quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Crítica Cinema: Vidro

(Quebrando expectativas em pró de pouca coisa)


Sinopse: Após os acontecimentos de Fragmentado (2016), Kevin (James McAvoy, X-Men Apocalipse) e suas múltiplas personalidades que ganham o nome de Horda pela imprensa... Acaba chamando a atenção de David Dunn (Bruce Willis, Desejo de Matar) que decide caça-lo, mas essa história termina mal e ambos vão parar em uma misteriosa instituição que trata pessoas com problemas psicológicos. Local que é dirigido pela Drª Ellie (Sarah Paulson, Bird Box) que tenta convence-los que eles não tem super poderes... Além disso, se encontra nesse lugar Elijah Price, o Glass (Samuel L. Jackson, Pulp Fiction) responsável pela morte de muitas pessoas em Corpo Fechado. Agora com esses três presos no mesmo lugar, as chances das coisas darem erradas são enormes. Elenco ainda conta com Anya Taylor-Joy (A Bruxa), entre outros. Fechando a trilogia do diretor M. Night Shyamalan (Corpo Fechado - Fragmentado - Vidro) no qual ele também roteiriza. Empresas envolvidas na produção: Universal Pictures, Blinding Edge Pictures, Blumhouse Productions e Perfect World Pictures. Distribuição brasileira pela Disney/Buena Vista.

Vidro (Glass)


Fragmentado foi um sucesso em 2016 (No Brasil chegou em 2017) por si só o filme já se sustentava e mostrava que Shyamalan que vinha em baixa devido alguns trabalhos recentes estava de volta com uma produção de qualidade, mas a surpresa maior foi no último minuto de filme quando do nada ficamos sabendo que a trama estava no mesmo mundo de outro sucesso dos cinemas Corpo Fechado (2000). Então os fãs do diretor endoidaram, assim como boa parte da crítica que achou genial a jogada dele... Então veio uma surpresa maior ainda com o anúncio de Vidro que seria o fechamento dessa trilogia, só que ao invés de 16 anos depois, aconteceria apenas dois anos após Fragmentado. Trazer aqueles personagens como heróis de quadrinhos coisa que é recorrente em Corpo Fechado, mas que na verdade no longa-metragem estrelado por James McAvoy não dá pinta que é do mesmo gênero já que é mais puxado ao Terror/Suspense... Ao meu vê foi uma oportunidade fazer mais dinheiro em uma cena de 60 segundos que não tem nada haver com quase duas horas de duração da história, fora que em apenas dois anos veio a sequência parar consolidar de vez o mundo de Shyamalanverso, apesar que não foi bem assim...


Sobre a trama em si... Narrativa aventureira, no qual temos uma grande pancadaria no começo e estabelecendo o núcleo dos personagens e o como foram parar na tal Instituição. Após isso começa um jogo psicológico que trabalha bem nas palavras da personagem de Sarah Paulson, que apesar de não atuar bem nesse Shyamalanverso... Ela é importante para levantar inclusive com o espectador a dúvida se aqueles três personagens (Kevin, Dunn e Elijah) tem mesmo poderes. Depois ele volta novamente para uma ação básica de fuga, não condizendo com o roteiro estruturado de Corpo Fechado e Fragmentado. A coisa piora no terceiro ato, quando em um final decepcionante o roteiro faz uma quebra de expectativa em pró de pouca coisa, aonde pega toda a mística em cima dos dois primeiros filmes e joga fora para um fim morno apenas tentando impor uma decisão de um dos protagonistas para justificar uma semântica sem grande importância para o que parecia estar sendo construído... Não parecia um universo Shyamalan e sim uma a aventura de fuga básica com final sem graça... Dando a impressão de que tivemos muito barulho por nada, prova eh que eu assisti dentro do Noitão Belas Artes que tivemos a trilogia do diretor aonde Corpo Fechado e Fragmentado foram muito aplaudidos no final e Vidro não teve nenhuma manifestação, burburinhos e caras decepcionadas com o que vimos principalmente na reta final. Um filme de fuga não quer dizer que seja ruim, só que tudo que envolvia dentro das expectativas criadas e sendo do diretor que era, ficou um gosto amargo que faltou algo de alguém que podia se esperar mais.


Na mesma pegada dos anteriores, aqui temos takes curtos em cenas de ambientes fechados principalmente aonde se encontrava os três protagonistas, com isso a câmera conseguia se posicionar para que desse uma visão dinâmica dos acontecimentos, como na cena do trailer onde eles estão sentados ouvindo a personagem de Paulson. Na parte de direção de arte não foi muito exigido, assim como trilha sonora e mesmo com a trama se expandido devido ao excesso de personagens (Cada "Super Poderoso" tinha sua âncora) foi bem na edição e transição de cenas. Fechando a parte técnica... Os efeitos principalmente em McAvoy não foram tão exigidos assim. Sobre o elenco... James McAvoy realmente entrega bem com suas múltiplas personalidades, apesar de aqui as novas em relação a Fragmentado não são boas... Bruce Willis na mesma pegada de Corpo Fechado,  Samuel L. Jackson  foi de uma atuação discreta e fechando no elenco de apoio... Sarah Paulson perdida no meio daquela trama com uma personagem irritante e sem conteúdo (No final tenta justificar e sai pior que a emenda), Anya Taylor-Joy não parecia ter sustância para ser a escada do Kevin (McAvoy) e a personagem da mãe de Elijah pouco acrescentou... Destaque para Spence Treat (Joseph Dunn) que repete seu papel de quase 20 anos atrás (Na época criança) e apesar de expressões confusas, parecia o mais coerente no contexto entregue. Vidro ficou longe da criatividade dos seus anteriores e fecha uma trilogia que apareceu do nada ao fim de Fragmentado de forma automática sem grandes esforços, apostando na aventura da vez (Nisso foi bem) e entregando um final bem abaixo do que foi construído até então, ficou apenas regular.

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