domingo, 15 de maio de 2022

Sem forçação, merece um bilhão... Top Gun: Maverick é puro respeito ao seu protagonista

(Não indo para um lado ou outro, filme tem atestado de competência)


O ParsaGeeks já assistiu à Top Gun: Maverick em um evento Paramount+Cinemark. É o retorno da franquia mais de trinta e cinco anos depois do primeiro longa “Ases indomáveis” e mantendo o mesmo protagonista, mas na verdade, antes da crítica com a parte técnica da coisa, o desenvolvimento da trama e como trabalha seus atos... irei dizer as impressões ao assistir o filme que me deixava com a pulga atrás da orelha antes, muito devido aos excessos de lacração que vem acontecendo na cultura pop ultimamente ou forçar situações que acabam desfigurando a obra original e prejudicando narrativa... Matrix Ressurreição é a prova cabal disso, o que foi feito naquele longa é um absurdo, trazer uma franquia querida de volta e desconstruir todo seu protagonista (Neo), deixando-o um inútil e querendo elevar outros personagens sem o menor sentido só para dar aquela aparecida para certas situações atuais, resultado disso... fracasso total. Também vimos isso em algumas cenas de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, a lista é imensa, mas esses dois são os mais atuais e frescos na memória, mas chega de falar de coisa ruim, vamos falar porque Top Gun: Maverick acima de qualquer coisa será uma obra importante e significativa que ainda deixa acesa a chama de uma história que você só precisa se preocupar com o andamento do roteiro, não com intromissões externas e visões que muitas vezes são políticas, para agradar um lado ou outro...


Tom Cruise é tudo em Maverick

Top Gun é Maverick/Tom Cruise e pronto... Até existe uma nova geração, tem uma missão a ser cumprida e jovens a serem treinados, mas em nenhum momento a importância, qualidade e habilidades do protagonista são diminuídas, muito pelo contrário... ela é evoluída, pois ele não se retrai em nenhum momento, durante toda a trama Maverick que comanda tudo, não tem espaço para inclusões ou movimentos, tudo ocorre naturalmente... e a cada participação do Tom Cruise, é um show. O fato de colocar jovens em obras estabelecidas com protagonistas já lendários é algo normal, um exemplo feito recentemente foi em Bad Boys Para Sempre (2020), lá também eles não seguiram nenhum caminho bandeiroso, mas o problema foi o casting mesmo das novas inclusões. Aqui em Top Gun você tem Cruise voando, literalmente, só que muitas das novas caras são interessantes, porque o elenco é bom, liderados pelo Miles Teller que é um grande ator, quem não se lembra dele em Whiplash (2014), aquela dobradinha sensacional com J.K. Simmons.

Miles Teller cumpriu bem seu papel

Em todo momento Maverick dá as cartas, e deixa os outros brilharem no tempo certo também, como os veteranos Jennifer Connely, Ed Harris e Val Kilmmer... todos tem suas cenas, sejam pequenas ou maiores, mas brilham. Existe um respeito à franquia, mostrando que não precisa descaracterizar uma obra para querer ser inclusivo, coisa que a Warner deveria fazer era assistir esse filme e lançar um comunicado oficial pedindo desculpa por Matrix 4, não tem como não bater nessa tecla, pois é o exemplo mais certeiro que se pode oferecer. Top Gun: Maverick vai levando tudo tão simples e intenso que você só relaxa e aproveita, até o finalzinho quando você “aceitaria” uma lacraçãozinha em uma cena que parecia que seria assim, pois o entregue até então era tão bom que tudo bem, mas não é o que acontece... Você recebe uma mensagem subtendida que diz: Aqui tem protagonista... aqui tem uma trama... e aqui é apenas entretenimento. E fica tudo certo, finalizando como se deve ser... você só reflete sobre a narrativa, curtindo ou não, sem se preocupar com intromissões externas.

Jennifer Connely muita química com Tom Cruise em cena

Antes que pense que não se devem ter inclusões ou coisas do tipo, sim, deve ter, mas existem lugares para isso, não desfigurar obras estabelecidas para tentar fazer um barulho. Razões para dar errado: Viúva Negra e Eternos que mudaram muitas coisas e entregaram obras medianas para baixo, Doutor Estranho 2 decepcionou muita gente e não pela personagem da Elizabeth Olsen ser a principal, já que a mesma está bem no filme, e sim, vender uma coisa e entregar outra. Exemplos da Marvel Studio atual que deram certo em alguns sentidos, Shang-Chi tem nada forçado, só não é considerado um grande filme por questões do roteiro se enrolar com o vilão e não aproveitar bem o que tinha em mãos para trabalhar, só que foi compensando com cenas de luta empolgantes e visual incrível, tudo bem... é do jogo, não é porque você não usa certos caminhos feitos por algumas produtoras atualmente que vai ser bom, mas é uma preocupação a menos, outra coisa, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, entregou tudo que os fãs queriam, não inventou moda e lucrou mais de 1 bilhão, nem acho esse filme todo, entendo a importância e emoção, mas em quesito cenas de ação, está ali com Shang-Chi. Exemplo extremo de coisa ruim, a série Mestres do Universo: Salvando Eternia da Netflix, ser a Teela a protagonista, ok, não é o nome do He-Man no título, mas venderam como tal, e durante os episódios, foram desconstruindo os personagens masculinos de uma forma bisonha em prol das femininas, não é porque você tem uma produção com foco em mulheres, que todos os homens da trama precisam ser desqualificados. As coisas tem que ser simples, olha o filme do Morbius, só é ruim porque é ruim mesmo, não tem nenhuma intromissão de bandeira.

Eternos da Marvel Studios, falhou em todos os sentidos

Obras que funcionam, mesmo tendo ido mal de bilheteria, Aves de Rapina... É sobre uma equipe feminina e também a emancipação da Arlequina em relação ao Coringa, tudo bem, você já sabe que vai ter a girlpower hard, um título novo, eu gostei do filme, só deveria ter tido uma vilã mulher também ou principalmente, para não ficar aquela mensagem errada, mas em seu objetivo, acho decente e funcional, já o público não achou... tanto que não teremos sequência e foi mal de bilheteria, além de baixa procura quando saiu oficialmente nos streamings da vida. Mulher-Maravilha (2017), perfeito em sua proposta, teve um personagem masculino forte ao lado dela como Steve Trevor, a cena na terra de ninguém é um dos grandes momentos recentes da cultura pop, já em Mulher-Maravilha 1984 (2020) é problema de roteiro mesmo, tudo arrastado, sem sentido e um final para dormir, mas novamente, tudo bem, são coisas que acontecem. Isso falando de adaptações de quadrinhos onde estão sendo o foco de muitos movimentos ultimamente, tanto cinema, como TV e HQs, isso tem nada haver com obras de grandes mulheres em nossa história ou títulos criados para protagonistas femininas, estou focando apenas nesse nicho pop de obras já estabelecidas há tempos que estão mudando as coisas e ficando bem ruins como narrativa.

Mulher-Maravilha (2017) protagonismo feminino bem representado

Resumindo, menos intromissão, mais chance de dar certo ou não existir uma antipatia inicial que pode prejudicar futuras sequências, sinceramente não sei se a bilheteria de Maverick será boa, pois apesar da nostalgia, não é um nome de grande impacto nos dias atuais como Marvel, DC, Jurassic Park, Velozes e outros... só espero que vá muito bem, passe de meio bi de arrecadação, mas que merece passar de um merece... Logo sai a crítica, ai pode ser que não sejam apenas flores no campo... só fico feliz de ter que analisar apenas a obra em si, e não forçadas de barra, não é Warner? Estamos esperando suas desculpas por Matrix depois de assistir Top Gun: Maverick...

Imagens para divulgação fornecidas por assessorias ou retiradas da internet 
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