sábado, 21 de janeiro de 2023

Crítica Cinema | M3GAN

(A nova boneca do mal para cair no gosto do público)


M3GAN é uma maravilha da inteligência artificial, uma boneca realista programada para ser a maior companheira de uma criança e a maior aliada dos pais. Projetado pela brilhante empresa de robótica Gemma (Allison Williams), a boneca pode ouvir, assistir e aprender enquanto se torna amiga e professora, companheira de brincadeiras e protetora da criança a quem está ligada. Quando Gemma de repente se torna a cuidadora de sua sobrinha órfã de 8 anos, Cady (Violet McGraw), ela fica insegura e despreparada para ser mãe. Sob intensa pressão no trabalho, Gemma decide emparelhar seu protótipo M3GAN (voz de Jenna Davis) com Cady na tentativa de resolver os dois problemas - uma decisão que terá consequências inimagináveis. Elenco ainda conta com Ronny Chieng, Amie Donald, Brian Jordan Alvarez, Jen Van Epps, Stephane Garneau-Monten, Lori Dungeycom, entre outros. Direção de Gerard Johnstone. Distribuição da Universal Pictures. Estreia nos cinemas brasileiros em 19 de janeiro de 2023. Para trailer, clique aqui.

M3GAN


Sem dúvidas M3GAN é o filme mais aguardado de janeiro, até porque ele se expande para o grande público ao contrário de alguns outros lançamentos que estreiam neste mês... esses que são filmes de interesse mais específicos por estarem nas premiações de cinema e consequentemente aparecerão no Oscar 2023. A premissa aqui é usar os dois elementos que juntos sempre dão dor de cabeça aos mocinhos da história “IA (Inteligência Artificial) + Robô”, são inúmeros longas que comprovam que isso sempre traz problemas, agora usa essas duas narrativas e joga na personificação de uma boneca, um brinquedo... Chucky e Annabelle estão aí para comprovar que tem muita gente que gosta de bonecos malvados, mas ao contrário dos dois citados, a M3GAN é de essência tecnológica e não demoníaca. Falando em filmes de terror com demônios, apesar de ter um diretor praticamente novato (Gerard Johnstone) que só dirigiu um filme e alguns episódios de algumas séries, ambas sem relevâncias maiores até chegar aqui... agora ele está blindado pelo roteiro de James Wan, o cara responsável pelos Jogos Mortais, Supernatural (filmes) e o universo compartilhado de Invocação do Mal, e ainda conseguiu o primeiro 1 BI do atual DCU com Aquaman (2018), além de ser o produtor também, e ainda tem a assistência da produtora Blumhouse que é outra de grandes nomes do gênero terror nos cinemas, então existe todo um envolvo de qualidade técnica, resta saber se a bonequinha eletrônica maníaca se comprova na prática, vamos lá...


A premissa é um brinquedo único, capaz de evoluir de acordo com a sincronia da criança do qual ele foi pareada, essa é criação da Gemma (Alisson Williams) um gênio da tecnologia, vivendo em prol do trabalho e com uma liberdade maior por ser solteira, mas sua vida muda quando ela assume a guarda da Cady (Violet Mcgraw) pois sua irmã faleceu junto ao marido em um acidente de carro na neve (cena que poderia ser melhor produzida para ter um impacto dramático mais satisfatório). Nisso, a pressão dela em conseguir um novo brinquedo para sua empresa, e ao mesmo tempo cuidar da sua sobrinha... lhe deu a “boa ideia” de criar a M3GAN, usando I.A, mas isso sempre dá errado neh, no protótipo já deu indícios que a bonequinha é meio estranha, e depois de pronta e usada para cuidar da Cady piora, pois ao decorrer da história ela vai criando variações e obsessões de cuidar da criança, não importa o que a boneca tenha que fazer, e nisso vai subindo o instinto assassino nela, de inicio é bem soft, só perto do final que ela enlouquece de vez e as poucas mortes que tem no filme, são mais violentas. Durante toda essa transformação da bonequinha doida, temos a Gemma meio que a cada movimento estranho da sua criação, ela fala que precisava atualizar algo, o roteiro optou por ela criar a coisa sem testar direito e justificar os problemas a seguir, uma maneira meio preguiçosa de conduzir as coisas, neste sentido. Na parte da Cady, tem o mérito narrativo, pois a M3GAN é tão em cima de ensinar, cuidar e blindar ela... que mascara a tristeza dela na perda dos pais, e acaba virando uma obsessão da menina pela boneca também, dando alguma carga dramática em pontos cruciais da história, isso leva a um final meio previsível, mas até chegar nesse ponto,  tem partes bem interessantes.


Sobre a M3GAN em si, a concepção dela é boa, vai gerar cosplayers nos próximos eventos, a forma psicopata dela olhar, falas e mais a frente sua violência... tornam a personagem um bom ícone nesse mundo da cultura pop, não a jogaria no terror como Annabelle e Chucky, pelas características dela de manipular eletrônicos, lembra demais o Ultron de Vingadores: A Era de Ultron, mas é sempre bem vindo um novo personagem para chamar atenção das pessoas. Ela é esquisitinha, tem a dancinha do trailer que é bem aleatória e engraçada... e vai ser imitada por quem se caracterizar por ela, nisso, entre olhares e outras atitudes dela, trazem uma graça na história. É praticamente um Sci-Fi/Suspense/Comédia, até pelas ambientações claras, passa uma impressão simpática de tudo, nada obscuro como os de terror padrão. Os efeitos são muito bons, a parte sonora entrega bem quando precisa e tem toda uma ambientação dias modernos que funcionam bem em longas de I.A.s assassinos. Apesar de uma direção sem grandes trabalhos antes, tudo bem conduzido.. O roteiro não é tão visceral quanto devia, podiam ter colocado a M3GAN em ação mais cedo, com um número de mortes maiores, e não tentar dramatizar tanto a relação tia, sobrinha e perdas quando se tem um objetivo maior, explorar sua vilã. Sobre o elenco... Alisson Williams foi bem, ela já teve uma boa atuação em Corra!, a personagem em si tem alguns furos narrativos, principalmente na relação de criação e limitações da bonecas, usando isso como escape para as peripécias dela, mas é estranho alguém que se diz tão inteligente, cometer tantos erros em protocolos de segurança com algo que ela já vinha testando, só que não é culpa da atriz, essa entrega bem. Violet McGraw bem chatinha, o modo de atuar e a personagem não consegue passar carga dramática que precisava. O filme são as duas e a robô, os outros complementam sem grandes aspirações. M3GAN é um bom passatempo, diverte na medida certa, tendo uma personagem que já pode se consolidar nas feiras e eventos de cultura pop.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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 Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com

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