Crítica Cinema: Border

(Impossível ficar indiferente a esse filme)

Sinopse: Tina (Eva Melander) é uma policial que trabalha no aeroporto fiscalizando bagagens e passageiros, com uma espécie de sexto sentido, fazendo com que seja capaz de “ler as pessoas”. Isso sempre representou uma vantagem na sua profissão, mas tudo muda quando ela identifica um criminoso em potencial e não consegue achar provas para justificar sua intuição, levando-a a questionar toda sua existência.Produção sueca, com direção de Ali Abbasi. Elenco conta ainda com Eero Milonoff, entre outros. Distribuição brasileira pela Arteplex Distribuidora.

Border (Gräns)

Esse drama de 2018 é uma fantasia mitológica, que fala sobre o mundo dos trolls. É um realismo fantástico que também fala sobre gênero, discriminação e também heróis e vilões. O filme é cadenciado e começa falando da personagem principal , seu mundo, como ela tenta se encaixar no nosso mundo e sua evolução para transformar-se numa heroína com super poder; seu olfato. A história, apesar de fantástica, é aceitável. Você acredita no que esta acontecendo, que pode ser real. As cenas de sexo são cruas e até engraçadas. Pode demorar um pouco para sentir afinidade pelos personagens.

A fotografia é realista. Boa parte do filme se passa na floresta e mostra o contato dos personagens com a natureza, quando se libertam de suas amarras e são felizes. A direção é competente e consegue contar a história envolvente sem pieguice. Eva Melander e Eero Milonoff conseguem uma interpretação convincente e nem um pouco carregada ou caricata. Border é daqueles filmes que despertam ou amor ou ódio, impossível ficar indiferente a ele. Um longa que aborda vários assuntos como a maldade e a bondade de uma forma competente.