sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Crítica Cinema | Eternos

(Méritos e deméritos, nada de épico)


A história épica, que abrange milhares de anos, apresenta um grupo de heróis imortais chamado de Eternos (Gemma Chan como Sersi, Richard Madden como Ikaris, Angelina Jolie como Thena, Salma Hayek como Ajak, Kumail Nanjiani como Kingo, Lia McHugh como Duende, Brian Tyree Henry como Phastos, Lauren Ridloff como Makkari, Barry Keoghan como Druig e Ma Dong-seok como Gilgamesh) forçados a sair das sombras para se reunir contra os inimigos mais antigos da humanidade, os Deviantes. Elenco ainda conta com Kit Harington, Harish Patel, Bill Skarsgård, Haaz Sleiman, Esai Daniel Cross, Harry Styles, entre outros. Com direção de Chloé Zhao. Distribuição da Walt Disney Pictures. Estreia nos cinemas brasileiros em 04 de novembro de 2021. Para o trailer, clique aqui.

Eternos (Eternals)


Eternos é um quebra-cabeça de ideias e conceitos que mesmo nos quadrinhos são confusos. A ideia de leva-los ao mundo cinematográfico Marvel foi a chance da produtora implementar alguns elementos diferentes, além de uma inclusão de minorias que foi o ponto de muitas polêmicas, e com isso, o filme está tendo dificuldades em alguns países, tendo cenas deletadas por causa disso. Sobre essas situações e os pós-créditos... no próximo paragrafado vou comentar, falarei de Eternos como concepção. Muita gente vai estranhar mesmo é o fato de eles terem criado tudo, de uma roda, até uma arma, quase tudo que vemos hoje em dia seria criação desses seres. Isso nunca emplacou nos quadrinhos, tanto que apesar de tanto auê pelo longa da equipe... ninguém ligava para eles. Eu colecionei Hqs de 1988 até 2000, dos antigos formatinhos, comprava tudo que era lançado Marvel e DC no Brasil, agradeço a Editora Abril que em 2000 cancelou tudo e criou edições Premium de 10 reais, hoje ainda é salgado para um “gibi”, imagina mais de vinte anos atrás, foi quando deixei de ser leitor assíduo e parei de comprar regularmente, até parar de vez, só adquirindo algum título encadernado ou mini série, esporadicamente. Nesse tempo de colecionador, nunca teve uma história dos Eternos, nem em mix de um título corrente (X-Men, Homem-Aranha, Hulk, etc) no máximo eram mencionados em uma aventura do Thor, do Surfista Prateado por aí... Então nem seria problema um personagem gay, uma pessoa com deficiência auditiva ou trocar o gênero do líder da equipe (Sinceramente nem sabia que Ajak (Selma Hayek) originalmente era homem), então a importância mesmo para o público dos quadrinhos, é irrisório. O que estranha é eles serem responsáveis por qualquer invenção humana, mas não se envolveram nas piores tragédias do mundo, essa é a maior dificuldade de impor. Por isso, entregar esse tipo de situação na direção da Chloé Zhao, vencedora do Oscar atual por um filme tão diferente como Nomadland, parecia o mais interessante. Resumindo, não tem tanta ousadia, foi pegar uma equipe insignificante em popularidade e fazer esses experimentos. É o que James Gunn fez com Guardiões da Galáxia, só que usando humor e personagens mais carismáticos que os Eternos.


A polêmica da cena de sexo, não foi nada demais, coisa soft soft, até pensei que já tinha acontecido antes, muito alarde para nada. Quem está pensando em ver uma cena de Emanuele (Molecada dos anos 2000 sabem do que estou falando) pode esquecer. Sobre o personagem gay, sinceramente é o núcleo mais simpático do filme, pois o que falta mesmo nesses personagens é carisma. Então de lá se tira as partes mais humanas, divertidas e que se tivesse mais cenas com esses personagens, seria melhor, tudo familiar, outra vez não vejo porque tanto desespero. Sobre as cenas pós-crédito... A primeira tem que ser muito Marvete dos quadrinhos para entender, não tem grandes impactos ou zero para quem não é tão fã assim, eu conhecia, porque quem aparece nela já foi dos Vingadores quando lia quadrinhos quando criança, mas sem pulos de alegria. Esse mundo espacial ou cósmico da Marvel nos cinemas está começando a se perder... Capitão Marvel está cada vez mais odiada, se Marvels (Capitã Marvel 2) não corrigir isso, pode esquecer. Tiveram os Inumanos que ia para os cinemas e virou série, sendo um fiasco enorme. Então está na hora de Kevin Feige trazer novamente os Mutantes, Quarteto Fantástico e os heróis urbanos que estavam na Netflix (Demolidor, Justiceiro e cia) porque essas tentativas cósmicas não estão dando resultados, não é toda hora que você acerta um Guardiões da Galáxia, até porque, nem todos tem um Groot para chamar de seu. O único cósmico que a galera quer abraçar... seria o Surfista Prateado e Galactus, esses ligados ao Quarteto. Agora a segunda cena pós-créditos é bem nula, pois cria um suspense para o personagem do Kit Harington, mas no marketing do filme já foi divulgado quem ele seria, aliás, foi propaganda enganosa de certo modo, então não tem tanta coisa assim para polemizar, vamos ao roteiro do filme...


Faltou química entre os personagens, a constante troca da trama entre passado e presente deixa a desejar, muitos ali são jogados e não explorados, a parte do presente que o grupo vai se encontrando tem muitos furos e deficiência narrativa, acaba não entregando um grande impacto que uma equipe de heróis deve ter. Até quando tem o grande plot, vai se encaminhando de forma muito atropelada até o fim... Apostando em um visual esplendoroso e com cenas de lutas animadas, essas sim, muito boas, pelo menos isso funciona bem, então ganha pontos nesse quesito. Sobre o humor, dizer que é o mais sério do MCU seria querer vender o peixe que não tem... Eles fazem piadas o tempo todo, não são tão engraçados como pensam, mas salvam ali uma ou outra situação. Não parece bem roteirizado... Até o finalzinho é confuso, só fica mais claro na primeira cena pós-crédito. Estar preocupado com polêmicas de inclusão e tal... nada disso atrapalha a história e sim a forma que ela é contata na formação da equipe até o gran finale.


Claro que os efeitos são impressionantes, a fotografia é grandiosa, os celestiais são bem apresentados visualmente falando. Muitas vezes a câmera abre para aproveitar toda a paisagem em volta. Parte sonora nada a reclamar. A coreografia e efeitos visuais das batalhas e poderes para lá e para cá, é tudo de primeira linha. Sobre elenco... Todos foram para o gasto, pois os personagens não são carismáticos na essência, são Deuses. De todos... A Angelina Jolie poderia ser melhor explorada, a mulher tem uma presença de tela impressionante, não aproveitaram bem, quem sabe em uma possível sequência. Eternos prometia algo grandioso, diferente e de estourar cabeças... em pontos técnicos sim (Como quase todos filmes MCU) e nas diferenças inclusivas não desabona em nada, o problema é a construção da equipe, deixa a desejar, então fica uma mescla de coisas boas e ruins, e com isso, longe do épico que prometeram.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB
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