sexta-feira, 18 de março de 2022

Crítica Cinema | Tarsilinha

(Aventura entre grandes obras)


Tarsilinha (Alice Barion) é uma garota de oito anos que embarca em uma jornada para recuperar a memória de sua mãe. Para isso ela precisa encontrar objetos especiais que foram roubados da caixa de lembranças que pertence a ela. Em sua aventura, Tarsilinha fará grandes amizades e terá que ter muita coragem para enfrentar seus medos e superar desafios para voltar para casa em segurança com todas as lembranças da caixa. Elenco ainda conta com Marisa Orth, Ando Camargo, Skowa, Rodolfo Dameglio, Cristina Mutarelli, Marcelo Tas, Maíra Chasseraux, entre outros. Direção de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo. Distribuição da H2O Films. Estreia nos cinemas brasileiros em 17 de março de 2022. Para o trailer, clique aqui.

Tarsilinha


Animação brasileira da produtora Pinguim Content, a mesma de outros longas nacionais que foram bem avaliados que são Peixonautas e O Show de Luna. A ideia de colocar o mundo das artes de Tarsila do Amaral em um filme infantil e na jornada da pequena heroína é um tema interessante, mesmo voltado a crianças muito pequenas... tem um interesse adulto, principalmente para quem conhece a artista brasileira. Tarsila do Amaral (01/09/1986 à17/01/1973) é um grande nome da pintura internacional, com obras famosas no mundo inteiro. Pinturas como Abaporu, A Cuca e muitos outros estão envolvidos nessa aventura. O que pode definir essa narrativa são passagens, pois existe o motivo principal que seria de a menina ir juntando itens da sua mãe que a Lagarta roubou, pois dentro dessa fábula, esses objetos são memórias e sem suas memórias... você se apaga. Indo em vários lugares, Tarsilinha conhece algumas criações das obras de Tarsila, seja para ajuda-la em sua jornada, como atrapalhar, tudo muito diluído para um público bem infantil, mas quando ela encontra a Cuca e depois tem um ataque a mando da Lagarta, esses acontecimentos fogem um pouco dessa narrativa bonitinha... lembrando muito os livros infantis antigos que no geral eram inocentes, mas sempre tinha uma ou outra parte mais pesada, no sentido violento. Tudo segue organizado, você vai apreciando as imagens em tela e se conhecer as obras da autora fica melhor ainda. A protagonista é bem carismática e focada em sua missão, suas cenas com sua mãe são tristes, só que importantes para um desfecho bonito, aliás, tudo fica bem no final, entregando o que esperar de um filme assim. Uma pena que não deve conseguir muitas salas de cinema, ainda mais na estratégia ruim de estrear na semana de uma animação da DreamWorks (Os Caras Malvados).


As cores são bonitas, tem uma mistura de pintura com 3D que funciona, onde tudo é muito colorido e focado em prender atenção dos pequenos, além de todo o envolto das obras de Tarsila do Amaral que para uma melhor experiência, seria ideal conhecer um pouco da artista, até para entender cenas como da Cuca, entre outros, mas se vende bem sozinho também. Trilhas sonoras são de Zezinho Mutarelli e Zeca Baleiro. Sobre o elenco de dublagem... Alice Barion como Tarsilinha, Marisa Orth como Lagarta, Ando Camargo como Sapo, Skowa como Saci, Rodolfo Dameglio como Bicho Barrigudo, Cristina Mutarelli como Cuca, Marcelo Tas como Pássaro e Maíra Chasseraux como a mãe de Tarsilinha, nada a reclamar, aliás, os diálogos entre o pássaro de Tas e a protagonista são muito bons. Tarsilinha entrega uma homenagem para essa grande artista brasileira que foi Tarsila do Amaral em uma jornada afetiva e agitada rumo ao conhecimento e que aprendizados da vida podem acontecer em qualquer idade, isso tudo sem perder o foco no seu público alvo.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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 Dúvidas, sugestões, parcerias e indicações: contato.parsageeks@gmail.com

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