domingo, 29 de setembro de 2019

Crítica Cinema | Ad Astra - Rumo às Estrelas

(Reflexivo em meio aos confins do espaço)


Sinopse: Roy McBride (Brad Pitt) viaja para os limites do sistema solar para encontrar seu pai desaparecido e desvendar um mistério que ameaça a sobrevivência do nosso planeta. Sua jornada revelará segredos que desafiam a natureza da existência humana e nosso lugar no cosmos. Elenco ainda conta com Tommy Lee Jones, Donald Sutherland, Ruth Negga, Liv Tyler, entre outros. Direção e roteiro de James Gray. Distribuição brasileira pela Fox Film do Brasil.

Ad Astra - Rumo às Estrelas (Ad Astra)


A jornada em busca do desconhecido, os bilhões de dólares gastos para desbravar o universo a fundo, seja almejando novos planetas ou de possíveis vidas nesses lugares, os famosos "alienígenas". Desse principio parte a história, mas não pense que é algo dinâmico, pois do começo ao fim temos o personagem de Pitt bem reflexivo e que vai passando por etapas para encontrar seu pai. O interessante que a narrativa segue pensativa, contundente em diálogos e questionamentos, dentro de um visual espacial... Só que contrapõe com cenas tensas bem altas. Fazendo uma analogia, seria um desenvolvimento a lá Interestelar, com explosões e magnitude visual perto de um Gravidade. Não são poucos os momentos que o próprio roteiro questiona tudo que é feito para se levar o homem ao espaço, suas convicções éticas e a forma que tudo vai se desenvolvendo para seu ápice, o roteiro entrega em mensagem final uma quebra de paradigma bem interessante e pouco usual quando se trata de longas de ficção científica.


O modo pensativo que o próprio personagem de Pitt vai se comportando a uma conspiração que pode está acontecendo dentro da jornada dele, diminui uma dinâmica melhor, mas sua jornada que vai sendo narrada pelo próprio Pitt é pontual e acrescentam à trama. Chegamos a pontos cruciais sobre o comportamento humano. O roteiro trabalha bem esse modo pensar, então para compensar ele entrega atos visuais do espaço e explosões de boa qualidade, como se fosse uma linha tênue do marasmo, mas que tem saltos nessa linha quando chega nessas cenas. Tudo vai se aprofundando na jornada de resgate somado a um suspense que dá uma sensação estranha, pois consegue ser forte em ideias, mesmo em desenvolvimento lento, ponto para James Gray. No fim, meio que fica óbvio a resolução de tudo, mas surpreende na mensagem passada, não entregando o óbvio, como dito anteriormente.


Claro que ao temos um filme desse gênero, a parte visual é crucial para que a coisa ande quando o roteiro derrape ou fique ocioso em narrativa. Nisso os efeitos visuais entrega bem, as externas não chega a ser sufocante como um Gravidade, mas consegue estabelecer que estamos no espaço de forma aceitável, assim como toda a direção de arte e parte sonora que é bem tranquila em relação a história contada. Tudo tem assinatura do diretor que apostou em algo crescente de forma gradativa que fica coerente com tudo que acontece na trama. Sobre o elenco... O filme é praticamente Pitt, ele dita o ritmo narrativo, o próprio roteiro não exige dele caricaturas como em 'Era Uma Vez Em... Hollywood', mas sim com olhares, falas pontuais e pausadas, entregando uma bela e diferente atuação. Não temos tanto de outros personagens que não seja a breve participação de Tommy Lee Jones que é boa e chave para a decisão final do protagonista e encerramento do filme. Ad Astra - Rumo às Estrelas tem uma pegada cadenciada, mas entrega mensagens e dilemas bem significativos que fazem valer a pena acompanhar essa história, além de quando precisa, Brad Pitt entrega muito bem e a parte visual se não é assombrosa, consegue entreter para que não fique sonolento as coisas, um bom filme.

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