sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Crítica Cinema | O Último Duelo

(A batalha por qual honra?)


Baseado em fatos históricos, O Último Duelo desvenda suposições antigas sobre o último duelo sancionado pela França entre Jean de Carrouges (Matt Damon) e Jacques Le Gris (Adam Driver), dois amigos que se tornaram rivais. Quando a esposa de Carrouges, Marguerite (Jodie Comer), é violentamente atacada por Le Gris, ela se recusa a ficar em silêncio e acusa seu agressor em um ato de coragem que coloca sua vida em perigo. O julgamento foi seguido por um duelo extenuante que coloca o destino de todos os três nas mãos de Deus. Elenco ainda conta com Ben Affleck, Harriet Walter, Alex Lawther, entre outros. Dirigido por Ridley Scott. Produção da 20th Century Studios, e com distribuição nacional da Disney. Estreia nos cinemas brasileiros, em 14 de outubro de 2021. Para o trailer, clique aqui.

O Último Duelo (The Last Duel)


A produção é adaptada do livro de sucesso The Last Duel: A True Story of Trial by Combat in Medieval France, do autor Eric Jager. A decisão do consagrado e aclamado diretor Ridley Scott foi contar a mesma história sob a perspectiva de três personagens. A primeira ajeita as coisas e temos os acontecimentos na jornada do Jean de Carrouges (Damon), tudo muito interessante, os detalhes da época medieval dos anos catorze são bem trabalhados, nada deixa a desejar na imersão dentro daquela história real, tanto que até hoje perdura o assunto na França, pois foi o último duelo por combate de lá. A segunda jornada é do "vilão" muito bem interpretado por Adam Driver, toda aquela situação ruim, mas sob o olhar do polivalente Jacques Le Gris. A trama volta tudo e mostra outros ângulos e caminhos tomado pelo personagem, sinceramente é a parte mais fraca narrativamente, serve apenas para um show de interpretação do Adam... Tudo porque a terceira narrativa é a mais pesada de todas, toda aquela situação pré duelo na versão da Marguerite (Jodie Comer). A história é pesada, só que nessa versão fica pior, com fortes cenas e uma situação desesperadora para a personagem, o que acaba invalidando a narrativa anterior. Pois quando começa a parte dela, você fica meio desanimado, pois tudo volta ao inicio pela terceira vez, então até chegar às partes tensas demora um pouco. Tudo isso para enfim, começarmos o duelo.


O Duelo é sensacional, não é uma coisa rápida, é bem coreografada e finalizada de uma forma marcante e chocante. Tudo isso é a conclusão de um julgamento que mostra muito bem como as coisas eram complicadas para as mulheres na época, pois o crime não foi a violência sexual sofrida por ela, e sim, por ter sido dentro da casa do marido... Isso culminando a julgamento bárbaro com base em olhos da religião, onde se um dos lados perdesse, seria o errado, e não o talento de duelo. As atuações são ótimas, Adam Driver dá show, Jodie Comer muito bem, Matt Damon você se acostuma e entende a forma do personagem ser naqueles tempos, até o Ben Aflleck que interpreta uma pessoa aparentemente artificial, mas você tem a profundidade dele na conclusão da batalha. Riddley Scott foi muito bem, apesar de esticar e deixar cair o ritmo em alguns momentos, ele consegue conduzir suas estrelas dentro de um roteiro que precisa ser bem detalhado para funcionar. Fotografia muito boa. O Último Duelo não é um filme para todos os públicos, pois aborda de uma forma brutal e conduz uma narrativa que precisa de paciência para uma história intrigante e com desfecho impactante, coisa que compensa nos fazer esperar mais de duas horas e pouco para essa conclusão.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB.
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