quarta-feira, 22 de março de 2023

Crítica Cinema | John Wick 4: Baba Yaga

(John Wick matando geral, como nunca)


Enquanto a recompensa por sua cabeça aumenta de preço rapidamente, ele terá que superar os adversários mais mortais e violentos do submundo, enfrentando a Alta Cúpula de Nova York a Paris, de Osaka a Berlim. Não há caminho de volta, só um sobrevive. John Wick (Keanu Reeves) descobre um caminho para derrotar a Alta Cúpula. Mas antes que ele possa ganhar sua liberdade, Sr. Wick deve enfrentar um novo inimigo com poderosas alianças e forças que transformam velhos amigos em inimigos. Elenco ainda conta com Donnie Yen, Bill Skarsgård. Laurence Fishburne, Hiroyuki Sanada, Shamier Anderson. Lance Reddick. Rina Sawayama, Scott Adkins, Ian McShane, Marko Zaror, Natalia Tena. Aimée Kwan, Clancy Brown, entre outros. Direção de Chad Stahelski. Produção é da Lionsgate, com distribuição da Paris Filmes. Estreia nos cinemas brasileiros em 23 de março de 2023. Para trailer, clique aqui.

John Wick 4: Baba Yaga (John Wick: Chapter 4)


A ascensão da franquia John Wick é grande e notória, começou discretamente em 2014, e depois foi ganhando corpo pelo segundo e terceiro longas... até chegarmos nesse quarto filme, com possível expansão para spin-off... isso só comprova o porque desse quarto é um dos mais aguardados para as telonas desse ano de 2023. Depois dos acontecimentos do Parabellum (2019), John despertou a ira da alta cúpula, e com isso colocou todos os assassinos de aluguel em sua cola, mas o perigo mesmo vem dos comandos do personagem de Bill Skarsgard, pois inicia uma série de ordens para que John seja assassinado a qualquer custo, então, aliados também  passam a correr perigo, por isso, perdas importantes (uma para falar a verdade que importa mesmo) acontecem, e claro,  temos a ação comendo solta e sem parar... garantindo o deleite de quem gosta de ação ininterrupta com tiroteio e todo tipo de mortes que vão das mais simples... até as mais criativas.


A premissa é até interessante, não adianta o John caçar o líder atual da Alta Cúpula, pois outro entrará no seu lugar, cabe a ele conseguir limpar seu nome, pois nada mais vai ser capaz de dar sossego para o cara. A narrativa é simples e abusa de ação sem fim, são quase três horas de muito tiroteio e John matando geral, poderia ter uns quarenta minutos a menos, porque o roteiro é bem simples, então tem uma gordura nessa caminhada do protagonista para limpar seu nome que acontece no segundo ato... do qual podiam encurtar facilmente, pois é legal vê-lo fazer o que sabe de melhor, mas começa a ficar repetitivo, mesmo a narrativa tentando nesse quesito, ser o mais criativo possível. Isso é algo a se pensar, pois um filme com essa duração, praticamente não tem muito que avaliar, pois sua proposta é uma homenagem a um ícone recente da cultura pop, e nisso fica um respeito à obra, já que não diminuiu em nada o personagem, ao contrário do que a Warner fez com o próprio Keanu Reeves e seu Neil em Matrix 4, ali foi desastroso e desrespeitoso. A história segue essa linha até o grande confronto final que define toda a história do John, pouco antes, acontecem umas cenas que acharia que não iria gostar, mas gostei, é mais um upgrade de matança onde atinge um ápice de criatividade (poucos usaram uma escadaria para ação como foi feito aqui) e segue para uma conclusão decente e satisfatória, mesmo tendo uma caminhada até aquele ponto, muito longa e sem ter história para tanto.


As cenas de ação impecáveis, efeitos visuais com explosões e coreografias são o extremo da criatividade. Existe um humor no ponto certo e personagens que conseguem se comunicar com tudo que o protagonista tem em volta. Parte sonora, quando necessário, entrega. Tem cena pós-crédito, onde pode definir o futuro da franquia. Sobre o elenco... Keanu Reeves é impecável como John Wick, ele é a alma da marca, então o futuro terá que ser avaliado e produzido com calma e cuidado. Donnie Yen é um bom ator, no quesito presença ele dá um bom antagonista, precisavam de alguém assim para bater de frente com o John. Bill Skarsgard tem a missão de fazer o vilão atrás da mesa de escritório, e nesse sentido ele faz seu papel direitinho, tem cenas muito boas com o personagem dele. Laurence Fishburne não acrescenta muita coisa à franquia, está ali pela parceria com Reeves em Matrix, ele existindo ou não nesse mundo do John, não tem diferença. Ian McShane foi muito bem, alguém que veio participando a franquia toda e tem seu espaço no tempo certo. Lance Reddick (o ator faleceu tem alguns dias) sempre trouxe uma atuação serena em um personagem feito para não aparecer, mas quando precisa, entrega. Shamier Anderson, seu personagem tem carisma, ajudado por sua inseparável cachorra, ele fica ali entre ajudar ou matar o John, até chegar em um ponto que ele precisa decidir qual lado ficar. A parte japonesa da trama, onde temos Hiroyuki Sanada e Rina Sawayama... fica pela rotatividade de trazer mais ação e para novos horizontes da franquia, mas não acrescenta muito. John Wick 4: Baba Yaga é a consagração do personagem, o respeito pela essência do que é John Wick no que Keanu Reeves construiu, não se provou em roteiro ter uma duração tão longa, mas no quesito proposto que é ação sem fim... é um prato cheio para quem gosta do gênero.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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