domingo, 3 de fevereiro de 2019

Crítica Cinema: O Menino que Queria ser Rei

(História muito fantasiosa que precisaria de um elenco melhor para sustentá-la)


Sinopse: Alex (Louis Serkis) é um garoto que junto ao seu amigo Bedders (Dean Chaumoo) sofre com os valentões da escola 'Lance (Tom Taylor) e Kate (Rhianna Dorris)' que não facilitam a vida dos meninos. Em um desses confrontos, Alex foge para uma construção inacabada e encontra a espada de Excalibur. Ele consegue empunhá-la e terá que impedir que um mal antigo que é a meia irmã do Rei Arthur 'Morgana' (Rebecca Ferguson, Missão Impossível: Efeito Fallout) traga dias de trevas novamente ao mundo, para isso Alex terá ajuda do mago Merlim (Patrick Stewart, Logan) em uma versão jovem (Angus Imrie), Bedders e até dos seus dois perseguidores que nessa jornada precisarão aprender a ser uma equipe e Alex a ser um verdadeiro merecedor de empunhar a espada lendária contra o mal. Direção e roteiro de Joe Cornish (As Aventuras de TinTim). Produzido pela 20th Century Fox e distribuição nacional pela Fox do Brasil.

O Menino que Queria ser Rei (The Kid Who Would Be King)


A ideia é bem sem noção, uma espada Excalibur no meio de uma obra que um garoto sem atrativo nenhum consegue empunhá-la e defender a Terra de algo que no roteiro nem é tão nocivo ao planeta, pois em toda a narrativa a mando de Merlim eles vão de encontro a Morgana e depois desencadeia o troco da "vilã" do filme. Aliás, esse é um problema corriqueiro de Hollywood de sempre querer por o destino do planeta nas mãos de crianças como se fosse possível esse tipo de coisa, achar que jovens tão inocentes e inexperientes poderiam lidar com algo do tipo. O roteiro se baseia muito nisso, principalmente na batalha final, mas durante todo esse tempo se percebe que tenta trabalhar camadas heroicas e de aprendizado nos personagens infantis e você não consegue ter a sensação de que são carismáticos suficientes para se chegar aonde é a premissa principal que seria crianças guerreiras e salvadoras do mundo.


Apesar de um roteiro mencionado meio forçado, temos um ar aventureiro sim, mesmo o diretor não conseguindo trabalhar bem as crianças para o que ele mesmo escreveu. A história segue concisa no seu objetivo e truncado nas suas execuções, pois vai incluindo desafios atrás de desafios e fica evidente que eles não estão aprendendo muita coisa, fora isso levanta umas subtramas que ficam esquecidas como do casal antagonista que viram parceiros de jornada de Alex, tudo muito atrapalhado em pró de uma batalha final. Até para chegar ali é estranho, pois depois dos seus três atos e com a história praticamente fechada, o roteiro inventa uma desculpa esfarrapada para abrir a trama novamente em um quarto ato e entregar sua lição de não o bem contra o mal e sim as crianças capazes de salvar o mundo. Falando nesse mal... Você não sente uma ameaça global, apenas para o quinteto infantil e as duas resoluções desses embates são bem simplórias.


Visualmente é bem agradável, sua fotografia não é cansativa e se baseia em uma trilha sonora combinando com essa estilo de jornada do herói. No que diz respeito aos efeitos especiais até que são bons e tem momentos de uma qualidade superior e em outras meio escuras aonde a vilã está presente, mas no geral entrega bem. De todos os problemas narrativos e de premissa, a pior coisa é o casting e o que prejudica demais uma história muito fantasiosa que precisaria de atores jovens melhores para sustentá-la, mas aqui o casting é terrível que começa do protagonista filho do Andy Serkis até as outras crianças... Eles não tem carisma, desenvoltura  e naturalidade para entender os respectivos papéis. Os famosos do elenco como Patrick Stewart e Rebecca Ferguson só estão lá por estar e deixa enfeitado o poster e a sinopse na hora da divulgação, não fazem a menor diferença se fossem atores iniciantes. O Menino que Queria ser Rei entrega uma história da távola redonda nos dias atuais de forma diferente, só que sendo mais um longa-metragem que insiste em crianças defendendo o mundo sem adultos para ajudar e mesmo nisso falha pois tem uma escolha de elenco terrível que prejudica uma narrativa que já não era lá essas coisas, senão fosse pela parte técnica e uma ou outra cena seria pior... No geral ficou regular.

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