domingo, 24 de fevereiro de 2019

Crítica Cinema: Roma

(Uma história contada com muito amor)


Sinopse: México do inicio dos anos 70, a casa de uma família de classe média é aonde trabalha a empregada Cléo (Yalitza Aparicio), ela é muito querida por todos, mas esse será um ano tumultuado para ela e todos à sua volta... Mudanças acontecerão que afetará a vida deles. Elenco ainda conta com Marina de Tavira, entre outros. Filme todo pessoal de Alfonso Cuarón (Gravidade) que é responsável por toda a produção. Distribuição para serviço de Streaming da Netflix.

Roma


É tudo muito pessoal o que envolve Roma, uma obra cuidada com todo carinho por Alfonso Cuarón, os detalhes simples de cenário e falas, tudo é voltado para o diretor vencedor de Oscar, uma auto biografia que de inicio sairia para os cinemas, mas a Netflix comprou os direitos (O filme ficou em cartaz em algumas sessões para poder concorrer às premiações de cinema da academia e sindicatos) e a forma de contar essa obra é de uma delicadeza tremenda, chegam a ser aconchegante as cenas. Tudo muito imersivo, deixando você a vontade com aquele dia a dia e mostrando em detalhes simples como limpar a área com sujeira do cachorro, conversa a mesa ou um passeio normal sem grandes ambições. Claro que não é uma coisa fácil, pois a maioria do elenco é amador, então você percebe que falta um pouco mais de atuação mesmo o roteiro sendo voltado para o algo comum.


Tudo muito cotidiano da época, negócio mais voltado à arte, aonde tudo é muito minucioso e semântico em suas cenas. Mas engana-se que não tem momentos fortes e ápice, como a cena de um parto e também de uma guerra civil nas ruas mexicanas. Ainda tem uma tensão de algo que acontece em uma praia e também em uma queimada na mata. Além disso, o fato da protagonista 'Cleo' está grávida, a narrativa dessa jornada somada aos problemas pessoais da família que ela trabalha, deixa você preso ao roteiro sem a sensação de um filme que acontece nada.


Pensa em uma direção de arte perfeita, nos pequenos detalhes em cenas simples, inclusive nas áreas pobres, nada passa despercebido que o deixa familiarizado com aquela ambientação. Além disso trás uma fotografia impressionante e mesmo sendo em preto em branco é tudo lindo, seja urbana, campo ou na praia. Até a trilha combina bem com a proposta de Cuarón de entregar algo muito pessoal. Sobre o elenco, como é tudo comum e delicado, não se exigiria muito que não seja uma empatia e doçura da protagonista Yalitza Aparicio, mesmo ela nunca tenha trabalhado como atriz, a moça entrega muito bem. Destaque também para Marina de Tavira tem uma personagem interessante que tem seu drama pessoal e as mudanças da sua vida pessoal são bem interpretadas por ela. Roma é algo muito pessoal de Alfonso Cuarón que deixa você entrar naquela história simples e encantadora que se não entrega algo vistoso de um filme para grande público, trás algo diferente e bem cuidado que roteiro e tecnicamente brilham de forma linda e doce, ficou muito bom mesmo.
 
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