sábado, 29 de fevereiro de 2020

Crítica Cinema | O Homem Invisível

(Fantasia com pés no chão
By Alan David


Sinopse: Presa a um relacionamento violento e controlador com um rico e brilhante cientista, Cecilia Kass (Elisabeth Moss) escapa na calada da noite e desaparece, para se esconder, com a ajuda de sua irmã, de sua amiga de infância e de sua filha adolescente. Mas quando o ex abusivo (Oliver Jackson-Cohen) de Cecilia comete suicídio e deixa para ela uma porção generosa de sua vasta fortuna, Cecilia suspeita que sua morte tenha sido uma farsa. À medida que uma série de coincidências sinistras se torna letal, ameaçando a vida de quem ela ama, a sanidade dela começa a se desfazer quando ela tenta desesperadamente provar que está sendo caçada por alguém que ninguém pode ver. Elenco ainda conta com Aldis Hodge, Storm Reid, Michael Dorman, Harriet Dyer, entre outros. Roteiro e direção de Leigh Whannell. Distribuição nacional da Universal Pictures. Estreia 27 de fevereiro de 2020. Para assistir ao trailer, clique aqui.

O Homem Invisível (The Invisible Man)


Roteiro baseado na obra homônima de H. G. Wells, um clássico literário de 1933, baseando-se do principio de alguém invisível, quem nunca pensou se tivesse esse poder e o que faria com ele? Não é bem o caso dessa história atual, mas é algo que fica no imaginário de muitas pessoas. Aqui é a história de uma mulher abusada física e mentalmente pelo seu marido, e quando ela resolve dar um basta, no auto da loucura desse homem opressor... ele usa uma tecnológia inimaginável para atormentar a sua ex, basicamente isso. Não é uma prima situação de emplacar um universo monstro, outrora tentado pela Universal com o regular 'Drácula - A História Nunca Contada' com Luke Evans, e o ruim reboot de 'A Múmia' com Tom Cruise, esse anunciado com direito a logo e foto do elenco estrelado que faria parte desse projeto. Em ambas tentativas, foram falhas e agora mesmo sendo desse meio monstruoso de grandes clássicos, aqui temos uma nova abordagem que pode render algo futuro ou simplesmente ser um entretenimento do gênero suspense e que tem seus momentos policial e de algum terror. 


O roteiro se baseia nesse abuso e as dores psicológicas causadas na personagem Cecilia (Moss) e ficam evidentes os transtornos e os problemas psicológicos causados nela, por isso é necessário muito da atriz para que nesse quesito as coisas funcionem, já que é essencial para entendermos todas as motivações presentes na trama. Como dito antes, não dá para caracterizar como terror, pois é um grande suspense de uma pessoa sendo atormentada de todas as formas mentais pelo seu ex. A proposta fica clara nessas situações psicológicas e as poucas reviravoltas só vão te pegar de surpresa se você estiver muito disperso do que acontece na telona. Quem espera um atrativo maior do Homem Invisível, vai se decepcionar, pois seus termos narrativos são outros, algo menos fantasioso dentro do que é possível e algo mais crítico dentro de um thriller que chega a ser policial. Nisso vamos até o fim, já que Cecilia é elevada ao extremo da sua mente dentro desse plano inimaginável de vingança. Chegamos a ponto de que existe alguém com a capacidade de criar algo incrível como de ficar invisível e isso não ser do interesse das autoridades, como se fosse algo banal... faltou um trabalho melhor nessa parte. No geral tudo fica dentro da sua principal proposta, com alguns buracos e coisas não muito bem elaboradas... apostando na tensão e um desenvolvimento mais realista do que fantasioso de alguém que não se pode enxergar.
 

Sobre a parte técnica... A principal seria como o filme consegue ir com as cenas do Homem Invisível atacando. Não são lá grandes coisas, até porque as que tem são estranhas, apesar de contextual. Indo mais a frente quando se descobre os meios desse "poder" algumas alternâncias são criadas para dar uma visão melhor e explorar algo mais ficcional sem soar esquisito visualmente. Outro detalhe técnico é a trilha sonora que se torna algo muito irritante conforme as coisas vão andando, pois não acontece nada tem tela e um tom de suspense de algo que nem está para isso tudo, a mixagem é tão alta que cobre até o áudio do que acontece em cena, negócio bem chato. Dentro do que queria apresentar, a construção é bem dirigida, com alguns furos e errinhos de continuidade que não se espera de uma produtora responsável por Nós, Corra e até Whiplash... não é nada que atrapalhe a experiência, mas cena com crachá que some na sequência, sangue que some do nada no ar, falhinhas aqui ou ali que deveria ter um melhor acabamento. Sobre o elenco... Elisabeth Moss com uma personagem bem parecida com sua interpretação em 'Rainhas do Crime' mas aqui como ela é o foco total e com uma estruturação melhor do que lá, as coisas andam já que ela entrega o que sua personagem precisa. O restante do elenco não tem muito acréscimo, pois é tudo na visão da protagonista, não temos praticamente cenas sem ela estar presente e ser o foco. O Homem Invisível tem caminhos de como apresentar esse clássico literário de uma forma mais pés nos chão e dentro dessa narrativa propõe um suspense na jornada tortuosa mentalmente da protagonista e que traz um entretenimento com bons momentos, sem muitos contras que estraguem a história que foi optada a ser contada.

Obs.: Biografias de atores e filmes IMDB. As imagens foram disponibilizadas pela assessoria da distribuidora do filme.
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