domingo, 5 de junho de 2022

Maior duração, para enrolar mais? Crítica da quarta temporada parte um de Stranger Things

(Quatro núcleos que se enrolam demais para se conectar)


Stranger Things chegou no último dia 26 de maio com sua quarta temporada parte um na Netflix, foram sete episódios com mais de uma hora cada, e na segunda parte serão dois episódios que chegam em julho, com mais de quatro horas de exibição, daria uma meia temporada normal em duração. Nessa nova season, apesar da anterior ter sido encerrada praticamente redondo, ficaram poucas questões a serem desenvolvidas... como o Hopper (David Harbour) foi parar na Rússia depois de dado como morto, além do mundo invertido, coisa que ainda precisa ser explicada, já que o portal só foi fechado de novo, então creio que enquanto ele existir, a série não será encerrada, a mesma confirmada para uma quinta e final season. Além disso, temos mais da origem da Onze (Millie Bobby Brown), a volta de alguém que não esperávamos mais estar vivo e todo um envolto para conectar esse arco dela com o que está acontecendo com os outros. Essa temporada valeu a pena ficar assistindo mais de sete horas para apenas uma resolução?



Como produção não se tem o que reclamar, a Netflix capricha ali, pois é sua galinha dos ovos de ouro de maior exposição, então os efeitos e tudo que vai acontecendo com os personagens são bem montados e adequados com que a série se propõe a fazer, além de todo um figurino e ambientação do final dos anos oitenta perfeita. Essa temporada tem personagens demais e eles estão muito espalhados em quatro cantos, tem toda a problemática da Rússia que estão os adultos principais da série (Hopper, Joyce (Wynona Ryder) e Murray (Brett Gelman), sinceramente, foi muita enrolação que não se justifica existir até agora, mas pelo trailer dos episódios finais, eles vão se conectar com a trama principal,... Esse é um mérito da série em não deixar nada jogado, uma simples cena vai se juntar com o plot principal da história, mesmo assim, muita volta para pouca solução, ainda mais pela duração dos capítulos.


Temos o núcleo do Mike (Finn Wolfhard), Will (Noah Schnapp) e Jonathan (Charlie Heaton)... Ali pouco foi acrescentado, já que a Onze se separa deles em poucos episódios para ir para seu próprio arco, então fica ali uma tensão dos sentimentos do Will pelo Mike, e eles sendo caçados pelo governo, mas sem acrescentar muito, aliás, nem aparecem no sétimo capítulo. O outro núcleo neste sim, o principal, com Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin), Nancy (Natalia Dyer), Steve (Joe Kerry), Robin (Maya Hawke), Erica (Priah Fergunson) e principalmente, Max (Sadie Sink) com a mesma importância da Onze, o que acontece com ela envolvendo o monstro da vez, Vecna, faz toda a narrativa andar para dar uma importância maior a temporada, já que o núcleo que faltava... A Onze, ela fica maior parte do tempo se questionando, voltando ao passado, tentando recuperar seus poderes e todo um plot que vai se conectar com o da Max, e provavelmente com o núcleo Russo, tendo o do Mike se juntando provavelmente com a protagonista já na próximo capítulo, em julho. Tem personagens novos que ganham destaque, como o Enzo (Tom Wlaschiha) com o pessoal da Rússia, Keith (Matty Cardarople) amigo maconheiro do Jonathan, e principalmente, Eddie (Joseph Quinn) com o núcleo do Dustin, Max, Lucas e cia... que pode ser considerado um dos principais também, e tem um desenvolvimento interessante.


A trama gasta apenas um episódio e meio inicial para mostrar como as crianças cresceram, a partir dali, se divide em quatro arcos e uma enrolação sem fim, apenas com a Max e seu pessoal que agrada e dá um interesse maior em querer saber o que acontecer, para no final, ficar algo previsível, mas importante para o desenvolvimento da Onze, que aliás, tudo gira em torno dela, não duvidaria que na temporada final, não se sabe quando, a história terminasse com ela morrendo, pois tudo de um certo modo, é culpa dela, seja para o bem, ou para o mal. Stranger Thing já tem sua marca na história das grandes séries, deu um up na Netflix que nem eles esperavam, mas está entrando no erro de muitas séries longas... que é de começar a colocar água demais no feijão para fazer render, e com grandes chances de ficar aguado, só vamos aguardar esses dois últimos episódios, mas o fato do próximo se chamar Papai, sem spoiler... só está com cara de mais enrolações em flashback, ficando tudo para o nono capítulo, que terá mais de duas horas e quarenta de duração... Até agora ok, e só.

Imagens para divulgação fornecidas por assessorias ou retiradas da internet 
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