sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Crítica Cinema | Luta pela Liberdade

(Páginas importantes da história da China)


Situado no estado de Manchukuo, um lugar controlado pelo governo, na década de 1930, a trama segue quatro agentes especiais do Partido Comunista que retornam à China depois de receber treinamento na União Soviética. Juntos, eles embarcam em uma missão secreta com o codinome "Utrennya". Depois de serem vendidos por um traidor, a equipe se vê cercada por ameaças de todos os lados desde o momento em que saltam de paraquedas na missão. Os agentes vão quebrar o impasse e completar sua missão? Nos terrenos nevados de Manchukuo, a equipe será testada até o limite. Elenco conta com Zhang Yi, Yu Hewei, Qin Hailu, Zhu Yawen, Liu Haocun, entre outros. Produção China - Hong Kong, com direção de Zhang Yimou. Distribuição nacional da A2 Filmes. Estreia nos cinemas brasileiros em 18 de agosto de 2022. Para o trailer, clique aqui.

Luta pela Liberdade (Cliff Walkers)


Zhang Yimou é um diretor chinês atual, conhecido praticamente no mundo inteiro. Isso, embora haja sido nomeado para alguns prêmios importantes, mas não tenha ganhado - como o Oscar ou a Palma de Ouro em Cannes e outros -. No Brasil foram exibidos vários de seus filmes, dentre os quais podemos citar Sorgo Vermelho (1987), Lanternas Vermelhas [ou Esposas e Concubinas] (1991) e Tempo de Viver (1994). Diretor e co-roteirista deste título que nos ocupa agora, oferece um relato que caminha simultaneamente por dois gêneros cinematográficos: o bélico e o policial. O estilo oriental de Yimou está presente mais uma vez aqui, porém de forma ambígua: a fotografia (de Zhao Xiaoding) é excelente, com belíssimas tomadas em meio da neve e com posições e deslocamento de câmera que produzem prazer estético, visual. Também a música (de Cho Young Wuk) pode ser elogiada. Porém, a narrativa por momentos resulta confusa. Só aos poucos, principalmente, na medida em que se aproxima o final pode-se entender melhor o papel de cada personagem.


Com relação a isso: Gong Li, esposa e atriz que trabalha habitualmente com este diretor, dá sua contribuição, em especial com seu belo rosto. As outras atuações podem ser consideradas corretas, sem chegar a sobressair. Um dado marginal, quase pitoresco, é que um personagem tem o mesmo nome que o diretor do filme: Zhang. Será comum na China? Continuando com a maneira oriental que oferece Luta pela Liberdade, deve-se dizer que por momentos é dramática e tensa, mas por outros – ou simultaneamente – é estranha e até ridícula. Também há situações violentas que podem incomodar (por exemplo, cenas de tortura com bastantes detalhes).


Resulta chamativa uma persecução em carros próprios da época relatada e que se dá em meio a ruas cobertas pela neve. Muito provavelmente, o espectador vai associar e comparar com outras que o cinema ocidental tem oferecido. O resultado não desaponta nesta ocasião. Filme oriental, comprometido politicamente, resulta positivo para quem tiver paciência e gostar dos gêneros já mencionados. Luta pela Liberdade está vinculado a páginas importantes da história da China, com elementos dramáticos, bélicos e policiais. Por momentos, confuso e, em outros, com contribuições visuais muito elaboradas.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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