terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Crítica Cinema | Minha Mãe É Uma Peça 3

(Humor de mãe)


Sinopse: Dona Hermínia (Paulo Gustavo) vai ter que se redescobrir e se reinventar porque seus filhos estão formando novas famílias. Essa supermãe vai ter que segurar a emoção para lidar com um novo cenário de vida: Marcelina (Mariana Xavier) está grávida e Juliano (Rodrigo Pandolfo) vai casar. Dona Hermínia está mais ansiosa do que nunca! Para completar, Carlos Alberto (Herson Capri), seu ex-marido, que esteve sempre por perto, agora resolve ficar ainda mais próximo. “Minha Mãe É Uma Peça 3" conta como a mãe mais divertida do Brasil reage a todas essas confusões. O elenco ainda conta com Alexandra Richter, Samantha Schmütz, Patricya Travassos, entre outros. Direção de Susana Garcia. Distribuição da Downtown Filmes. Estreia 26 de dezembro de 2019. Para o trailer, clique aqui.

Minha Mãe É Uma Peça 3


A franquia estrelada pelo Paulo Gustavo nada mais é que uma grande homenagem a sua própria mãe, vide as cenas durante os créditos finais dos anteriores e nesse não é diferente, aqui fica até mais claro de onde ele tira essas histórias que ficam tão hilárias em sua narrativa gritante e acelerada da Dona Hermínia. O roteiro é uma prova de amor por alguém importante na sua vida, dito isso, independente do que vamos avaliar sobre a trama e o seu desenvolvimento mais abaixo... Fica a certeza e a felicidade em explanar a importância de uma pessoa em sua história ainda em vida e se conseguir contar de uma forma bem humorada e que traga o carisma à quem está vendo e ouvindo essas situações fica melhor ainda, então já isso vale a ideia, amor de mãe é tudo.


Aqui não temos muita diferença dos filmes anteriores, Dona Hermínia continua mais surtada do que nunca, gritando com todo mundo e tendo problemas para tentar se adaptar as novas vidas de Juliano e Marcelina, ambos com grandes novidades para essa mãe peculiar. Basicamente é isso, a trama vai se desenrolando e adicionando pouco para ter algo diferente de antes, incluindo o fato dela já ter apresentado um programa de auditório e ter viajado para os EUA no longa anterior, meio que foram esquecidos, inclusive ela tendo uma nova viagem como se nunca tivesse ido antes. O roteiro ainda tenta uma hora ou outra uns flashbacks, cenas clichês com fundo de música triste e umas coisinhas ali com a relação dela com o Carlos Alberto, mas  a própria história não consegue se empolgar com isso, seu alvo mesmo é mais do mesmo... ela se enfiando no meio da vida de Marcelina e Juliano que sempre estão passando por mudanças em todos os longas, você até esquece que ela tem um filho mais velho (Garibe) pois a franquia é de uma mãe superprotetora se intrometendo na vida dos filhos mais novos. Estando a mesma coisa de sempre, precisa amplificar o que sempre deu certo... Dona Hermínia escandalosa, usando situações e pessoas ao seu redor para criar uma atmosfera cômica ao extremo e com a qualidade que o Paulo Gustavo tem de saber bem como aproveitar em cena essas condições, não são poucas as partes engraçadas e segue nessa narrativa única que dura até a última cena.


As locações internas e externas tentam aproveitar ao máximo os personagens para que situações e falas sejam bem acomodadas com a fotografia, direção e trilha, só não são muito convincentes, ainda mais que não sei qual é o problema dessas comédias nacionais que sempre precisam fazer alguma cena avulsa nos EUA ou na Europa, aqui não acrescenta absolutamente nada, aliás, a parte menos cômica da história. A direção controla as coisas no mais do mesmo, entregando-se mesmo ao talento humorístico do Paulo Gustavo, falando dele e entrando na parte do elenco... O ator tem um tempo de piada excelente, apesar da gritaria constante, a forma que ele consegue trabalhar os coadjuvantes que sozinhos não tem graça, fazem deles um todo bem engraçado, pois as tiradas somadas ao sarcasmo e histeria da Dona Hermínia, trazem um humor que não é novidade... mas no comediante certo ainda consegue se sobressair. Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo cada um ao seu jeito, conseguem manter esse trio famíliar que sustentam bem a franquia, independente do Paulo Gustavo ser a estrela máxima... as coisas não andariam sem um dos três. Acrescente-se isso a Alexandre Richter com sua Iesa, a irmã da Dona Hermínia que tem mais espaço aqui e os diálogos entre as duas são uma das coisas mais cômicas nesse filme. Do restante do elenco, ninguém consegue se sobressair, nem os novos que entraram devido às mudanças nas vidas de Juliano e Marcelina, apenas mais ingredientes para deixar Dona Hermínia doida. Minha Mãe É Uma Peça 3 mantém com uma dose a mais o humor de sempre, não se preocupa muito em sofisticar nada em sua narrativa, onde consegue no carisma do seu protagonista divertir contando a história de uma mãe louca e apaixonada pelos filhos (pelo menos os caçulas), com garantia de risos e que vai entreter quem apenas procura algo leve e descontraído para uma sessão pipoca.

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