terça-feira, 14 de maio de 2019

Crítica Cinema | Hellboy

(Nada faz sentido na ideia desse filme)


Sinopse: Hellboy (David Harbour, Stranger Things) apesar de ter vindo do inferno quando bebê e na época acolhido por um humano, agora seu pai (Ian McShane, John Wick)... Ele vive bem entre os humanos como policial. A pedido do pai ele vai ajudar uma organização amiga contra gigantes, mas o que parecia ser uma coisa rotineira, se tornar algo maior e Hellboy terá a prova seu verdadeiro motivo de estar entre os humanos e decidir se quer continuar entre eles ou ser o rei do inferno, ainda mais que um antigo mal, a poderosa feiticeira Nimue (Milla Jovovich, Resident Evil) que no passado foi derrotada pelo Rei Arthur, agora está retornando e muito interessada no herói. Elenco ainda conta com Sasha Lane, Daniel Dae Kim, entre outros. Direção de Neil Marshall (Dirigiu alguns episódios de Game of Thrones e Westworld). Distribuição nacional da Imagem Filmes.

Hellboy


Hellboy é um filme de heróis, para quem não o conhece... Ele é da Dark House, no Brasil de inicio chegou através de materiais publicados pela Mythos Editora. Fora isso, tivemos dois longas anteriores (2004 e 2008) ambos dirigidos por Guillermo del Toro e com Ron Perlman interpretando o herói. Nesse reboot, uma nova narrativa, ator e abordagem... Alteraram tudo que foi produzido nos anteriores. Sem a mão de Guillermo, a escolha muito arriscada foi pegar um arco do Hellboy e transformar em filme, como pegasse uma HQ de 30 edições e adaptasse das edições 10 aos 20. Nada fez sentido nessa história, você fica achando que perdeu uma parte do longa, que teve um anterior e até fica na dúvida se era continuação de 2008 ou não. Como se a Marvel Studios começasse suas produções pela Guerra Civil e ficasse mencionando acontecimentos de longas anteriores sem ter nos apresentados para entender, se a Marvel que é mundialmente conhecida até porque quem não é fã de quadrinhos não fez isso, porque uma editora menor de um personagem de nicho como Hellboy eles achariam que ia dar certo, pegar tudo estabelecido como se soubéssemos o que estava se passando. 


O negócio é tão sem sentido, que logo na primeira cena já fica um draminha com um personagem que você bóia se não acompanha as HQ´s, a coisa só piora... Aparecem vilões, antigos aliados e menções de acontecimentos que não se faz ideia quando isso ocorreu, mesmo conversando com quem leu os quadrinhos, esses também estavam perdidos, um desastre total. Nada ajuda, já que o roteiro não se sustenta, fica perdido nos dilemas do Hellboy enquanto aposta em uma ação ok e com muitas cenas gore, para quem gosta vai ser um prato cheio, uma morte pior que a outra. Tudo segue em uma narrativa tão descompensada que não entrega nenhuma firmeza em seu próprio plot, pois fica pondo em xeque se Hellboy vai se entregar para o outro lado, mas em nenhum momento convence que fará... Além das inclusões dos personagens da Sasha Lane e do Daniel Kim que são de carisma zero e com motivações e poderes bem mal explicados. Ainda tinha espaço para mais coisas ruins... Empurra vilões que já tinha histórias de confronto com Hellboy que nem se deram o trabalho de mostrar, por fim, a personagem da Milla Jovovich que de inicio parecia que ia ser uma grande ameaça, mas no final é tão mal aproveitada e o roteiro nem tinha espaço para ela, já que cismou nesses pensamentos do herói entre Terra e Inferno entre uma cena ou outra com muitas mortes sangrentas e e bem trucidantes.


As cenas pitorescas em uma ambientação mais sombria até que não estão ruins, vai ter uns cenários macabros que trazem uma fotografia justa pelo que é o herói, além disso, a direção de arte não desagrada. Trilha sonora é irritante. O efeito visual das mortes para quem gosta de coisas gore vai agradar muito, além de outros efeitos que em uma panorama geral até que não atrapalham assistir. A direção não consegue fazer os atores desenvolverem a trama com um mínimo de sentido, pois nem o próprio roteiro consegue se sustentar, tudo picotado e rodando em círculos, fora isso tenta incluir humor, mas são poucas as cenas engraçadas. Sobre o elenco... David Harbour ficou com um visual bom, mas não consegue transpor a simpatia do seu antecessor, tem muita maquiagem e efeitos para pouca atuação. Restante do elenco mal aproveitado como Ian McShane e ainda mais Milla Jovovich, de uma vilã que parecia ser impiedosa, para uma caricatura perdida. Hellboy teve uma escolha de roteiro péssima, desenvolvimento que não se sustenta e sua única opção é ganhar algum publico com a violência grotesca e alguma porradaria em ambientes obscuros ou pitorescos, muito pouco em qualidade para se ir aos cinemas, faltou capricho e estratégia. Se os dirigidos pelo Del Toro não eram uma maravilha, pelos menos tinham coerências, agora nada mais explica esse longa como uma bagunça sem sentido, fraco.

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