personagens, indígenas moradores dos territórios no alto do Rio Negro – AM, contam sobre a história da colonização da região desde os primeiros contatos entre indígenas e não indígenas até os dias de hoje. Direção: Vicente Ferraz. Estreia nos cinemas brasileiros, 15 de agosto pela Pipa Pictures.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com
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