quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Crítica Cinema | Uma Noite de Crime: A Fronteira

(A sobrevivência dos quem tem a melhor pontaria)


Adela (Ana de la Reguera) e seu marido Juan (Tenoch Huerta) vivem no Texas, onde Juan trabalha como ajudante de fazenda para a rica família Tucker. Juan impressiona o patriarca de Tucker, Caleb (Will Patton), mas isso alimenta a raiva e o ciúmes do filho de Caleb, Dylan (Josh Lucas). Na manhã seguinte ao expurgo, uma gangue mascarada de assassinos ataca a família Tucker, incluindo a esposa de Dylan (Cassidy Freeman) e sua irmã (Leven Rambin), forçando as duas famílias a se unirem e lutarem enquanto o país se transforma em caos e os Estados Unidos começam a se desintegrar em torno deles. Elenco ainda conta com Alejandro Edda, Sammi Rotibi, entre outros. Com direção de Everardo Gout. Distribuição da Universal Pictures do Brasil. Estreia nos cinemas brasileiros em 02 de setembro de 2021. Para o trailer, clique aqui.

Uma Noite de Crime: A Fronteira (The Forever Purge)


Uma Noite de Crime já é uma franquia duradoura, esse é o quinto filme, fora a série. Premissa interessante, pelo menos nos primeiros (Depois fica enjoativo), onde as pessoas tem o direito durante doze horas a cometerem as maiores barbaridades violentas, seja agressão ou assassinatos, dentro de algumas regrinhas, conhecido como 'Expurgo', sob a justificativa de purificar as pessoas, no qual elas usem essa violência extrema naquele dia especifico e que nos outros possam viver em paz. Ideia maluca, utópica e anarquista, mas rende tensão, terror e suspense. Todas as formas do expurgo já foram exploradas, chegando agora em A Fronteira, temos algo que você já se perguntava lá nas primeiras histórias... E se as pessoas continuassem com a violência após o tempo estabelecido? Isso acontece aqui, não só na cidade do Texas que é o palco da trama, como também nos EUA todo, em uma critica ao armamento e sensação de superioridade que vem de muitos americanos, isso o roteiro bate praticamente durante toda narrativa.


Aqui no Brasil só ficamos sabendo por cima, ou em filmes... Lá nos EUA tem muitas polêmicas envolvendo os mexicanos que passam a fronteira tentando um vida melhor, com Donald Trump (Presidente dos EUA até o final do ano passado) tivemos a história do muro que separa um país do outro, é uma questão social que sempre esteve em pauta por lá. Aqui nesse longa temos uma mudança de paradigmas, onde os Estados Unidos estão fervilhando com as pessoas estendendo o expurgo eternamente. No meio disso tudo... Adela e seu marido Juan, dois mexicanos tentando a sorte no então país de primeiro mundo, e no contraponto temos o personagem Dylan, um americano que não aceita estrangeiros tentando a vida em seu país... Essas diferenças duram até que a inversão de papéis acontece para dar um resultado utópico de como seria se a salvação fosse as terras mexicanas, além disso, bate muito no armamento pessoal, pois tudo que acontece na história toma proporções gigantesca devido a facilidade de se comprar uma arma por lá e entregando o resultado do que aconteceria se as pessoas atingisse um status de intolerância racial que chegasse no absurdo de assassinatos. Dito as regras, temos o casal mexicano e a família de americanos tradicionais, os Tuckers, tentando chegar a tal fronteira, nesse caminho segue um thriller de ação constante, tiro para tudo que é lado ou ataques com o que a pessoa tem em mãos para tentar matar a outra, além de muitas explosões... Para quem gosta desse gênero, vira uma prato cheio, pois mesmo tendo alguns furos de roteiro e constantemente forçando a crítica social, o que é importante, mas nunca se esquecer que as pessoas estão pagando por entretenimento, não uma discussão politica, a trama consegue se manter bem nessa corrida pela sobrevivência em meio ao caos, entregando uma violência final, condizente do que foi toda a história até ali.


Efeitos são mais práticos e agressivos visualmente, com cenas de sangue em tiros ou alguém sendo esmagado com alguma barra de ferro ou qualquer coisa que a pessoa ache ali na hora. Sonoramente temos uma sequência de grandes explosões. As tomadas de cenas são mais curtas, urbanas, só chegando na parte do deserto que abre mais e consegue ali uma percepção melhor dos acontecimentos em tela. A direção mantém o foco na ação, mas com o senso crítico social, tendo alguns diálogos importantes sobre o assunto, mesmo que muitas vezes fora de time. Sobre o elenco... Ana de la Regue se saiu bem, sua personagem... como do seu marido na história, tem um passado não explorado, só pincelado para justificar a pontaria certeira deles e o ótimo manuseio de armas, assim como todos os personagens do filme, parece um esquadrão Rambo, todo mundo sabe atirar, usar faca, porrete e qualquer arma branca com maestria. Tenoch Huerta, o outro protagonista, bem ruinzinho atuando. Josh Lucas interpretando o típico americano branco que se acha superior, não consegue se desconstruir muito atuando, mas o personagem em si, consegue pelo menos ser agradecido. Temos outros atores que conseguem se envolver ali na ação onde todos são bons de sobrevier ao expurgo, só que ninguém chama muita atenção. Uma Noite de Crime: A Fronteira tenta mudar um pouco as direções do seu conceito original, entrega mesmo de forma muita afobada a resposta sobre um expurgo eterno... E ainda uma ação com violência desenfreada em um viés crítico sobre problemas crônicos dos americanos.

Imagens fornecidas pelas assessorias ou retiradas da internet para divulgação/Biografias usadas são da IMDB
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