(A volta de vícios que foram esquecidos no longa anterior)
By Alan David
O sétimo filme da franquia Transformers é na verdade o segundo dessa repaginada que os robôs gigantes que se transformam em carros, entre outras coisas... sofreram, pois é uma continuação de Bumblebee (2018), apesar de não ter muito vínculo, em algum momento acontece um diálogo de poucos segundos que comprovam ser sim uma sequência. Dito isso, Transformers é algo que se perdeu nas mãos do Michael Bay, um diretor que presta desserviço para os cinemas, com um estilo ultrapassado, mas abraçado pela indústria... e que mal funcionou na época que ele explodiu (sim, trocadilho) imagina hoje. Falando sobre o longa do Bumblebee, lá foi deixado em segundo plano a questão de extinção do mundo, personagens caricatos e poluição visual, fora todo o carisma da protagonista (Hailee Steinfeld) que ajudou demais, e sem aqueles planos sequências lentos e marrentos, entre outras coisas estereotipadas da antiga sequência, pois os cinco primeiros... todos pareciam ter o título de A Era da Extinção (nome do quarto, em 2014), isso tudo trouxe um fôlego novo e dinamismo, mas em Transformers: O Despertar das Feras, parece que voltou tudo esses vícios...
Sinopse oficial:
Transformers: O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts)
A ameaça é de destruição mundial começa em outro planeta com o Unicron, uma força maligna querendo a dizimação de mundos, mas os Maximals conseguem impedir essa ascensão, dividindo em chaves o portal que ele está preso, e claro que que vão parar na Terra do passado, onde hoje estão os Autobots com Optimus Prime, Bumblebee e novos transformers para trazer mais dinheiro para a Hasbro em venda de brinquedos. Nisso, o humano Noah Diaz (Anthony Ramos) fica no meio dessa guerra, já que os vilões vem ao nosso planeta para resgatar as chaves, criando uma guerra contra as duas frentes de heróis, os veículos e animais robôs. Até aí ok, trama sessão da tarde, algo para divertir como foi Bumblebee, só que várias coisas irritantes da franquia voltaram... tudo é o fim do mundo, plano sequência lento, cenas clichês com personagens humanos, toda uma papagaiada para justificar habilidades que não cabem no meio da guerra desses “monstros”, mas aqui tem um plus, pois na batalha final, para dar um peso maior aos não-robôs... eles inserem um item novo, particularmente gosto quando sai da casinha, mas vai de cada um se vai agradar como o roteiro iguala as coisas na luta derradeira. Ao final, a cena pós-créditos dá uma bugada, pois mistura dois mundos que até então achávamos que não co-existiam, se isso vai dar frutos mais à frente... só o tempo e a bilheteria desse filme vai dizer.
Apesar de voltar com algumas coisas irritantes dos cinco primeiros longas, aqui você consegue enxergar melhor a luta dos gigantes, não são muitos momentos que em você fica perdido. A narrativa em si tem problemas de carisma dos protagonistas humanos, então ao tentar dar uma relevância maior e tirar soluções deles para as coisas mais absurdas em tela, fica algo não natural, mas estamos falando de Transformers, então também não é o fim do mundo (aliás, na franquia, sempre é). O diretor Steven Caple Jr. tem Creed 2 no currículo, lá fez o básico, apesar de ser uma releitura do Rocky 4, tem bons momentos... aqui ele vai contornando os desvios do roteiro. quando a coisa vai ficando monótona, traz os vilões para espancarem os heróis, e segue assim até a conclusão. Sobre o elenco... Anthony Ramos é esforçado, mas para importância exacerbada dada a ele... não foi a melhor escolha. Dominique Fishback como Elena tem um feedback muito raso, o típico personagem que tem solução para tudo, tem importância, mas não carisma suficiente para ser lembrada. Sobre os novos robôs, gostei dos Maximals, mereciam um melhor aprofundamento... o Optimus Prime é aquilo de sempre, e todos os estereótipos estão nas personalidades dos outros personagens robóticos, nada que não vimos antes. Transformers: O Despertar das Feras tem vários defeitos dos cinco primeiros filmes, mas você percebe o esforço em trazer as coisas para os trilhos quando tudo vai ficando no marasmo, muito em conta dos vilões que são bons, isso ajuda... no geral, consegue entreter bem, no mesmo nível que confunde em relação ao seu último ato e cena pós-crédito. Filme para passar o tempo, entrega... só lamento não terem mantido o nível Bumblebee de qualidade.
O longa é baseado na temporada “Beast Wars” da animação e apresentará o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. A história acompanha uma aventura com os Autobots nos anos 90 e apresenta uma nova geração de Transformers - os Maximals - que serão aliados na batalha para salvar a Terra. Dirigido por Steven Caple Jr e produzido por Lorenzo Di Bonaventura, “Transformers: O Despertar das Feras". Estreia nos cinemas brasileiros em 08 de junho de 2023. Direção Steven Caple Jr. . Distribuição nacional da Paramount Pictures.
Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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