segunda-feira, 3 de junho de 2019

Crítica Cinema | Godzilla 2: Rei dos Monstros

(Grandes batalhas dentro de uma bagunça narrativa)


Sinopse: O mundo se recupera dos acontecimentos do primeiro longa (2014). Uma agência especial (Monarca) precisa lidar com a aparição de vários monstros que surgiram devido a um equipamento especial da Dra Emma Russell (Vera Farmiga, Invocação do Mal) que foi presa junto à sua filha (Millie Bobby Brown, Stranger Things) pelo líder de uma organização de ideais bem questionáveis (Charles Dance, Game of Thrones). Com isso Godzilla está de volta para lidar com essas novas ameaças, mas para isso a equipe liderada pelo Dr. Ishiro (Ken Watanabe, A Origem) e com ajuda do ex-marido de Emma (Kyle Chandler, Manchester à Beira-Mar) que está preocupado com sua filha, precisaram decidir se o ser gigante é aliado ou inimigo. Elenco ainda conta com Sally Hawkins (A Forma da Água), entre outros. Direção de Michael Dougherty. Produção Legendary Pictures e Warner Bros (Essa também responsável pela distribuição nacional).

Godzilla 2: Rei dos Monstros (Godzilla: King of the Monsters)


O primeiro filme de 2014 tem ambição menor, no qual a crise e o fator do Godzilla ser inimigo ou não emplaca a narrativa, até uma solução de embate entre ele e outro monstro no final. Aqui não muda muito, já que temos o fato de trazer monstros clássicos do universo  do Godzilla (Mothra, Rodan e Ghidorah)  e puxando muito mais da essência japonesa onde a franquia tem enorme sucesso, além de ter seu lugar gravado no geral da cultura pop. Nessa sequência esperavam-se mais bichos gigantes e menos espaço aos humanos, mas isso não aconteceu, nem perto disso.


Tudo anda de acordo com as decisões da personagem da Vera Farmiga, ela dita todo o andamento da trama, inclusive como causar, manter e solucionar... Isso deixa muito de lado o fator monstros, claro que precisa de humanos para narrativa fazer sentido, caso contrário, seriam duas horas de bicho fazendo barulho e brigando, só que aqui nada parece andar sem a personagem da Farmiga, pouco para se você tem um Godzilla. Além disso, praticamente todas as lutas tem exércitos e um monte de aviões, isso deixa uma bagunça em tela gigante, uma confusão, fica evidente que os personagens são insignificantes perto do que está em jogo. Prova disso, o personagem da Millie Bobby Brawn que só está pelo seu sucesso no Stranger Things, não acrescenta nada na história, não faz muita diferença se ela não estivesse no longa. Claro que não tem só coisa ruim, quando o roteiro deixa os monstros em paz lutando, são batalhas bem legais, apesar de não tão nítidas como do longa de 2014, mesmo assim, temos lutas bem interessantes.


Tudo muito escuro, as locações são contidas em esconderijos subterrâneos e naves, o que pode puxar pelo lado de um suspense de estar em um mundo de monstros debaixo da Terra ou realmente indo para um lado de esconder efeitos e fotografia que atesta um orçamento menor. O que mais justifica isso são os efeitos especiais, muitos take e sem um panorama geral do que acontece em tela, impressão que investiram em elenco conhecido, naves e laboratórios para serem destruídos e faltou caprichar mais em Godzilla e cia. O diretor meio que conduz um roteiro dando voltas até chegar às partes fan-service. Do elenco, Vera Farmiga tem um personagem muito dúbio e sem muita clareza se ela está querendo ou não fazer aquilo, mas ela é o fator x de tudo que acontece no longa. Millie Bobby Brown é só o nome, não tem nada especial, apenas uma subtrama no final sem sentido nenhum, porque ela só se adiantou em fazer o que outro personagem disse que faria, só posso pensar que foi o hyper de Stranger Things mesmo, fora isso, Ken Watanabe foi bem, Charles Dance tem um personagem de convicções mais firmes da história, já o restante do elenco só correndo para lá e para cá no meio de luta de gigantes (Incluindo Kyle Chandler e Sally Hawkins, essa totalmente desperdiçada na trama). Godzilla 2 - Rei dos Monstros traz monstros clássicos do original do Japão e constrói um direcionamento aos fãs da franquia interessante, além de deixar o caminho pronto para Kong vs Godzilla (Estreia programada para 2021), ao mesmo tempo entrega uma narrativa baseada em um personagem confuso e dando voltas no roteiro e atrapalhando as batalhas dos monstros e com uma bagunça visual ala 'Transformers', o longa de 2014 é muito superior a esse, abriram demais o leque e não souberam conduzir direito. 

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