quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Crítica Cinema: A Vida em Si

(Bonito e objetivo, mas previsível e dramalhão)


Sinopse: A história de amor do casal formado por Will Dempsey (Oscar Isaac, Ex-Machina) e Abby Dempsey (Olivia Wilde, House) que supera as tragédias, o tempo e até  continentes, pois dos EUA vai afetar pessoas na Espanha. Elenco ainda conta com Annette  Benning, Mandy Patinkin, Antonio Banderas (A Máscara do Zorro), Olivia Cooke (Ouija - O Jogo dos Espíritos), entre outros. Direção e Roteiro de Dan Fogelman (This is US). Produção FilmNation Entertainment e Distribuição Brasileira pela Paris Filmes.

 Cinema 548: A Vida em Si (Life Itself) 


Uma história escrita pelo diretor de This is Us, uma série de uma qualidade visual e dramática muito boa, isso já chama atenção no que poderia sair do romance do casal Dempsey. A história tem como intuito mostrar como os destinos estão conectados e pequenas atitudes podem mudar não só a sua vida, como a de outras pessoas... Até aí tudo bem, pois a mensagem é bem clara e objetiva durante todo o filme, o problema é que a narrativa entrega tudo muito cedo, isso deixa alguns pontos sonolentos e parece que as coisas são relatadas fora de ordem. De inicio temos um plot interessante e bem sacado, uma mudança de rumos que na verdade não foi mudado (assistindo você vai entender), a partir daí entra em uma jornada de  flashbacks e transições de tempo e países que dá uma carga que tem pontos interessantes, mas outros clichês e cansativos, chegando a um encerramento de um tom melodramático demais, ainda com uma cena final fora do tempo para entregar mais drama dentro de uma trilha bonita e frases prontas para terminar como uma forma de autoajuda.


Algumas coisas chamam a atenção... A forma que são os diálogos entre o casal protagonista, as tragédias e tudo mais que serve como impulso para a história andar. No decorrer do filme são cinco atos, quanto entra no terceiro e pula rapidamente para o quarto (Espanha) é a parte mais concisa e interessante, pois tira a trama de um drama romântico para uma construção mais encorpada dos personagens, parece virar outro filme, só que logo você percebe aonde ele quer chegar, pois é tudo muito na cara, mas até chegar é bem elaborado. Apenas quando temos uma conclusão disso tudo que ao trazer um personagem espanhol para dar o momento “vamos refletir sobre a vida”... Que fica forçado, pois o mesmo já teve seu momento, outros personagens poderiam ficar com esse ato final, mesmo considerando desnecessário. 


Visualmente muito agradável de assistir, tem tomadas bonitas, quando vai para a Espanha é bem ambientado e com uma fotografia interessante. Direção de arte é funcional, assim como a parte sonora, claro que clichê na parte final.  Elenco dentro dos seus papéis foi muito bem... Oscar Isaac é um grande ator, mas como dito antes, o núcleo espanhol é o mais agradável, liderados por Antonio Banderas que cumpre bem o rico solitário, mas de convicções honestas e solidárias bem interessantes. A Vida em Si é um romance dramático bem articulado que tem uma proposta clara e objetiva de onde quer chegar, o problema que entrega tudo muito rápido e depois fica rodando e tropeçando dentro de um dramalhão e previsibilidade, apenas regular.

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