quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Crítica Cinema | Exorcismo Sagrado

(Quem exorciza quem?)


Ao ser possuído durante um ritual de exorcismo, o padre Peter Williams (Will Beinbrink) acabou cometendo um terrível sacrilégio. Dezoito anos depois, as consequências de seu pecado voltam para assombrá-lo e acabam desencadeando uma batalha ainda maior entre o bem e o mal. Elenco conta ainda com Joseph Marcell, María Gabriela de Faría, Raquel Rojas, Alfredo Herrera, Eloisa Maturen, Juan Ignacio Aranda, Christian Rummel, entre outros. Direção de Alejandro Hidalgo. Distribuição nacional da Imagem Filmes. Estreia nos cinemas brasileiros em 10 de fevereiro de 2022. Para o trailer, clique aqui.

Exorcismo Sagrado (The Exorcism of God)


A ideia do filme seria uma série de homenagens a produções do gênero de terror, além disso, fazer uma inversão de papéis no quesito exorcismo, sendo polemizar ou chocar com os acontecimentos do inicio da história, além de alguns subterfúgios para sustos como todo longa de terror. Até ai tudo bem e dentro do script, pelo trailer já não se esperava grande coisa, só não imaginava que teria algumas decisões tão questionáveis, não pela tentativa de fazer a coisa andar, e sim, pela falta de qualidade em criá-las. A trama é simples, um padre novato tenta um exorcismo sem a autorização do Vaticano, dá tudo errado e as consequências acontecem dezoito anos depois. Agora o padre com a ajuda de um mais experiente, esse interpretado por Joseph Marcell, o Geoffrey de ‘Um Maluco no Pedaço’ tenta terminar o que ficou mal acabado no passado. Ver Joseph atuando pelo menos é uma coisa legal, já que parece o mesmo personagem da série do Will Smith, pelo sarcasmo, só que agora como padre exorcista. E tudo gira em torno de salvar uma garota do demônio que no passado o protagonista falhou em acabar com ele. Ao fim, temos uma conclusão a lá Exorcistas do Vaticano. Parece algo simples, mas não é bem assim...


Lembram-se da cena inicial que mencionei? Parece um filme pornô, você pensa que está assistindo um Cine Prive bizarro, juntando vários takes da possuída e na sequência com uma sonoplastia exagerada para mostrar toda aquela situação no-sense. A coisa não melhora na passagem de tempo, pois o demônio parece tarado, o padre protagonista parece tarado, uma bagunça. Quando a trama deixa esses “detalhes” para trás, outros problemas surgem, com possessões bizarras que pessoas saem correndo parecendo zumbis, tem de tudo ali, uma gritaria e atuações de figurantes ridículas, não que os principais fossem melhores. A parte de quem exorciza quem... apesar de mal executada, fica pelo menos um diferencial nesse mar de amadorismo e ruindade que nos é apresentado. Efeitos são pobres e atuações bem ruins, exceção ao Joseph, não sei se porque ele era o alivio cômico de certo modo, ou a nostalgia de ver ele atuar de novo, devido ao carinho pelo ator na série do Maluco no Pedaço. Exorcismo Sagrado tem algumas ideias que poderiam fugir da mesmice de vários filmes do gênero terror, mas as executas de forma tão amadora, chegando a ser ridículo em vários momentos, muito pelas más atuações. Se fosse uma sátira, até se entenderia, mas como ele se leva a sério... o resultado é ruim.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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