sexta-feira, 1 de abril de 2022

Crítica Cinema | Ambulância: Um Dia De Crime

(O jeito Michael Bay de como não fazer um filme aceitável)


William Sharp (Yahya Abdul-Mateen II) é um veterano do exército que precisa achar um emprego para arcar com os custos de uma família. Sua esposa, é diagnosticada com uma doença que precisa de uma cirurgia o quanto antes possível, o único problema é que lhe custara mais de 200 mil dólares. Desesperado para salvar a esposa, William pede ajuda para seu irmão, Danny (Jake Gyllenhaal), um ladrão de longa data. Seu irmão tem um plano ambicioso e precisará de táticas do exército para assaltar um banco e roubar mais de 30 milhões de dólares. Tudo ocorre bem no dia, até que eles acidentalmente atiram em um policial. No meio da correria, eles saem dirigindo uma ambulância e usam o mesmo policial e a paramédica Cam Thompson (Eiza González) como refém. Elenco ainda conta com Garret Dillahunt, Keir O'Donnell, Jackson White, Olivia Stambouliah, entre outros. Direção de Michael Bay. Distribuição da Universal Pictures. Estreia nos cinemas brasileiros em 24 de março de 2022. Para o trailer, clique aqui.

Ambulância - Um Dia De Crime (Ambulance)


O filme é uma adaptação de outro título homônimo noruegues, premissa básica, um assalto que dá errado e para fugir... os ladrões principais sequestram a ambulância que socorria um guarda ferido e uma grande perseguição acontece, onde temos a interação dos assaltantes; da paramédica no veículo e dos policiais que estão atrás deles. Fórmula básica para algo corriqueiro que passa o tempo, agora entregue isso ao pior diretor dos últimos tempos, Michael Bay, então você estraga tudo... Bay tem um método explosivo de direção, onde ele compensa sua falta de técnica narrativa em conduzir uma trama com muitas explosões, cenas cheia de poses lentas com muita marra e sempre tem uma personagem de beleza acima da média (Mega Fox da vez) que não atua bem. Há muito tempo ele não vinha exercendo a função, ficava mais na parte produtiva ou consultiva, então fiquei com a falsa esperança que ele ativesse menos Michael Bay, mas nada disso... Tem tudo que ele sempre pôs em suas histórias e somasse ainda cenas avulsas sem desenvolvimento nenhum, falta de química entre os personagens, motivações mais confusas ainda e duração longa, muito longa, parece não ter fim, impressionante como ele consegue que empresas invistam tanta grana em seus filmes, pois o que ele entrega é muito pouco pelo gasto que ele causa, seus longas não são baratos.


A narrativa é isso, mais de duas horas e meia de perseguição, cenas isoladas e nada com nada, inventou um drama que não cola entre irmãos, uma paramédica que tem de beleza, tem de falta de carisma atuando, além de uma força policial com intelecto de pedra... já que eles ficam furiosos pelos protagonistas terem sequestrado uma ambulância que estava socorrendo um dos deles que o próprio assaltante atirou sem querer, com o dilema... “ninguém mata um dos nossos”, mas eles capotam carro e voam em explosões, tomam tiros sem fim no inicio, perdem o capitão, mas apenas o guarda ferido que os motivam... chegando a ponto da ambulância parar de frente a uma ribanceira, e os carros policiais vindo bem atrás e ainda caindo ladeira abaixo porque não viram, muito bobeirol que se leva a sério. A história termina tentando redenções que não colam, negócio cansativo de assistir. Os efeitos são Bay neh, então são grandiosos, caros e mascaram (nem tanto) um problema de condução de trama, uma hora a menos ficaria pelo menos palatável, agora esse tempo todo de correria, é agoniante. Sobre o elenco... Jake Gyllenhaal está muito caricato, química zero com o restante dos personagens. Yahya Abdul-Mateen é o que tem um minimo de estofo narrativo, motivações aceitáveis, mesmos que más executadas. Elza Gonzalez foi mal, não combina com o que o roteiro pedia. O restante nem vale a pena mencionar individualmente, sem peso nenhum, apenas estereotipado para vários tipos de personalidades que são jogados em tela só para inflar a duração do filme, tem gente que aparece no meio para o fim da história jogado do nada e dando uma importância sem o menor sentido e desenvolvimento. Ambulância – Um Dia de Crime tem o carimbo explosivo e cansativo Michael Bay de ser, como o diretor ainda acha que seu tipo de trabalho agrada em tela, ele usa o que mais sabe fazer, e pior, adicionando outras situações que cansam muito, no geral, filme para se passar longe.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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