sábado, 17 de novembro de 2018

Cinema 538# Entrevista com Deus

Entrevista com Deus (An Interview with God)


Paul (Brenton Thwaites) é um jornalista obcecado na profissão e isso fez com que seu casamento deteriorasse cada vez mais. Perturbado com essa situação, ele está sem tempo para resolver esse problema com sua esposa (Yael Globglas), pois um homem misterioso se auto intitulando Deus (David Strathairn) se ofereceu para uma entrevista em três partes com Paul. Ao longo dessas conversas, o que parecia algo impossível, vai se tornando perturbador para o jornalista, pois além dessa pessoa realmente demonstrar quem diz ser, o rapaz ainda vai sentir a pressão da sua vida pessoal se envolver nas palavras desse senhor misterioso. Direção de Perry Lang, com distribuição brasileira pela Imagem Filmes.


A construção desse roteiro usa como base o cristianismo, durante toda a entrevista com Deus, os argumentos usados são indagações do protagonista sobre o porquê de muitos males e onde estão os olhos divinos nisso. Praticamente são as mesmas indagações vistas no filme A Cabana, quase tudo as mesmas falas. Muito da fé, reza e conhecimentos da bíblia acontecessem nos diálogos entre os dois, mas logo a trama direciona para os problemas de Paul que durante todo o filme está com uma carga emocional grande, chegando a ser até demais. Quando você tem esse tipo de ideia, se espera algo mais eloquente e criativo... Poxa é uma entrevista com Deus neh. São três atos no qual a mente de Paul vai ficando mais perturbada a cada palavra daquele senhor. Por exagerar no drama, a condução da história fica cansativa e depois da primeira conversa que era promissora, logo você percebe que tudo é focado nos problemas pessoais do protagonista, acaba perdendo um pouco o interesse e realmente acontece isso, quando chega à última entrevista tudo já está bem desinteressante.


Direção de arte e fotografia não compromete, como também não chama atenção. O andamento da trama é meio confuso, não desenvolve bem, pois tem algo ali que abalou o casal, mas não é bem explicado, só é jogado para iniciar o plot, inclusive deixando muita coisa no ar até se fechar no final (aí de forma concisa no caminho que escolheu), mas chegando lá de modo truncado. A trilha sonora acompanha as cenas de acordo com o pesar de Paul, além de uma paleta de cores que a cada entrevista vai escurecendo, assim como o porquê de cada lugar escolhido por Deus para aquela conversa. Sobre as atuações... Brenton Thwaites não dramatiza bem, parece mais um personagem incomodado com a situação do que sofrendo, assim como Yael Globglas, não deu química esse casal. Além disso, temos o Deus de David Strathairn que entrega de forma tranquila esse possível Deus, consegue bons diálogos principalmente no primeiro ato, já o restante do elenco de apoio estão sofríveis. Entrevista com Deus trás uma premissa interessante “o que você perguntaria para Deus se tivesse a chance”, mas desperdiça isso dentro de um dramalhão exagerado e forçando o protagonista a ser mais do que deveria ser, tem um ato inicial promissor, mas fica apenas nisso, pois os atos seguintes vão por um caminho genérico. Filme regular, senão fosse a primeira das três entrevistas seria bem pior.

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