segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Crítica Cinema: Homem-Aranha no Aranhaverso

(Inovador, divertido e emocionante)


Sinopse: Miles Morales (Dublado originalmente por Shameik Moore) é um garoto do Brooklyn que tem uma vida tranquila com seus pais, a única coisa que o incomoda é estudar numa escola de classe alta quando ele queria estudar na escola pública com os amigos do bairro. Nesse mundo existe o Homem-Aranha/Peter Parker (Chris Pine, Mulher-Maravilha), mas uma nova aranha radioativa aparece e pica Miles que adquire os mesmos poderes do herói com algumas habilidades extras. No primeiro encontro de  Miles  com o Homem-Aranha... É com o herói tentando deter o Rei do Crime (Liev Schreiber, Spotlight) de abrir um portal multiverso, essa história termina mal e o Aranha morre e com isso o garoto teoricamente se torna o único com poderes daquele mundo... Até a chegada de outros Aranhas de outros universos, entre eles um novo Peter Parker (Jake Johnson) bem diferente do que era o da sua Terra, mas será importante para treinar as habilidades de Morales. Além disso, todos precisam voltar ao seus mundos, só que antes impedir o Rei do Crime de concluir seu plano que pode causar um colapso multidimensional. Agora o menino Miles que recém adquiriu seus poderes terá de aprender o verdadeiro significado de ser um herói. Outros atores conhecidos estão na dublagem idioma original como Nicolas Cage (A Outra Face) como Homem-Aranha Noir, Hailee Steinfeld (Bumblebee) como Gwen Spider, Mahershala Ali (Moonlight) entre outros. Direção de Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman (Também é roteirista junto com Phil Lord, Uma Aventura Lego). Empresas envolvidas na produção são a Sony Animation, Sony Pictures, Marvel Animation e Columbia Pictures. Distribuição brasileira pela Sony Pictures.

 Cinema 562: Homem-Aranha no Aranhaverso (Spider-man: Into the Spider-verse)


À primeira vista os traços e a forma que os primeiros esboços foram divulgados eu não achava que iria funcionar dentro de um contexto animado, mas fico feliz em ter me enganado, pois Homem-Aranha no Aranhaverso trás um visual inovador com uma construção de narrativa que interage com a própria cena e seus desenhos, além de cores bem elaboradas. O visual é um show à parte e merece todo o destaque inicial, a forma que os takes de perto e de longe que trazem uma experiência única de ângulos que imerge o público que pode até não gostar da história (Acho quase impossível), mas tem que admitir que tem um jeito diferente e especial de contar uma trama totalmente despirocada que ao mesmo tempo tem alma... Pois joga com imagens, trilha sonora e falas que se juntam em algo que não se via há muito tempo em animações nas telonas.


Sobre a trama em si... Não acompanhei o Universo Ultimate de onde saiu o Miles Morales, pois até quando eu li pela Editora Abril ele ainda não tinha surgido, mas os poderes extras que ele tem me pareceram um pouco apelativos. Além disso, faltou um pouco mais de ação... Fora isso, tudo funciona, a história é contada do ponto de vista de um garoto negro que não tem uma carga familiar ou social forte que é sempre abortado nesse tipo de narrativa, apesar que constrói bem sua relação com seu pai e o seu tio. Aqui é no sentido de ser um herói, a dor das perdas e aprendendo a lidar com o fardo que ele nunca esperou ter (Nada dramático, tudo flui na boa), até porque temos um Homem-Aranha no seu mundo no inicio do longa-metragem. Praticamente o filme todo é para cima com humor e piadas que funcionam na maioria do tempo, mas sabe virar a chave no tempo certo para as partes dramáticas e até corajosas de alguns acontecimentos que direcionam a história para o caminho certo. A parte do multiverso, a forma como são apresentados e o Homem-Aranha/Peter Parker totalmente diferente são hilários, sendo esse último bem trabalhado e sem tirar o foco do Miles Morales mesmo com uma dobradinha de situações e falas que funcionam demais entre os dois. Os outros Aranhas ganham pequenas camadas que são normais e rápidas, menos o Porco Aranha que é mais pela piada mesmo. Toda a história é bem desenvolvida nos seus três atos e tem cenas icônicas que trazem uma emoção boa para animação, como exatamente a batalha final e a transformação de um menino em herói, não tem como não se emocionar. Além disso, tem um encerramento totalmente louco e divertido, fora a cena pós crédito que vale à pena para completar uma experiência divertida com coração.


A parte técnica é show, uma junção de cores, imagens, roteiro e trilha sonora que formam um resultado impressionante para uma animação. Tudo muito coeso e objetivo em pró do humor e o espírito heroico, você percebe que tudo é uma construção calma para que Miles atinja seu ápice não como herói, mas sim de como deve ser um herói. A dublagem ficou boa, apesar do 3D não ter ficado muito legal devido a tantas cores e movimentos, mas nada que estrague assistir nessa versão. Homem-Aranha no Aranhaverso entrega uma experiência divertida e emocionante com traços inovadores que funcionam demais no contexto que o roteiro exige, com momentos emocionantes  que mostram o que é ser um verdadeiro herói na jornada de um menino que está aprendendo sobre uma oportunidade única que a vida lhe entregou  e também surfando na loucura de encontrar seus "iguais" de outras dimensões, ficou muito bom mesmo. Merece todos os prêmios que vem ganhando nas premiações pré Oscar (Esse também, filme é mega favorito de vencer como melhor animação no Oscar 2019).

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